Aos 40 anos, Edson Bindilatti segue na preparação para seus quintos Jogos Olímpicos de Inverno
Piloto de bobsled conversou com seguidores do canal do Time Brasil no Instagram

O piloto da equipe brasileira de bobsled em quatro Jogos Olímpicos de Inverno, Edson Bindilatti, conversou nesta segunda-feira, dia 1º, com os seguidores do Time Brasil no Instagram, e contou um pouco de sua vida de atleta, do calor de Camamu, cidade localizada 200 quilômetros ao sul de Salvador (BA), para o gelo das competições na neve. Aos 40 anos, o atleta segue em atividade e vem adaptando seus treinamentos no estacionamento do condomínio onde mora rumo a sua quinta participação olímpica, em Pequim 2022.
“Vamos tentar irmos fortes para a quinta Olimpíada. A ideia é ir com condições de fazer um resultado expressivo, histórico. Se eu chegar próximo e achar que não tenho condições físicas, eu não vou tirar a vaga de ninguém. Vou ajudar quem tenha mais condições de disputar os Jogos Olímpicos”, afirmou Bindilatti, que apontou o jovem Marley Linhares como seu sucessor no comando do trenó brasileiro.
Edson Bindilatti iniciou sua carreira esportiva no atletismo, tendo conquistado títulos brasileiros, sul-americanos e até ibero-americano no decatlo. Em 2000, descobriu o bobsled e passou a se dedicar à modalidade. Disputou quatro edições de Jogos Olímpicos - Salt Lake City 2002, Turim 2006, Sochi 2014 e Pyeongchang 2018 -, tendo sido porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno de 2018.
“Fiquei muito feliz com essa homenagem do COB. A maioria dos atletas treinam pensando em chegar nos Jogos Olímpicos. Ser convidado para porta-bandeira, me fez ver que todo o esforço valeu a pena. Foi uma emoção muito grande”, relembrou o baiano de Camamu.
Um dos pioneiros do esporte de inverno no Brasil, Bindilatti contou que só começou no esporte após ver o filme Jamaica Abaixo de Zero, inspirado na história da equipe jamaicana que participou dos Jogos Olímpicos de Inverno de Calgary 1988. O carinho do público demonstrado aos jamaicanos no filme, é o mesmo que os brasileiros recebem.
“A gente faz bastante sucesso. Os países que sediam os Jogos sempre tratam a gente muito bem. Brasileiro é querido em qualquer lugar. Na Rússia (Nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi-2014), bateram muitas palmas pra gente antes da descida. Aquilo entrou em nós, nos motivou tanto que acabamos fazendo o melhor tempo de push de todos,” recordou Edson Bindatti.
Edson Bindilatti espera que a pandemia do coronavírus o permita retornar em breve para a base brasileira em Lake Placid em novembro, para o início da preparação visando o Campeonato Mundial que ocorrerá na cidade em fevereiro de 2021. Para chegar a sua quinta participação olímpica, o piloto terá que dirigir time para ficar entre os 30 melhores do mundo.