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Caio Bonfim bate recorde em pista e confirma índice olímpico na marcha atlética

O marchador teve a companhia de Matheus Gabriel Correa, que também fez índice olímpico e recorde brasileiro e sul-americano sub-23

Por Comitê Olímpico do Brasil

25 de abr, 2021 às 12:30 | 2 min de leitura

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O marchador Caio Bonfim gritou, ajoelhou e agradeceu ao cruzar a linha de chegada da marcha atlética 20.000 m, neste domingo (25/4), em 1:20:13.68, no Torneio Cidade de Bragança Paulista, no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), em Bragança Paulista (SP). Caio ratificou o índice olímpico (1:21.00) e estabeleceu novo recorde brasileiro e sul-americano da prova, que tinha os três árbitros internacionais necessários, pela regra, para que a marca seja validada. O recorde sul-americano pertencia ao equatoriano Cristian Chocho, com 1:20:23.8, feito em Buenos Aires, Argentina, em 2011.

Numa prova rápida, facilitada pela temperatura amena do horário de largada (7 horas), o segundo colocado Matheus Gabriel Correa  também obteve o índice olímpico, com 1:20:49.13. A marca também é o novo recorde brasileiro e sul-americano sub-23 dos 20.000 m da marcha atlética. Lucas Mazzo (CASO) foi o terceiro colocado (1:24:15.95).

"O recorde brasileiro de pista era meu. Temos poucas provas de pista e esta foi uma oportunidade de ouro! Eu fiz 1:20:58 em 2011, eu tinha 20 aninhos e agora, 10 anos depois e com 30 anos, é bom mostrar que continuo bem. Estou muito feliz. Quando eu fiz esse recorde brasileiro, ele também foi sul-americano, mas o Chocho - que é marido da Érica Sena e um ícone na marcha - chegou na frente e ficou com ele. E hoje poder fazer essa marca e entrar para a história da marcha sul-americana me deixa muito feliz", disse Caio.

E reforçou que "a prova valeu muito" porque a marcha atlética teve muitas competições canceladas, como as de Portugal e República Checa - a de La Coruña está mantida, até o momento -, e ele queria aproveitar todas as oportunidades para competir antes da Copa Pan-Americana de Marcha em Guayaquil, Equador, dias 8 e 9 de maio.

Matheus Correa, catarinense de Blumenau, de 21 anos, disse que não estava esperando fazer o índice olímpico, mas sim obter uma boa marca para somar pontos no ranking da World Athletics. "Mas arrisquei, fui junto com o Caio que me falou, quando chegamos nos 10.000 m, que se eu passasse para 1.36 por volta no restante da prova daria o índice olímpico. Ficou difícil no final, mas vi que estava perto, que era possível e fui pra cima", disse Matheus, que treina com Ivo da Silva. "É um alívio e agora vou focar na Olimpíada, o que eu nem imaginava que poderia fazer a partir de hoje."

Pedro Honório Nascimento, presidente da AABLU, destacou a falta de ritmo de competição que os atletas enfrentam com a pandemia. "Tínhamos a expectativa do índice ou da classificação pelo ranking, mas hoje tudo ajudou - prova bem organizada, o clima, a hidratação... "

Gabriela Muniz (CASO), de 18 anos, foi a primeira na prova dos 20.000 m da marcha atlética com 1:35:02.6, seguida por Viviane Lyra (AEFV), com 1:35:29.8, e por Elianay Santana Barbosa (CASO), com 1:39:45.0. Gabi obteve o recorde brasileiro adulto e sub-23 (a marca anterior era de Cisiane Dutra Lopes, com 1:35:49.6, feita em Buenos Aires, Argentina, em 2011), o recorde brasileiro dos 10.000 m, com 47:33.5, e ainda ratificou o índice para o Mundial Sub-20 de Nairóbi, no Quênia, na distância.

"Fiquei muito feliz. Eu estava fazendo treinos excelentes nas últimas semanas, com a professora Gia (Gianetti Sena Bonfim), o Caio, o grupo todo e esperava melhorar a minha marca. E minha expectativa para a Copa de Marcha é muito boa. A parcial dos 10.000 m na prova me deu mais confiança porque fiz minha melhor marca", afirmou Gabriela Muniz, que também embarca com o grupo brasileiro para Guayaquil nesta segunda-feira. 

No arremesso do disco, Andressa Oliveira de Morais (Pinheiros), qualificada para a Olimpíada de Tóquio, fez 61,61 m, seguida por Izabela da Silva (IEMA), com 60,63 m, e de Lidiane Milena Cansian (Orcampi), com 54.39 m. 

Fonte: CBAt

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