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Equipe mista de curling do Brasil encerra participação em Gangwon 2024 com saldo positivo

Último jogo do time na competição teve derrota de 9 a 4 para Grã-Bretanha; Brasil também foi representado no esqui alpino por Arthur Padilha

Por Comitê Olímpico do Brasil

24 de jan, 2024 às 04:30 | 4 min de leitura

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A equipe mista de curling do Brasil se despediu dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude nesta quarta-feira, 24, com derrota para a Grã-Bretanha por 9 a 4. Essa foi a segunda maior pontuação do país na competição. O saldo da participação brasileira é bastante positivo já que o time formado por Pedro Ribeiro (skip), Julia Gentile (vice-skip), Guilherme Melo (fourth) e Rafaela Ladeira (lead) e comandado por Isis Oliveira conseguiu a primeira vitória olímpica do Brasil.

“Termos ganhado um jogo mostra que estamos no caminho certo. Quem sabe daqui a alguns anos não estamos vencendo 3 ou 4 nas Olimpíadas? Acho que dá para ver a evolução, especialmente se olhar as outras edições de Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Ter participado aqui em Gangwon é uma motivação a mais para nós, com certeza. Ter conseguido jogar bem, marcar pontos contra equipes fortes e vencer um jogo é um combustível a mais para seguirmos treinando e evoluindo", disse Guilherme Melo, de 15 anos.

“Ganhamos muita experiência jogando alguns jogos contra equipes grandes, jogadores bem mais experientes. Mas estamos evoluindo, estamos competindo e podem esperar mais do curling brasileiro porque a gente tá subindo”, completou Rafaela Ladeira, de 17, a mais experiente do grupo.

Rafaela Ladeira grita ao fundo, enquanto Guilherme Melo e Julia Gentile varrem o gelo - Foto: Marina Ziehe/COB

Os feitos dos atletas impressionam ainda mais quando olhamos as campanhas das outras equipes do Brasil no Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude anteriores. Em Lillehammer 2016, o time formado por Victor Santos, Giovanna Barros, Elian Rocha e Raíssa Rodrigues, fez sete partidas e todas terminaram após seis ends (são oito em disputa). A equipe fez cinco pontos no total, com destaque para os dois pontos na derrota de 11 a 2 para a Noruega.

Já em Lausanne, o Brasil foi representado por Vítor Melo, Gabriela Farias, Michael Velve e Letícia Cid. O país fez cinco partidas na competição e novamente todas terminaram antes do oitavo end. Contudo, os brasileiros conseguiram fazer pontos em todos os jogos, inclusive vencendo dois ends contra a Dinamarca na derrota por 12 a 3. Em Gangwon 2024, foram sete partidas, 17 pontos marcados, 13 ends vencidos e a primeira partida indo até o 8º end, justamente na vitória sobre a Alemanha. Tudo isso liderado por um capitão de apenas 14 anos, o mais novo na posição entre todas as equipes.

Pedro Ribeiro, o skip (capitão) aos 14 anos - Foto: Marina Ziehe/COB

“Foi uma chance de outro mundo, muito legal mesmo. Eu e todo mundo do time gostamos muito da experiência. Jogamos bem, cometemos alguns erros, principalmente nas primeiras partidas em que ainda estávamos aprendendo o gelo, com torcida adversária no ginásio. Aprendemos muito com essa experiência e saímos daqui melhor do que chegamos”, disse Pedro, de apenas 14 anos.

Para a Julia Gentile, a equipe teve dois diferenciais para chegar aos grandes resultados em Gangwon 2024. “Estamos treinando juntos há 15 meses como time, somos muito amigos e por isso estamos bem unidos. Acho que esses são os pontos principais para termos conseguido os bons resultados. Queria agradecer por todo apoio que estão dando pra gente. Ficamos muito felizes de saber que estão acompanhando a gente, gostando do curling brasileiro e continuem nos assistindo porque a gente vai fazer ainda mais história”, concluiu Julia Gentile, que completa 16 anos no próximo dia 28.

Trabalho das "vassouras" do Brasil - Foto: Marina Ziehe/COB

Julia e Guilherme Melo serão os representantes do Brasil nas equipes mistas. O primeiro jogo deles será contra a Nova Zelândia, no próximo dia 27, às 18h no horário local (06h no horário de Brasília). Na sequência enfrentam também duplas do Japão, da China, da Letônia e da Turquia pela primeira fase do torneio que vai até o próximo dia 31.

Arthur Padilha disputa esqui alpino em Gangwon 2024

Arthur Padilha disputa prova de slalom gigante - Foto: International Olympic Committee / Luiza Moraes

Nesta quarta-feira, 24, também teve Arthur Padilha competindo no esqui alpino, na prova de slalom gigante. O brasileiro terminou na 40ª posição com o tempo total de 1min50s99. Depois de uma primeira descida mais segura e outra com agressividade, ele concluiu a prova à frente de outros dez competidores. Outros 12 já haviam sido eliminados logo na primeira descida.

“Arthur fez uma primeira descida mais conservadora depois da prova feminina, em que um número muito grande de atletas não conseguiu terminar. Na segunda descida, foi mais agressivo, conseguindo esquiar em ótimo nível, colocando mais de 2s de vantagem sobre o atleta que estava atrás dele”, analisou Pedro Cavazzoni, chefe da equipe de neve do Brasil, citando que apenas 43 atletas de 79 inscritas concluíram a prova nesta terça.

“A corrida foi difícil e muito cansativa porque estava muito frio, mas a neve estava boa. Fiquei muito feliz com o resultado. Estou empolgado para a prova do slalom”, disse Arthur, que compete nesta quinta-feira, a partir de 10h45 (22h45 de quarta-feira, 24, no horário de Brasília). Uma hora antes, a irmã gêmea dele, Alice, também faz a primeira descida.

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