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COB estabelece número mínimo obrigatório de oficiais mulheres nas modalidades em Jogos internacionais

A partir de 2025, confederações deverão ter pelo menos 30% de presença feminina nas delegações em competições multiesportivas

Por Comitê Olímpico do Brasil

11 de out, 2024 às 10:30 | 3 minutos de leitura

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Primeiro encontro presencial de treinadoras no programa MIRA. Foto: William Lucas/COB

Primeiro encontro presencial de treinadoras no programa MIRA. Foto: William Lucas/COB

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) dará mais um importante passo na busca pela equidade de gênero no esporte olímpico. A partir de 2025, todas as modalidades deverão ter obrigatoriamente um mínimo de 30% de oficiais mulheres em sua delegação nas competições multiesportivas internacionais.

A medida já passa a valer nas principais missões confirmadas do próximo ano, como os Jogos Sul-americanos da Juventude, na Argentina, e os Jogos Pan-americanos Júnior, no Paraguai.

Além de ser mais uma ação do COB para a equidade de gênero no esporte (confira mais abaixo), a decisão também segue a recomendação de órgão internacionais, como a Agenda 2020+5 do Comitê Olímpico Internacional (COI), que trata do incentivo à igualdade de gênero no esporte e estímulo à participação e envolvimento das mulheres no esporte, entre outros.

Vale ressaltar que a obrigatoriedade de 30% de presença feminina só valerá para as confederações que tiverem pelo menos três credenciais para oficiais em cada competição.

Nos últimos anos, o COB tem realizado diversas ações e programas na busca para mais oportunidades às mulheres no ambiente esportivo. A implementação da área Mulher no Esporte, em 2021, foi um grande marco nesse sentido. Desde então, são vários os projetos que geram mais chances de aprimoramento de atletas, treinadoras e gestoras.

Primeiro encontro presencial de treinadoras no programa MIRA. Foto: William Lucas/COB
Área Mulher no Esporte tem realizado diversas ações desde 2021. Foto: William Lucas/COB


Um dos principais exemplos é o Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF), criado em 2023, que visa incentivar as confederações a realizarem um planejamento esportivo específico para mulheres no esporte. Um dos objetivos principais é atuar em mudanças sistêmicas, como o aumento de mulheres em cargo de liderança.

Outro importante ação foi o lançamento do Programa Mentoria Individualizada Reflexão e Ação (MIRA), com a intenção de aumentar o número de treinadoras no esporte, sobretudo nas grandes competições, como os Jogos Olímpicos.

Todas essas são ações importantes, a curto, médio e longo prazo, promovem uma cultura de inclusão e de reconhecimento da mulher em todos os âmbitos esportivos.

Mais um grande avanço nesse sentido foi a presença feminina na delegação nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Pela primeira vez na história, o Brasil teve mais mulheres do que homens na delegação, com 55% das atletas presentes. Nos resultados elas também brilharam, conquistando mais medalhas, com 12 das 20 obtidas pelo país, entre elas as três de ouro.
 

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