De Tóquio a Paris: Guilherme Schimidt vai de apoio a titular do judô do Time Brasil
Atleta chega motivado para atuar pela primeira vez de fato nos Jogos Olímpicos

Guilherme Schimidt chega a Paris para competir pela primeira vez. FOTO: Luiza Moraes/COB
Resiliência. Saber esperar a hora certa. Tudo isso define muito bem o que tem sido o momento da carreira do judoca Guilherme Schimidt, que vai disputar os Jogos Olímpicos Paris 2024 na categoria até 81kg. Atual quarto colocado do ranking mundial, dessa vez ele chega com status de titular do Time Brasil, situação diferente dos Jogos de Tóquio, quando foi como equipe de apoio e não competiu.
“Aquele Guilherme era uma esperança. Hoje sou uma realidade. Fiz um ciclo muito sólido. Consegui grandes resultados, venci grandes atletas. Estou muito confiante e muito tranquilo. Acho que estou pronto para competir. Agora são os últimos detalhes e ajustes. Aclimatação ao fuso. Esse é o meu pensamento”, disse o atleta.
Guilherme Schimidt é o atual quarto colocado no ranking mundial. FOTO: Luiza Moraes/COB
Ouro nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, além da prata no World Masters também em 2023 e bronze no Grand Slam da Turquia neste ano são alguns dos resultados recentes. Guilherme revela que o clima vivido na Olimpíada de Tóquio criou dentro dele a obsessão pela manutenção de um lugar entre os principais judocas do mundo e a realização do sonho da disputa dos Jogos de Paris.
“A determinação foi fundamental nesse período. Quando pisei no tatame em Tóquio eu pensei comigo mesmo: ‘hoje eu vim para apoiar, mas na próxima eu quero ir para competir e estar representando o Brasil’. Aquela vivência em Tóquio foi muito boa para eu sentir a energia e hoje eu estar motivado nesse momento”, completou.
Guilherme Schimidt chegou a Paris na última segunda-feira (22) junto com a segunda metade da delegação do Judô do Brasil. Nesta terça-feira, 23, realizou o primeiro treino ao lado de medalhistas olímpicos que também são titulares da seleção como Daniel Cargnin (bronze em Tóquio 2020), Rafaela Silva (ouro na Rio 2016), Ketleyn Quadros (bronze em Pequim 2008), Mayra Aguiar (bronze em Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020) e Rafael Silva (bronze em Londres 2012 e Rio 2016). Estar ao lado de nomes que já estão na história é um dos principais motivos para estar nos Jogos Olímpicos.
“Estar treinando ao lado dos meus ídolos me motiva muito. Em Tóquio, eu fui apoio de alguns deles que estão aqui hoje. Agora, estar competindo ao deles me motiva a querer chegar justamente onde eles chegaram”, finalizou.