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Jogos da Juventude

Fecham-se as cortinas! Com passagem de bastão para Blumenau, Jogos da Juventude Ribeirão Preto 2023 estão encerrados

São Paulo liderou o quadro de medalhas da competição, que foi marcada pelo crescimento em diversas áreas

Por Comitê Olímpico do Brasil

16 de set, 2023 às 16:40 | 7 min de leitura

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Com a passagem de bastão de Ribeirão Preto (SP) para Blumenau (SC) estão oficialmente encerrados os Jogos da Juventude de 2023. E não há palavra melhor para definir esta edição que crescimento. A cidade-sede viu um grande espetáculo esportivo, que movimentou 17 instalações de Ribeirão e cidades do entorno, 4.000 atletas e mais de 1.200 profissionais de staff, apoio, comissões técnicas e voluntários.

“Evoluir é um dos pilares do Comitê Olímpico do Brasil em tudo o que ele se propõe a fazer. Acredito que conseguimos cumprir esse objetivo. Além do crescimento que os números mostram, também ampliamos os Jogos da Juventude em aspectos que não são mensuráveis, como a qualidade dos serviços oferecidos, a conexão dos alunos das escolas públicas locais com os atletas e o nível técnico das competições. Estamos muito satisfeitos com a edição de 2023 e já pensando em 2024”, disse Kenji Saito, diretor dos Jogos da Juventude.
 
O programa esportivo também cresceu. As novidades foram as entradas de águas abertas, esgrima, tiro com arco e triatlo, que se juntaram a outras 14 modalidades do programa esportivo dos Jogos da Juventude. O atletismo também teve novidades: pela primeira vez a marcha atlética foi disputada no evento. Assim, o programa teve águas abertas, atletismo, badminton, basquete, ciclismo, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, judô, natação, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo, vôlei de praia, voleibol e wrestling.



O que também aumentou, e muito, foi a visibilidade do evento e dos atletas que são os responsáveis pelo sucesso dos Jogos da Juventude. Além de realizar a sua própria transmissão através do Canal Olímpico do Brasil (site e app), que é feito em parceria com a NSports, o COB fechou um acordo com a TV Brasil para a exibição dos Jogos da Juventude em tv aberta. Madrinha do COB, a CazéTV, do streamer Casimiro Miguel, também mostrou a competição para seus jovens seguidores. O Canal do Youtube do Time Brasil chegou a 100 mil inscritos no período.

Ao longo do evento, foram servidas cerca de 60 mil refeições no refeitório com capacidade para 800 pessoas simultaneamente. Mais de 3.000 por dia no período dos Jogos. Os atletas tiveram acesso às informações do “Alimentação para Vencer - Kachimeshi”, ‘da Ajinomoto. Ainda nesse campo, o COB transformou multas às delegações em 1.7 tonelada de alimentos para o Fundo de Solidariedade de Ribeirão Preto.

A troca de conhecimentos também aumentou e se tornou, ainda mais, um dos princípios fundamentais dos Jogos da Juventude. O Centro de Avaliação e Performance mapeou grande parte dos atletas para formação de um banco de dados do Laboratório Olímpico. A maior parte dos testes podem ser replicados por todos os profissionais em seus estados, e as informações serão compartilhadas com Confederações, clubes e staff. Os profissionais das áreas médica e fisioterápica, entre outras, realizaram uma grande troca com integrantes das comissões técnicas dos estados, de maneira formal e informal. Outra ação fundamental no sentido do conhecimento foi o investimento do COB na divulgação do seu Canal de Ouvidoria e Ética na busca pela promoção de um esporte seguro.



Além das disputas esportivas, os Jogos da Juventude também ampliaram as ações educativas e culturais. O Programa Transforma, de promoção dos Valores Olímpicos do COB, e a ação "Você nos Jogos" levaram 3500 crianças e adolescentes de escolas públicas da região para vivenciarem – e vibrarem acompanhando novas modalidades - e conhecerem o Centro de Convivência, coração dos Jogos. Mas não foram só os estudantes que aproveitaram o espaço. Os atletas puderam participar de diversas atividades lúdicas e socioculturais. O estande da Mormaii, patrocinadora oficial do Time Brasil, também foi um sucesso.

Em 2025, será a vez de Brasília receber a maior competição do Brasil para jovens de até 17 anos.

Quadro de medalhas dos Jogos da Juventude


São Paulo liderou o quadro de medalhas da competição com 45 ouros e 107 medalhas no total. O estado também se garantiu no pódio em 17 das 18 modalidades do programa e, logicamente, teve alguns dos maiores destaques individuais dos Jogos da Juventude. Da natação, Larissa Borba conquistou seis ouros (revezamentos 4x50m livre feminino, 4x100m livre misto e 4x100m medley misto, 50m borboleta, 100m costas e 50m costas), e Lúcio Flávio, cinco (revezamentos 4x100m livre masculino, 4x100m livre misto e 4x100m medley misto, 100m borboleta e 50m borboleta). Matheus Siniscalchi pegou três ouros nas piscinas (400m, 800m e 1500m) e um ouro (5km) e uma prata (revezamento misto) nas águas abertas. Pedro Silvestre levou 4 ouros (Argolas, Barra, Paralelas e Salto) na ginástica artística e Fernanda Alvaz teve 100% de aproveitamento na ginástica rítmica (campeã no individual, bola, arco e equipe).



O Rio de Janeiro ficou na segunda colocação do quadro de medalhas, ao vencer o confronto direto com Santa Catarina na decisão do basquete masculino, e chegar a 24 ouros e 65 medalhas no total. O maior destaque da delegação talvez seja Maria Fernanda Santos, que venceu a três provas que participou no badminton (dupla mista, dupla feminina e individual). No tiro com arco, os cariocas levaram os três ouros na disputa: Emanuel Luiz, campeão no masculino; Isabelle Trindade, no feminino; e juntos nas duplas mistas.

Santa Catarina ficou na terceira colocação, com dois ouros a menos que os cariocas. O bom desempenho dos catarinenses foi puxado pela natação: foram 10 ouros na modalidade. O capitão desse resultado foi Matheus Menel com 4 ouros (100m peito, 200m peito, 200m medley e revezamento 4x100 medley).

Campeão da edição Aracaju 2022, o Paraná fechou o evento com 16 ouros e 54 medalhas no total, ficando na quarta colocação. A participação dos paranaenses foi bastante equilibrada, com os ouros sendo conquistados em nove modalidades diferentes. O Rio Grande do Sul fecha o top-5 com 15 ouros, sendo 4 deles de Nicole de Campos na ginástica artística (salto, solo, individual e equipes).

Vale ressaltar que todas as Unidades Federativas tiveram alguma colocação entre os três primeiros de alguma modalidade, seja na primeira, segunda ou terceira divisão.

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