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Jogos da Juventude

Degrau a degrau: dupla do Paraná eliminada na 1ª fase dos Jogos da Juventude ano passado foca em treinos e leva ouro em 2023

Eduarda e Pabliny vencem Marcela/Isabela (RJ) e levam troféu; desempenho do PR no vôlei de praia e quadra, com 4 medalhas, chama a atenção

Por Comitê Olímpico do Brasil

14 de set, 2023 às 17:30 | 6 min de leitura

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Grandes nomes do esporte já deram a dica: as grandes vitórias são construídas passo a passo, todo dia um pouco. E o ouro de Eduarda/Pabliny na primeira divisão do vôlei de praia nos Jogos da Juventude é a prova disso. Depois de disputarem a competição pela primeira vez em Aracaju, no passado, e serem eliminadas na fase de grupos, a dupla voltou à competição em 2023 e levaram para casa o troféu ao vencer Marcela/Isabela, do Rio de Janeiro, por 2 sets a 0 (21x16, 21x18).

“Uma experiência, mesmo que amarga, contribui para a evolução. Uma das características dessas duas meninas é querer, é se entregar, gostar de treinar. A vida de atleta é sofrida, tem que abdicar de várias coisas, treinar no frio, na chuva, nos feriados. Elas encaram isso como uma visão positiva, do que pode agregar. Talvez não se tornem atletas de alto rendimento, mas vão levar a forma como enfrentam as adversidades como aprendizado para a vida”, analisou o treinador Luiz Fernando.



Mesmo que não sigam a carreira como atletas de alto rendimento, Eduarda e Pabliny já estão exercendo um papel importante no esporte, o de influências positivas para as praticantes mais novas. Oriundas de Dois Vizinhos, município com cerca de 45 mil habitantes no sudoeste do Paraná, elas serão olhadas de maneira diferente ao voltarem para casa.

“Não sei nem o que dizer direito. É muita felicidade poder inspirar os mais novos, mostrar pra eles que, mesmo vindo de uma cidade muito pequena, sem muitas oportunidades, sem tradição no esporte é possível chegar. Basta se dedicar ao máximo”, disse Pabliny, que já possuía uma medalha nos Jogos de 12 a 14 anos.

A atleta Eduarda já é uma influência dentro da própria casa. “Minha irmã do meio começou a jogar por minha causa e já ganhou medalha de bronze nos Jogos de 12 a 14 anos. Agora estava torcendo muito por mim, falando 'bora, bora'. É uma sensação deliciosa ter duas medalhas importantes como essas (a da irmã e o ouro dela nos Jogos da Juventude) em casa. É ainda mais certo que a nossa irmã mais nova também vai pelo mesmo caminho”.


O desempenho do Paraná tanto no vôlei de praia, quanto no de quadra nos Jogos da Juventude chama a atenção: conquistaram as quatro medalhas possíveis, sendo uma de ouro, duas de prata com a dupla masculina do vôlei de praia e a equipe masculina na quadra e o bronze com a equipe feminina de quadra. Todas medalhas da primeira divisão. O segredo do sucesso é o trabalho.

“Não tem segredo, é o envolvimento de todos, o trabalho em conjunto e a paixão dos treinadores. Temos um trabalho de base de grande valia, com as crianças paranaenses. Isso faz com que o nível técnico das competições municipais e estaduais seja elevado. A questão emocional também faz muita diferença, mas estar disputando diversos campeonatos de nível técnico alto antes de chegar aqui, na fase nacional, ajuda a fazer a diferença”, disse Luiz Fernando.



Vôlei de praia nos Jogos da Juventude

A competição do vôlei de praia nos Jogos da Juventude chegou ao fim nesta quinta-feira (14) com a definição dos primeiros colocados nas duas divisões. Foram três dias de muitos jogos em que jovens atletas de até 17 anos foram observados.

“No masculino, 9 atletas chamaram a atenção. Desses, 3 com potencial muito grande. E no feminino, foram 6 atletas observadas mais atentamente, das quais duas com maior destaque. Esses 5 com melhor avaliação deverão fazer parte de um treinamento de campo que iremos realizar em janeiro, no Centro de Treinamento em Saquarema”, disse Adriano Rosa, observador técnico da Confederação Brasileira de Voleibol e analista de desempenho da seleção brasileira.

“Possuímos um índice técnico, comportamental e tático, padronizado pela CBV, para identificar se o atleta está evoluindo, se está estabilizado ou ainda tem margem para um crescimento maior. Importante destacar que alguns atletas que foram detectados nos Jogos da Juventude de Aracaju, no ano passado, já evoluíram bastante até agora. Vimos que estão no caminho certo”.

Confira abaixo os resultados e classificações finais dos melhores de cada divisão em cada naipe.

Classificação:
1ª divisão – Feminino
Ouro: Paraná
Prata: Rio de Janeiro
Bronze: Santa Catarina
Quarto: Mato Grosso

1ª divisão – Masculino
Ouro: Espírito Santo
Prata: Paraná
Bronze: Santa Catarina
Quarto: Distrito Federal

2ª divisão – Feminino
1º: São Paulo
2º: Mato Grosso do Sul
3º: Rio Grande do Norte
4º: Maranhão

2ª divisão – Masculino
1º: Sergipe
2º: São Paulo
3º: Mato Grosso do Sul
4º: Alagoas

Resultados:
Bronze - 2ª divisão – Masculino
MS 2 x 1 AL (20/22, 21/17 e 15/13)

Bronze - 2ª divisão – Feminino
RN 2 x 1 MA (8/21, 21/15 e 15/13)

Final - 2ª divisão – Masculino
SE 2 x 0 SP (21/9 e 21/13)

Final - 2ª divisão – Feminino
SP 2 x 1 MS (21/19, 13/21 e 15/13)

Bronze – 1ª divisão – Feminino
SC 2 x 1 MT (21/8, 19/21 e 15/7)

Bronze – 1ª divisão – Masculino
SC 2 x 1 DF (21/18, 17/21 e 15/9)

Final - 1ª divisão – Feminino
PR 2 x 0 RJ (21/16 e 21/18)

Final - 1ª divisão – Masculino
ES 2 x 0 PR (21/19 e 21/19)

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