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Em sua terceira edição, Programa de Mentoria do COB para as Confederações finaliza o primeiro grupo de modalidades

Iniciativa foca em mentoria para treinadores e treinadoras e faz parte da implementação do Modelo de Desenvolvimento Esportivo do Comitê

Por Comitê Olímpico do Brasil

6 de set, 2024 às 16:30 | 4 min de leitura

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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) concluiu nessa semana parte da terceira edição do Programa de Mentoria que tem foco no auxilio as Confederações para estruturação de iniciativas formativas para treinadores e treinadoras. O programa, que é uma das estratégias de implementação do Modelo de Desenvolvimento Esportivo do COB (MDE-COB), teve o evento de encerramento realizado no Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro, e contou com representantes das modalidades Atletismo, Esgrima, Levantamento de Pesos, Natação, Tênis, Tiro Esportivo e Triatlo.

Além das apresentações finais realizadas pelas modalidades sobre os programas estruturados na mentoria, o cronograma de atividades também contou a realização de dinâmicas que visavam estimular a discussão sobre temas sensíveis no processo de desenvolvimento de treinadores e treinadoras, como o alinhamento com o Caminho de Desenvolvimento de Atletas (CDA) e estratégias de implementação. Ainda houve a participação da Confederação Brasileira de Escalada Esportiva (CBEscalada), participante da mentoria em 2023, que pôde compartilhar oportunidades, desafios e lições aprendidas durante o processo de implementação das iniciativas elaboradas no ano passado. 

É justamente a implementação um dos pontos de destaque desta terceira edição do Programa. Foi possível constatar uma maior preocupação das modalidades no que diz respeito a esse tópico e à sustentabilidade das iniciativas, visando proporcionar o desenvolvimento contínuo de treinadores e treinadoras das diferentes modalidades. Para tal, um dos diferenciais foi a realização de diagnósticos, permitindo assim um embasamento mais consistente na definição das estratégias de implementação.

"Um dos desafios é justamente colocar em prática o que foi estruturado durante o Programa. Planejar a implementação auxilia as modalidades a pensarem em uma perspectiva de longo prazo, vislumbrando assim ações para o futuro. Esse ano tivemos modalidades que já conseguiram iniciar a implementação das iniciativas estruturadas no Programa como é o caso do Tênis; outras que já estão planejando para o final deste segundo semestre, a exemplo do Tiro Esportivo. Presenciar todo esse movimento das Confederações e poder contribuir tem sido muito satisfatório para todos nós", afirmou Kenji Saito, diretor de Desenvolvimento e Ciências do Esporte do COB. 

 

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Programa de Mentoria para as Confederações no CT do Time Brasil. Foto: Divulgação



Outro ponto de evolução presente nesta edição foi uma maior atenção às treinadoras mulheres. O programa de mentoria foi utilizado também para estimular a reflexão sobre o desenvolvimento de diretrizes que visam o desenvolvimento de treinadoras, uma das premissas do Modelo de Desenvolvimento Esportivo do COB. Um bom exemplo nesse sentido se deu com o Levantamento de Pesos, que utilizou o recurso oriundo do edital do Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino (PDEF) da área da Mulher no Esporte para viabilizar sua participação no Programa de Mentoria e, com isso, estruturar sua iniciativa com foco nas treinadoras da modalidade. 

"A excelente participação feminina nos Jogos de Paris 2024 reforçou ainda mais o nosso comprometimento em estabelecer melhorias no ambiente destinado às mulheres no esporte, sejam elas gestoras, treinadoras ou atletas. O programa de mentoria tem se mostrado uma excelente estratégia para promovermos a reflexão de como podemos aumentar a qualidade do processo de desenvolvimento de mulheres no esporte, diminuindo barreiras para sua inserção e permanência e aumentando assim a representatividade feminina no contexto esportivo", analisou Taciana Pinto, gerente de Desenvolvimento Esportivo do COB. 

"Participar deste programa auxiliou a CBT a desenvolver uma nova visão de como podemos desenvolver ainda mais treinadores e treinadoras que atuam com o tênis feminino. Esse programa tem gerado maior proximidade entre a Confederação e treinadores e treinadoras, auxiliando a identificarmos suas demandas para que possamos promover maior suporte”, endossou Gisele Fernandes, representante da CBT.

Em outubro será a vez das modalidades envolvidas na elaboração de documentos norteadores de desenvolvimento de atletas em longo prazo (Desporto na Neve, Golfe, Ginastica Rítmica e Tiro com Arco) encerrarem suas respectivas participações no Programa de Mentoria. Feito isso, será realizada uma análise sobre os desafios enfrentados e fatores positivos obtidos na experiência deste ano para que se possa ajustar o programa em 2025, quando novas modalidades serão beneficiadas. 

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