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Vencedor do Troféu Adhemar Ferreira da Silva, José Roberto Guimarães se emociona com homenagem no Prêmio Brasil Olímpico 2024

Treinador da seleção brasileira feminina de vôlei é a 23ª personalidade do esporte nacional a receber a honraria

Por Comitê Olímpico do Brasil

12 de dez, 2024 às 01:15 | 4 min de leitura

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Foto: Alexandre Loureiro/COB

Mais um enorme título para uma carreira vitoriosa. Assim pode ser definida a homenagem que o técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães, do vôlei, recebeu na noite desta quarta-feira (11) no Prêmio Brasil Olímpico (PBO) 2024, realizado no Vivo Rio, no Rio de Janeiro. Vencedor do icônico Troféu Adhemar Ferreira da Silva, Zé Roberto, como é conhecido, destilou emoção e agradecimento pela honraria recebida. 

“É um enorme prazer estar aqui recebendo essa honraria. O Adhemar Ferreira da Silva é um dos maiores ícones do nosso esporte, trouxe valores muito importantes. Agradeço muito por ser o 23º a receber esse troféu. Quero agradecer ao COB, sempre muito perto em todos os momentos, à Confederação Brasileira de Vôlei, aos meus pais que não estão mais aqui presentes, mas onde quer que estejam estão felizes por mim, e as minhas filhas, minha família, Dona Alcione que sofre comigo no voleibol há 55 anos. Essa é a minha vida, dedicada ao esporte, e quero continuar dessa forma”, declarou, emocionado, Zé Roberto após receber o troféu das mãos do presidente do COB, Paulo Wanderley. 

 

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José Roberto Guimarães recebe o Troféu Adhemar Ferreira da Silva. Foto: André Durão/COB

 

Destinado a personalidades do esporte que representam os valores marcantes na carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva chega a seu 23º condecorado e, neste ano, homenageou um dos maiores treinadores de voleibol do mundo. José Roberto Guimarães, 70 anos, dedica sua vida ao vôlei e possui no currículo nada menos que cinco medalhas olímpicas como treinador, a maioria com a seleção brasileira feminina de vôlei. Até o momento, foram três ouros (Barcelona 1992 – seleção masculina, Pequim 2008 e Londres 2012), uma prata (Tóquio 2020) e um bronze (Paris 2024), e quatro medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo três pratas (Países Baixos/Polônia 2022, Japão 2010, Japão 2006) e um bronze (Itália 2014). 

Para além das conquistas, o treinador carrega consigo os predicativos apontados como fundamentais na composição dos vencedores do Troféu Adhemar Ferreira da Silva. Valores como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo são expressões que marcam também a carreira de Zé Roberto, que há 21 anos serve à seleção brasileira feminina de vôlei.

Ex-atleta da seleção masculina, Zé também participou dos Jogos Olímpicos na posição de levantador na edição de Montreal 1976. Pouco mais de uma década depois, quando parou de jogar, assumiu a posição de assistente técnico de Bebeto de Freitas na seleção masculina de vôlei. Desde então, são mais de 30 anos dedicados à modalidade, inclusive com o projeto dele de formação de atletas no Barueri Vôlei. 

Tais atributos dentro e fora das quadras corroboraram para a premiação deste que se tornou ícone do esporte brasileiro. Numa noite de gala, José Roberto Guimarães, ou apenas Zé, foi reverenciado e aplaudido por todos ao segurar nas mãos o merecido Troféu Adhemar Ferreira da Silva de 2024. 

 

SARAH MENEZES, FRANCISCO PORATH E ARTHUR ELIAS SÃO OS TREINADORES DO ANO

Outros três treinadores brasileiros foram condecorados com premiações na noite do Prêmio Brasil Olímpico (PBO) 2024. Sarah Menezes, do judô, e Francisco Porath Neto, da ginástica artística, levaram os troféus de melhores treinadores de modalidade individual, enquanto Arthur Elias, do futebol, conquistou o troféu de melhor treinador de modalidade coletiva. 

 

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Sarah Menezes recebe o troféu de melhor treinadora individual. Foto: Alexandre Loureiro/COB

 

Sarah Menezes, de 34 anos, foi uma judoca de sucesso vestindo as cores do Brasil e possui o resultado histórico de ter sido a primeira campeã olímpica da modalidade no país na edição de Londres 2012 na categoria até 48kg. Dona de três medalhas em Mundiais de judô enquanto atleta, Sarah se tornou treinadora da seleção brasileira feminina em 2021. O ponto alto da carreira como técnica foi justamente nos Jogos Olímpicos Paris 2024, quando ela comandou Bia Souza na conquista do ouro (categoria +78kg), Larissa Pimenta no bronze (categoria até 52kg) e auxiliou a equipe mista a levar a medalha de bronze. Com esse resultado, Sarah se tornou a primeira judoca brasileira campeã olímpica como atleta e como técnica. 

“Recebi com alegria enorme esse prêmio e me sinto muito honrada. Há 14 anos eu estava neste prêmio recebendo o troféu de melhor atleta, com 19 anos, e fiquei muito feliz. Hoje, sendo treinadora, tendo um excelente resultado em Paris 2024, e receber esse prêmio é mais uma grande conquista da minha carreira. É importante dizer que essa homenagem não é só para mim, mas também para as meninas, porque foi através dela que eu consegui esse feito”, ressaltou Sarah. 

 

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Francisco Porath recebe o troféu de melhor treinador individual. Foto: Alexandre Loureiro/COB

 

Francisco Porath, ou apenas Chico, 44 anos, é natural de é o principal treinador da seleção brasileira feminina de ginástica artística, que nos Jogos Olímpicos Paris 2024 conquistou quatro medalhas, sendo o bronze por equipes, ouro no solo e prata no individual geral e no salto, as últimas todas com Rebeca Andrade. Chico, inclusive, é treinador de Rebeca Andrade desde 2006 e foi peça fundamental na construção da hoje maior atleta olímpica do Brasil, com seis medalhas olímpicas conquistadas (2 ouros, 3 pratas e 1 bronze).

“Este ciclo foi muito vitorioso para a gente e tudo foi resultado de um planejamento bem-feito. Estou aqui representando a ginástica nesse prêmio e quero agradecer a toda a minha equipe. Hoje temos um modelo da ginástica do Brasil, copiado por outros países, que vêm visitar o nosso CT. Estou muito feliz e já pensando, claro, no próximo ciclo. Temos 2025 para planejar com calma e novos objetivos serão traçados”, pontuou Francisco. 

Já Arthur Elias é o comandante da seleção feminina de futebol, que garantiu a medalha de prata nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Arthur, 43 anos, assumiu a seleção em setembro de 2023 e em menos de um ano levou o time à final olímpica, 16 anos depois da medalha de prata em Pequim 2008. Multicampeão em suas passagens por clubes brasileiros, como o Corinthians, Arthur Elias agora vem construindo a sua história à frente da seleção brasileira feminina. 

“Essas Olimpíadas foram das mulheres e com elas conquistamos essa medalha histórica com a seleção feminina, igualando mais uma vez o melhor resultado da história. Uma premiação como essa é gratificante e numa modalidade coletiva como o futebol ela representa o trabalho de tantos profissionais que estiveram nas Olimpíadas e o grupo fantástico de atletas”, concluiu Arthur. 

 

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Arthur Elias recebe o troféu de melhor treinador coletivo. Foto: Alexandre Loureiro/COB

 

 

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