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Porta-bandeira, Isaquias sonha com mais duas medalhas em Paris 2024: “Vai ser muito especial”

Canoísta celebra honra de levar a bandeira do Brasil ao lado de Raquel Kochnann: “Eu fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro”

Por Comitê Olímpico do Brasil

23 de jul, 2024 às 08:30 | 4 minutos de leitura

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Isaquias Queiroz soma quatro medalhas olímpicas. FOTO: Renato do Val/COB

O currículo extenso vai ganhar um novo capítulo. Antes mesmo de um sonhado novo pódio na canoagem velocidade. Isaquias Queiroz vai se juntar a uma legião de ídolos ao desfilar com a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris 2024. Ao lado de Raquel Kochhann, terá a honra de representar o país em uma festa que promete ficar marcada no tempo, em meio ao Rio Sena, cruzando a capital francesa.

Isaquias soma quatro medalhas olímpicas: duas pratas e um bronze na Rio 2016, um ouro em Tóquio 2020. Em Paris, vai buscar o bicampeonato na C1 1000m e tentar subir ao pódio no C2 500m. O desfile com a bandeira, porém, se junta às conquistas como um momento especial. O baiano de Ubaitaba também levará um pouco de sua terra para a festa.

“Eu fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade. É uma experiência incrível poder representar o seu país. Eu tive a oportunidade no Rio de fazer o fechamento. Mas agora, ser o porta-bandeira na abertura, vai ser uma coisa muito especial”.

Isaquias finaliza sua preparação para os Jogos em Portugal, mas vai viajar pontualmente para Paris para participar da cerimônia. As disputas da canoagem velocidade ocorrerão no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, a cerca de 30km de Paris. O baiano vai estrear no dia 6 de agosto, nas eliminatórias do C2 500m. A estreia individual no C1 1000m será no dia 7.

Na Rio 2016, Isaquias foi o porta-bandeira da cerimônia de encerramento. Era o reconhecimento pelas três medalhas conquistadas em casa naqueles Jogos. Agora, ainda mais reconhecido como um dos maiores atletas brasileiros, quer ir além.

“Eu espero poder chegar em Paris e ganhar mais duas medalhas. Eu acho que vai ser muito especial. Mas, quando olho para trás, para ver o reflexo das minhas conquistas ao longo da minha carreira, eu me considero um dos grandes atletas do Time Brasil nos Jogos Olímpicos e Mundiais. Espero chegar em Paris e ganhar mais duas medalhas. Los Angeles vai ser um sonho também, que ainda falta a ser realizado. Mas ganhar essas duas medalhas seria incrível. Acho que todo atleta que veste essas cores tem de ser reconhecido, pelo talento, pela dedicação. Não é fácil. Chegar e representar bem seu país nos Jogos já deveria ser considerado um herói”, disse.


Isaquias Queiroz será porta-bandeira do Brasil.Isaquias Queiroz será porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos. FOTO: Renato do Val/COB

Isaquias também festejou poder ser o porta-bandeira ao lado de Raquel Kochhann. A jogadora de rugby sevens superou um câncer para estar nos Jogos.

“Eu fico muito feliz de poder dividir esse momento incrível, espetacular, de ser porta-bandeira ao lado da Raquel. É uma atleta que lutou contra um câncer. Eu estive ao lado de Jesus (Morlán, seu ex-treinador, que faleceu da mesma doença em 2018), sei como foi dura a batalha para ele. Ela venceu, e agora vai ter a oportunidade de representar todos os brasileiros. Vai ser uma coisa incrível, mágica. E com certeza vamos desfrutar desse momento maravilhoso”.

O medalhista olímpico se diz ainda mais motivado para buscar o pódio em Paris. Depois de desacelerar em 2023, redobrou o fôlego para retomar suas motivações na capital francesa.

“Eu tive um ano a menos de treinamento em 2023, precisei parar um pouquinho, estava pegando um pouco meu psicológico, meu físico. Mas quando você começa a dar uma treinada, começa a evoluir. Eu tenho muita motivação. Ao longo da minha carreira, a minha família é uma das motivações para chegar em Paris, nos Jogos Olímpicos, brigar pela medalha. O treinador, arrancando meu couro no treinamento, também é uma motivação. E representar o povo brasileiro", afirmou.

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