“Família Mauá” vence primeiro desafio no basquete feminino dos Jogos Escolares da Juventude
União do colégio de Santa Cruz do Sul (RS), que conta com pai técnico e filha atleta, impressiona
O Colégio Mauá, de Santa Cruz do Sul (RS), derrotou o Colégio São José, de Formosa (GO), por 83 a 48, no fim da tarde desta terça-feira, dia 3, na estreia das duas equipes no torneio feminino de basquete, categoria 15 a 17 anos, da etapa Regional Amarela dos Jogos Escolares da Juventude. A cestinha da partida realizada no ginásio da Unopar, em Cascavel (PR), foi Isadora Soares, com 26 pontos, filha do técnico Reginaldo Soares. Para ele, o destaque da equipe é a união das meninas.
“Todas se conhecem há anos, são meninas tranquilas, muito amigas, nunca brigam. É um grupo que joga junto desde 2013, são todas sócias do mesmo clube (Corinthians), estudam juntas. Somente duas meninas não jogam desde a formação dessa equipe, a Betina, que é de Uruguaiana e mora na cidade há pouco mais de um ano e a Amira”, disse o professor de 58 anos.
Cestinha do jogo, Isadora tem apenas 15 anos e joga como gente grande. Ser treinada pelo pai é uma vantagem, segundo ela. O pai é exigente, tem uma meta de fazer 25 pontos por quarto de jogo, o que raramente acontece.
“Tem que ter meta grande mesmo”, disse Isadora. “Gosto muito de ter o meu pai como técnico. Ele sabe diferenciar bem a função de pai e de professor, me trata igual a todas as outras gurias, ajuda a gente em muita coisa. Nosso time é uma família”, completou a menina.
Fã de Kobe Bryant, Magic Johnson e Michael Jordan, Isadora diz que busca sempre melhorar o seu posicionamento e seus movimentos em quadra. “Pesquiso bastante, estudo o que eles fazem dentro e fora das quadras. São ótimos exemplos. No início eu jogava vôlei e basquete, na verdade eu gostava mais de vôlei, mas começamos a ganhar jogos e campeonatos no basquete e aos poucos fui aperfeiçoando meu jogo. Agora o vôlei se tornou apenas um hobby”, explicou.
Além de Isadora, outras três atletas do Colégio Mauá se destacaram na estreia. Betina Bergallo anotou 18 pontos, Isadora Raphaelli fez 16 e a armadora Mel Bonotto passou em branco, mas sua atuação na distribuição da equipe foi de encher os olhos. “A Mel é uma menina muito inteligente, passa rápido a bola e sempre com precisão. É uma jogadora que vai longe”, elogiou Reginaldo.
Isadora também é só elogios para a companheira e equipe. “Gosto muito de jogar com ela. Tem uma visão de jogo incrível, passa muita confiança, é uma guria muito querida, muito de grupo. Não à toa é a capitã da equipe. Se destaca em tudo o que faz. Ela arremessa muito bem também, mas hoje ela praticamente não arremessou, ficou mesmo na distribuição das jogadas”, elogiou.
Essa mesma equipe defendeu o Rio Grande do Sul na etapa nacional dos Jogos Escolares em 2017, em Curitiba, na categoria 12 a 14 anos, mas não conseguiu classificação no ano passado. Por isso, garantir classificação para Blumenau é quase uma obrigação.
Os Jogos Escolares da Juventude são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), com patrocínio da Coca-Cola, parceria da Ajinomoto e do Grupo Globo, e apoio do Governo Municipal de Cascavel e do Governo Estadual do Paraná.