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ONU Mulheres e Comitê Olímpico Internacional promovem Jogos Uma Vitória Leva à Outra 2021

O evento, que contou com a parceria do COB, reuniu 50 meninas para experimentarem modalidades esportivas e atividades sobre valores olímpicos e paralímpicos

Por Comitê Olímpico do Brasil

9 de set, 2021 às 06:59 | 7 min de leitura

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Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020, realizados neste ano, quebraram recordes e fizeram história. Com a melhor campanha do Brasil em todas as edições já disputadas, o protagonismo foi das mulheres, que brilharam e mostraram como o esporte é também um espaço feminino. Neste contexto, o Programa Uma Vitória Leva à Outra (UVLO), iniciativa conjunta entre a ONU Mulheres e o Comitê Olímpico Internacional, em parceria com as ONGs Empodera e Women Win, realizou uma ação no último dia 28 de agosto, no Centro Esportivo Miécimo da Silva, no Rio de Janeiro, que contou com a participação de 50 meninas com idades entre 12 e 18 anos. 

O evento Jogos Uma Vitória Leva à Outra 2021 teve como objetivo fomentar uma maior participação de meninas em diferentes práticas esportivas, além de celebrar a atuação das atletas brasileiras que foram inspiração e mostraram a importância de termos mais mulheres nos esportes. A iniciativa também teve o apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

“O esporte é feito de referências, então proporcionar um espaço com estes exemplos e abrir um leque de oportunidades paras meninas experimentarem diferentes modalidades e se inspirarem é muito importante. Este evento também faz com que elas vejam que cada atleta teve seu caminho, mas que também têm similaridades. O COB entende isso e busca promover esses espaços para que mais meninas tenham acesso e realmente se fortaleçam com o esporte”, afirmou Isabel Swan, coordenadora da área Mulher no Esporte do COB e medalhista olímpica da vela. 

A representante da ONU Mulheres no Brasil, Anastasia Divinskaya, reforça: “Este é um momento muito importante para visibilizarmos as meninas e mulheres no esporte e mostrar como ele é uma ferramenta essencial para o empoderamento das nossas adolescentes. O Brasil teve uma atuação histórica das atletas mulheres nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, e a população brasileira se emocionou com o seu protagonismo. O que precisamos agora é um fomento permanente para que mais meninas sejam estimuladas a acessarem e permanecerem disfrutando e se desenvolvendo no esporte”.

Jogos Uma Vitória Leva à Outra (UVLO), iniciativa ONU Mulheres e o Comitê Olímpico Internacional, em parceria com as ONGs Empodera e Women Win
Participantes dos Jogos Uma Vitória Leva à Outra (UVLO). Foto: Camila Dantas/COB

Os Jogos UVLO 2021 contaram com oito estações com diferentes modalidades esportivas: seis estações de experimentação de modalidades olímpicas, como escalada, hóquei, badminton, tiro com arco, skate e tênis de mesa, e duas estações de práticas corporais pedagógicas para trabalhar os valores olímpicos e paralímpicos, bem como promover a participação das mulheres nos esportes.

As Confederações Brasileiras de cada modalidade ficaram responsáveis por suas respectivas estações e disponibilizaram os equipamentos esportivos necessários. Atletas olímpicas também participaram e integrantes das confederações e organizações esportivas estiveram nas estações para transmitirem os fundamentos esportivos de cada modalidade.

Camilly Ferreira dos Santos, de 17 anos, mostrou a importância de estar em um evento que estimule a participação no esporte: "Meu sonho é ser útil, e o esporte me ajuda a ser útil para as pessoas que estão à minha volta e coloca cada vez mais esse desejo no meu coração". 

A atleta olímpica de tiro com arco Ane Marcelle, que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020, também falou de como se sente próxima das meninas: "É um orgulho pra mim ter estado em Tóquio e  vir aqui mostrar pra elas que é possível. O esporte traz essa felicidade, essa alegria pra gente". 

Ane Marcelle, atleta olímpica de tiro com arco, em oficina da modalidade
Ane Marcelle, atleta olímpica de tiro com arco, em oficina da modalidade. Camila Dantas/COB

Já Mariany Nonaka, atleta olímpica de tênis de mesa, que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e de Pequim 2008, complementa: "O esporte é uma ferramenta de inclusão social, que pode mudar vidas".

Na segunda parte do evento teve um bate-papo com as atletas olímpicas Isabel Swan (vela), Lohaynny Vicente (badminton), Mariany Nonaka (tênis de mesa), Ane Marcelle e Graziela Santos (ambas tiro com arco) sobre suas experiências em Jogos Olímpicos, suas trajetórias no esporte e a importância de as mulheres ocuparem os espaços esportivos em todas as suas esferas. Elas também responderam às perguntas das meninas sobre saúde mental, rede de apoio, preconceito, barreiras impostas e o que as motiva a continuar. Ao final, foram distribuídas medalhas para todas as participantes do programa Uma Vitória Leva à Outra, que foram entregues pelas atletas olímpicas.

Jane Moura, presidente da ONG Empodera, aponta que "os Jogos Uma Vitória Leva à Outra, além de terem possibilitado que as participantes do programa experimentem modalidades esportivas não tradicionais e pouco acessíveis a meninas periféricas foram muito importantes para que elas pudessem fortalecer suas habilidades socioemocionais e aprimorar suas habilidades de liderança. Além disso, foi uma excelente oportunidade para as participantes vivenciarem os valores olímpicos e paralímpicos e também compreendê-los como aspectos importantes para o empoderamento de meninas e mulheres”, finalizou.


Fonte: ONU Mulheres

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