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Comitê Olímpico do Brasil forma mais uma turma de seu programa de transição de carreira

Iniciativa visa potencializar as habilidades e experiências prévias em busca de uma nova fase profissional e já atendeu a 146 atletas em 12 anos

Por Comitê Olímpico do Brasil

26 de mar, 2025 às 18:43 | 6 minutos de leitura

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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) formou mais uma turma em seu Programa de Carreira do Atleta – Núcleo de Transição de Carreira (PCA Transição), nesta quarta-feira (26). No 12º ano da iniciativa, foram 11 formandos, entre eles os medalhistas olímpicos Erlon Santos, prata na canoagem na Rio 2016, e Rosangela Santos, bronze no atletismo em Pequim 2008. A cerimônia foi realizada no Centro de Treinamento do Time Brasil, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Ao longo dos últimos anos, grandes atletas passaram pelo PCA, como a bicampeã olímpica de vôlei Fabi Alvim, a campeã olímpica no judô Sarah Menezes, os medalhistas de prata André Domingos, do atletismo, Ágatha e Bárbara Seixas, do vôlei de praia, a estrela da ginástica Daiane dos Santos, e o icônico mesatenista Hugo Hoyama, entre muitos outros. Ao todo, foram 146 atletas formados desde 2012 (incluindo os formandos de 2024/2025).

O diretor geral do COB, Emanuel Rego, campeão olímpico e mundial de vôlei de praia, foi quem entregou os diplomas aos que concluíram mais uma etapa importante em suas carreiras.

“É gratificante pra mim entregar esse certificado para esses atletas que escolheram se capacitar, escolheram estar melhores pro mercado de trabalho. Isso aconteceu comigo, eu consegui fazer uma transição de carreira muito bem feita através dos programas do comitê e do Instituto Olímpico. Acredito que é uma forma da gente estar mais confiante para essa segunda fase da nossa vida. Lógico, a primeira fase é ser atleta, a gente dedica nosso tempo pra isso, mas no segundo momento, que é esse de transição, é muito importante que a gente tenha um guia, uma orientação, e o IOB, através desse programa de carreira do atleta, faz isso muito bem”, disse.

Emanuel já foi aluno do curso e enalteceu a iniciativa, que pode representar para muitos atletas o primeiro passo rumo a uma nova carreira.

"O atleta dedica uma vida ao seu esporte. E o alto rendimento precisa realmente de uma entrega que te impossibilita, na maioria das vezes, de conseguir estudar, pensar em cursar uma faculdade, uma carreira para quando parar de competir. Ter esse suporte do COB num momento transformador como esse é fundamental. Eu falo por experiência própria. Foi muito bom para mim e para muitos que passaram pelo programa. Parabéns para os formandos de 2024/2025 e que venham mais e mais alunos", completou.

Erlon Santos, que recentemente assumiu a vice-presidência da Confederação Brasileira de Canoagem para o ciclo Los Angeles 2028, também compartilhou sua experiência sobre a transição de carreira, destacando a importância do PCA.

“Foi um ponto fundamental, principalmente para as decisões a serem tomadas sobre o meu futuro a partir do momento que eu decidi fazer a transição. E eu tive o PCA como norte daquilo que eu seria futuramente e, até sobre a presidência, o PCA contou muito na minha decisão final de escolher ou não. Hoje eu me vejo muito tranquilo porque sei que daqui eu tenho tirado muitos frutos e, com certeza, vai refletir muito naquilo que eu escolhi que é ser o vice-presidente.”

Ele ainda destacou sua trajetória e o desejo de contribuir com sua experiência.

“Eu sempre gostei de estar envolvido em gestão como atleta. Eu acredito que a minha vivência como atleta, a medalha olímpica, o tempo de trabalho que eu tenho, tudo é uma experiência muito boa pra compartilhar com aqueles que estão vindo e aqueles que já estão colhendo um fruto de bons resultados. Acredito que eu vou contribuir muito com isso, contando minha experiência, estando perto. Eu sempre gostei de estar próximo, estar me relacionando ali com os atletas e eu não queria perder essa essência, essa proximidade e esse relacionamento com o esporte.”

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Rosangela Santos, medalhista olímpica no atletismo e que, agora, passa a integrar a Comissão de Gerentes III na Segunda Gerência Regional da Secretaria Municipal do Rio, também falou sobre a importância do PCA em sua transição.

“Eu consegui trabalhar as habilidades que eu tinha, reconhecer de fato minhas habilidades, competências, colocar tudo isso em prática. Eu consegui trabalhar a proposta ‘planos de ação’ com o networking que eu fiz durante a minha carreira, então esse foi um dos motivos pelos quais eu consegui essa nomeação na Secretaria de Esportes.”

Ela explicou como o processo de aprendizado do PCA, aliado ao networking, foi essencial para sua nova posição.

“Eu tenho um contato com o Secretário Guilherme Schleder, fiz parte do Time Rio, daqui do COB, da prefeitura, e consegui mandar uma proposta para ele com o que eu podia ajudar, do que eu podia desenvolver também na prefeitura. Eu fiz parte também de Vilas Olímpicas, então com a minha vivência, acredito que eu consiga trazer novos projetos para as crianças, trabalhar bem no desenvolvimento do esporte aqui no Rio de Janeiro. A gente está aí na disputa pros Jogos Pan-americanos de 2031, então achei muito importante e relevante fazer parte desse órgão. O PCA foi fundamental por que eu estava perdida de fato no que eu iria fazer, em como eu ia fazer, e o PCA me trouxe todas as respostas que eu precisava, então sou muito grata ao curso, muito grata à minha coach Andrea e estou muito feliz.”

O Programa de Carreira do Atleta – Núcleo de Atletas em Transição de Carreira (PCA Transição), é uma iniciativa do Comitê Olímpico do Brasil (COB), através da sua área de educação, o Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), que visa dar suporte ao atleta em sua formação global. O programa se desenvolve por meio de uma série de atividades estrategicamente elaboradas com o objetivo de facilitar a transição e potencializar as habilidades e experiências prévias do atleta, fornecendo uma base sólida para o sucesso em sua nova fase profissional.
 

PCA 2025

As inscrições para a turma 2025 do programa começaram na última segunda-feira (24) e vão até o dia 7 de abril. Para pleitear uma vaga, os atletas precisam seguir alguns critérios: ter participado como atleta de, pelo menos, uma edição de Jogos ou uma edição de Campeonatos, na seguinte ordem de prioridade: Jogos Olímpicos; Jogos Pan-americanos; Jogos Sul-americanos; Campeonatos Mundiais; Campeonatos Pan-americanos ou Campeonatos Sul-americanos; todos da categoria adulta; das modalidades que compõem o Programa Olímpico Paris 2024, Milão-Cortina 2026 e Los Angeles 2028.

Além disso, precisam ter parado de atuar como atleta nos anos 2023, 2024 e 2025 e/ou planejar parar de atuar como atleta nos anos 2026 e 2027.

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