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Medalhistas em Paris relembram conquistas e celebram história olímpica vitoriosa do judô na COB Expo

Painel no evento contou com as presenças de Bia Souza, Ketleyn Quadros, Rafael Silva, Willian Lima e Larissa Pimenta

Por Comitê Olímpico do Brasil

28 de set, 2024 às 18:45 | 3 minutos de leitura

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Painel relembrou conquistas históricas do judô. Foto: Léo Barrilari/COB

Painel relembrou conquistas históricas do judô. Foto: Léo Barrilari/COB

Uma histórica sequência de 40 anos de medalhas olímpicas e inúmeras conquistas do judô brasileiro. Esse foi tema do último grande painel da COB Expo, realizado na noite deste sábado, 28, em São Paulo.

E para falar sobre isso, nada melhor do que as pessoas que foram fundamentais para construir essa história gloriosa. No palco, cinco medalhistas em Paris 2024: Bia Souza, Willian Lima, Larissa Pimenta, Ketleyn Quadros e Rafael Silva, o Baby.

O painel contou com a abertura do Presidente do COB, Paulo Wanderley, que exaltou os feitos obtidos pela modalidade nos últimos anos, e teve apresentação da jornalista Beth Romero e da ex-judoca e medalhista em Mundial, Dani Zangrando.

Foto: Léo Barrilari/COB
Paulo Wanderley, presidente do COB, com os medalhistas olímpicos. Foto: Léo Barrilari/COB


Bia Souza, campeã olímpica em Paris 2024, falou muito sobre a conquista da medalha de ouro. Ela lembrou a vitória na semifinal, contra a francesa Romane Dick, como um dos momentos mais marcantes.

“Foi maravilhoso! Eu estava ficando concentrada para lutar com ela, não escutei ninguém gritar, nada. Estava pronta para lutar. Mas quando vejo a luta no YouTube, vejo todo mundo gritando na arquibancada e todo mundo pianinho quando acabou (risos). Desculpa, gente, mas fica pra próxima (risos)”, disse Bia.

“Até hoje não sei explicar. Emoção de ser campeã olímpica. É um mix de emoções. Vem toda a lembrança de tudo que passei desde que sai de Peruíbe, tudo que tive que abdicar. Poder trazer alegria para minha família, minha vó, os brasileiros… Acho que só as lágrimas podem descrever”, falou Bia.

Outro ponto alto do judô brasileiro em Paris foi a conquista da medalha de bronze por equipes, com a participação dos cinco membros do painel. Mais experiente da delegação, com 37 anos, Rafael Silva falou sobre a importância do feito.

“Mostrou a força do Brasil como equipe. Peso a peso, faz muita diferença. A gente merecia muito essa medalha. Tivemos chance em Tóquio, conseguimos em Paris. Mostra que temos força em todos os pesos. O Brasil tem tradição, tem escola, estamos entre os principais países do mundo. Coloca uma pressão também para tentar melhorar as marcas no próximo ciclo”, falou ele, dono de três medalhas de bronze olímpicas.

Ketleyn Quadros também tem papel fundamental na rica trajetória do judô. Mais do que isso, o bronze em Pequim 2008 foi a primeira medalha da história do Brasil em provas individuais femininas em qualquer esporte. Ela lembrou o quanto essa conquista abriu portas.

“Eu colhi o que foi plantado pelas guerreiras que não tinham chances de competir e treinar. Eu cheguei quando melhorou. Tem que dar continuidade ao legado, fazer parte da história do judô feminino. Essa medalha trouxe um olhar muito significativo. A partir dali deslanchou, era o que faltava para isso. Começamos a ter muito mais depois daquilo”, disse Ketleyn Quadros.

Quem também brilhou individualmente em Paris foram Willian Lima, medalhista de prata, e Larissa Pimenta, que ganhou o bronze. E os dois comentaram sobre o quanto sofreram com as lesões antes de garantirem um lugar no pódio nos Jogos Olímpicos.

“Os treinos foram muito desafiadores, tive uma lesão no joelho um ano antes. Eu não sabia nem se ia conseguir voltar a lutar. Afetou muito meu mental. Eu não tinha nem classificado para Paris, eu tinha muito medo e dúvida. Saindo da sala de cirurgia, eu falei pra minha mãe que não dava mais. E aí ela me disse que eu pensaria diferente depois, aquelas eram as primeiras horas”, falou Larissa.

Foto: Léo Barrilari/COB
Nomes históricos do judô reunidos na COB Expo. Foto: Léo Barrilari/COB


“Uma lesão afasta muito a nossa parte mental, a gente pensa em desistir. Minha esposa sabe o quanto eu sofri com essa lesão, de não conseguir dormir de dor. Em vários momentos eu ouvi que poderia ter que operar, não daria tempo de ir para Paris. Isso acabava comigo. Tive que fortalecer a minha cabeça. Meu filho me motivou muito nisso”, disse Willian.

As estrelas do judô brasileiro não se limitaram ao palco. Ícones da modalidade no país, como Chiaki Ishii, Rogério Sampaio, Henrique Guimarães e Walter Carmona acompanharam a conversa na plateia. No final, alguns deles se juntaram para uma foto, que ficará para a posteridade.

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