Jovens esgrimistas conhecem modalidade por meio de projeto social e se destacam nos Jogos da Juventude
Gabriela, Danilo e Júlia sonham em expandir a esgrima no país e esperam que outras crianças tenham as mesmas oportunidades através do esporte
A modalidade antes desconhecida para Julia Improta, Gabriela Ohana e Danilo Queiroz, virou paixão logo no primeiro contato que tiveram na escola. O início na esgrima, há cerca de quatro anos, foi por meio de um teste para ingressar no projeto social “Os Mosqueteiros”, na zona oeste de São Paulo.
Com muitas dificuldades, mas um enorme desejo de descobrir mais sobre o esporte, eles tiveram que adaptar os equipamentos. Caixas de papelão de pizza foram improvisadas como coletes e as espadas eram feitas de jornais. Após um tempo os esgrimistas fizeram uma vaquinha para comprar os materiais adequados.
“Depois de usar as armas de materiais recicláveis, conseguimos roupas e espadas emprestadas, mas meus pais acabaram comprando esse material para mim. Eles tiveram que vender bicicleta, videogame e fizemos vaquinha também. Se eu não fizesse esporte, eu estaria largada. Praticar esgrima é muito bom”, disse Gabriela Ohana, de 13 anos.
“A esgrima mudou tudo na minha vida. Mudou minha forma de pensar, o cuidado com meu corpo. Eu nunca tinha ouvido falar na esgrima, mas me encantei e na minha primeira competição eu conquistei medalha, então isso me motivou a continuar praticando”, afirmou Julia, de 14 anos, que acumula mais de 15 medalhas em competições.
“Eu também nunca tinha ouvido falar nesse esporte, mas o professor viu meu potencial e fiquei muito interessado. Quando fui aprendendo, fui me apaixonando cada vez mais. Antes eu era muito ansioso e agora sou mais tranquilo. O esporte também me proporcionou conhecer muitos lugares que eu nunca imaginaria", reforçou Danilo, de 17 anos.