Brasil se prepara para inédita disputa do revezamento misto por equipes em Gangwon 2024
Júlia Reis, Mariana Silva, Gabriel Santos e Ian Francisco que irão compor a equipe do Brasil na prova do dia 1º, disputaram o Distance nesta terça-feira, 30

Os Jogos da Juventude, tanto de verão quanto de inverno, são marcados por inovações
no programa de competições, funcionando como uma espécie de laboratório para novas
provas e formatos. Uma das novidades para Gangwon 2024 foi a inclusão da
inédita prova do revezamento misto por equipes. O Brasil é um dos 24 países aptos a disputar a prova por ter tido quatro atletas classificados para a
competição, sendo dois em cada naipe. É a primeira vez que o país participará
de uma prova de revezamento completo em competições de inverno e será o único
país latino-americano no evento.
“O revezamento misto será muito importante para o Brasil. Ele marca a primeira
participação da história do Brasil em um revezamento completo de um evento
Olímpico. Em Pequim 2022, participamos pela primeira vez em uma prova por
equipes com o Sprint por Equipes feminino. Isso mostra o resultado do programa
de cross country criado em 2016 e que a cada edição tem aumentado a
participação do Brasil em eventos Olímpicos”, analisou Pedro Cavazzoni, chefe
da equipe de neve do Brasil em Gangwon.
Na prova cada competidor irá percorrer um trajeto de 5km usando uma das
técnicas – livre ou clássica. Ou seja, um homem irá dar uma volta usando o estilo
clássico e o outro, o estilo livre. Com as mulheres será a mesma coisa. Homens
e mulheres também se revezam na hora de entrar na pista. O país que completar o
total de 20km em menos tempo será o vencedor.
Os quatro atletas que irão representar o Brasil no revezamento disputaram a
prova de Distance (7.5km estilo clássico) nesta terça-feira, 30. Júlia Reis
completou o percurso em 31:14.5 (+8:54.9) e ficou na 64ª colocação. Mariana
Silva marcou 37:143 (+14.54.7), a número 70, de 78 atletas. No masculino, Gabriel
Santos marcou 26:57.9 (+7:10.7) e Ian Francisco realizou o tempo de 27:51.6
(+8:04.4), terminando nas posições 73 e 74 respectivamente.
“A prova de hoje foi mais dura, muitas subidas, a lombar reclamou um pouco, mas acho que fiz um bom tempo. O mais importante é que eu dei meu melhor até o final. Para o revezamento, a expectativa é a mesma: dar o meu melhor até o final. A diferença é que vamos ter também a ajuda dos companheiros e temos que dar uma força torcendo também”, disse Gabriel.
“A técnica clássica exige muita força e é também a mais difícil de se treinar no Brasil com rollerskis. O desempenho da equipe foi muito bom, dentro da expectativa que tínhamos para eles nessa prova”, analisou Cavazzoni.
“Destaco em especial a performance da Julia Reis que conseguiu realizar bem a técnica clássica e alcançar a melhor posição brasileira feminina em provas de distância. Além disso, Mariana e Ian superaram dores no braço e nas costas e conseguiram terminar bem as provas”, completou.
A participação dos atletas está confirmada apesar das dores durante a prova desta terça. “Os atletas foram avaliados e nem Mariana, nem Ian possuem nenhuma lesão. Foram dores causadas pelo intenso esforço de ambos na busca por completarem o percurso dando o seu máximo. Eles foram medicados e estão aptos para a disputa do revezamento”, disse o Dr. Warlindo Neto, médico que acompanha a equipe em Gangwon 2024.
Dupla mista de curling faz penúltima partida nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude
O curling brasileiro fez a quarta e penúltima partida nos
Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude nesta terça, 30. Julia Gentile e
Guilherme Melo foram derrotados por Agate Regza e Kristaps Zass, da Letônia,
por 6x3. Nas primeiras partidas, os brasileiros haviam sido superados por Nova
Zelândia (12x5), Japão (11x1) e China (10x3). O Brasil encerra a participação
contra a Turquia no dia 31, a partir das 12h30 (00h30 no horário de Brasília).