Logo
COB

Marco La Porta e Yane Marques assumem presidência e vice do COB

Décimo presidente da história do COB tomou posse nesta quarta-feira junto com a primeira mulher a chegar à vice-presidência

Por Comitê Olímpico do Brasil

15 de jan, 2025 às 16:00 | 4 minutos de leitura

Compartilhe via:

Yane Marques e Marco La Porta. Foto: Rafael Bello/COB

Yane Marques e Marco La Porta. Foto: Rafael Bello/COB

Marco Antônio La Porta e Yane Marques assumiram, nesta quarta-feira (15) à tarde, a presidência e a vice-presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), para um mandato de quatro anos.

A cerimônia de posse, com a presença de Paulo Wanderley Teixeira e Alberto Maciel Junior, que passaram o cargo, aconteceu na sede administrativa do COB, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, e contou com a participação, de forma online, dos membros da Assembleia Geral da entidade.

“Para chegar a ser uma potência olímpica, o Brasil precisa antes ser uma nação esportiva, e o COB tem papel fundamental nisso, unindo os stakeholders do Movimento Olímpico e fomentando a pirâmide do alto rendimento. Queremos uma base de praticantes, novos fãs, novos treinadores, novos organizadores, para que na ponta do funil tenhamos novas Yanes, novos Emanueis, novos atletas que possam performar nos Jogos Olímpicos”, disse o novo presidente do COB, Marco La Porta.

Educador físico, mestre em Ciências do Esporte e Ciência da Motricidade Humana, coronel reformado do Exército e técnico de triatlo, Marco La Porta é o décimo presidente da história do Comitê Olímpico do Brasil.

A chapa formada por ele e a medalhista de bronze olímpica Yane Marques foi eleita em 3 de outubro com 30 votos e apoio maciço da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (CACOB), representada por Yane na chapa. A ex-atleta de pentatlo moderno é a primeira mulher em um cargo tão alto no Movimento Olímpico brasileiro.

Ao tomar posse, La Porta anunciou uma primeira reunião de trabalho no final do mês com a participação de todas as confederações e todos os membros da CACOB.

“O tema da nossa campanha o tempo inteiro foi que não pode estar atleta de um lado e confederação do outro. Queremos ter atletas sentados junto com as confederações, para criar uma relação mais próxima. Atletas têm condições de ajudar, ao mesmo tempo que precisam estar próximos para entenderem que às vezes os presidentes de confederação também têm as suas dificuldades. Um precisa escutar e ajudar o outro”, afirma Yane Marques.

Novos presidente e vice anunciaram também uma redução no número de diretorias, que passam de oito para quatro. Dois desses nomes tomaram posse nesta quarta: Manoela Penna, diretora de Comunicação e Marketing, e Marcelo Vido, diretor Administrativo e Financeiro.

Manoela já ocupou este cargo, entre 2018 e 2022, e depois trabalhou como consultora para diversas entidades, enquanto Marcelo, atleta olímpico de basquete em 1980 e 1984, vem de trabalho muito bem-sucedido como diretor-executivo de esportes olímpicos do Flamengo.

La Porta e Yane também já indicaram Emanuel Rego, campeão olímpico de vôlei de praia em Atenas 2004 e ex-secretário nacional de Esportes de Alto Rendimento, para o cargo de Diretor-Geral. O Conselho de Administração se reúne na quinta (16) com pauta que inclui discutir a aprovação da indicação.

Se aprovada, Emanuel, que já foi presidente da CACOB e da Comissão de Atletas da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), também atuará interinamente como diretor de Esportes.

Desta forma, a diretoria passaria a ser composta por pessoas ligadas a cinco modalidades diferentes: triatlo (presidente Marco La Porta), pentatlo moderno (vice-presidente Yane Marques), basquete (Marcelo Vido), vôlei de praia (Emanuel Rego) e remo (Manoela Penna).

La Porta, Yane e Emanuel têm em comum o fato de terem sido formados gestores esportivos pelo Curso Avançado de Gestão Esportiva, promovido pelo Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), o departamento de Educação do COB.

A nova gestão se compromete a seguir valorizando iniciativas de sucesso como as do IOB, por exemplo, ao mesmo tempo que contratará uma auditoria externa para fazer uma análise não só financeira, mas institucional do COB, em busca de um novo modelo de gestão mais moderno e eficiente.

“Os investimentos precisam ser mais assertivos. Não adianta você ficar atirando em tudo, investindo recursos onde você não vai ter retorno na atividade fim. Temos que investir exatamente naquilo que nos interessa, que é a busca por medalhas. Queremos melhorar processos para ter um direcionamento exatamente naquele nosso objetivo final, que é realmente ter uma posição melhor no quadro de medalhas”, explica La Porta.

A busca por uma maior eficiência virá também por meio de uma maior escuta, como conta Yane Marques. “A gente tem trazido muitos atletas para junto das conversas, das discussões, do desenho do nosso plano de gestão, junto com as confederações. A gente diminuiu muito essa distância que existia entre atleta e dirigente. A gente entende que todo mundo sonha o mesmo sonho e que a gente pode andar junto.”

Ela destaca a importância de uma gestão empática, que busque se colocar no lugar do interlocutor. “Temos que ter os ouvidos sempre abertos para ouvir muito e entender. Saber que cada história é uma história. Cada confederação tem os seus limites, seus potenciais e suas possibilidades. Então a gente vai trabalhar muito nesse sentido.”

Também nesta quarta-feira tomaram posse os novos membros do Conselho de Administração do COB, também eleitos em outubro:


Presidentes de Confederações

Felipe Tadeu Moreira Lima do Rêgo Barros (Handebol)

Radamés Lattari Filho (Voleibol)

Rafael Girotto (Canoagem)

Jodson Gomes Edington Junior (Tiro Esportivo)

Karl Anders Ivar Pettersson (Desportos na Neve)

Flavio Cabral Neves (Wrestling)

⁠Flavio Padaratz (Surfe)

 

Membro independente⁠

Daniela Rodriguez de Castro

Também fazem parte do Conselho de Administração o presidente e a vice do COB, os membros brasileiros do COI (atualmente Bernard Rajzman e Andrew Parsons), presidente e vice da CACOB (a serem escolhidos). 
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS