Filha de Ana Richa perpetua o legado da mãe no vôlei dos Jogos da Juventude
Luísa Richa participou pela primeira vez dos Jogos, em Ribeirão Preto (SP), e conquistou a medalha de prata com o Rio de Janeiro
Luísa segue os passos da mãe desde que tinha oito anos de idade. Sem pressão e cobranças mais enérgicas, como relata Ana, mas sempre com um olhar atento de quem já compartilhou experiências no vôlei de quadra e de praia e defendeu a seleção brasileira por 10 anos. No currículo da ex-levantadora estão o 7º lugar nos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984 e o 6º lugar nos Jogos Olímpicos Seul 1988, ambos na quadra, além do bronze nos Jogos Pan-americanos Santo Domingo 2003 na praia (ao lado de Larissa França).
“O começo da Luísa no vôlei foi bem natural. Ela sempre foi grandona e queria ser atacante, mas fui dizendo a ela para ser levantadora, porque era mais legal e tocava sempre na bola (risos). Ela acabou tomando gosto e hoje acho que ela se sente bem nessa posição. Atualmente a gente conversa bastante sobre vôlei e assiste a jogos da modalidade juntas”, comentou Ana.
“A gente se dá muito bem. Em casa a gente só vê jogo e fala de vôlei, temos uma relação muito próxima para falar sobre a modalidade. Ela sempre me dá uns toques, me guia muito, fala muito sobre estratégia, sobre o jogo. Para mim é importante porque me ajuda a ser uma levantadora melhor”, emendou Luísa.
A troca entre mãe e filha também se reflete na experiência dos Jogos da Juventude. A própria Ana já participou de campeonatos multiesportivos estudantis na década de 80 e agora teve a oportunidade de vivenciar um outro formato ao lado da filha Luísa. Ambas reforçaram sentir um “gostinho de Jogos Olímpicos” pela característica de multimodalidade e participantes de todos os estados. E esse cenário, pelo visto, foi um belo estímulo para a continuação do legado do sobrenome Richa no vôlei brasileiro.
“Os Jogos da Juventude, da forma como são feitos atualmente, são muito bacanas para ela, pois é uma vivência ampla, com várias modalidades, todos os estados. Por essa diversidade, é um gostinho de Olimpíadas. Acho que a postura dela de atleta aqui nos Jogos foi exemplar. Ela está abrindo um caminho bacana e se quiser ser jogadora de vôlei, ótimo. Se quiser ser outra coisa também vou sempre estar perto dela. O orgulho é enorme”, reforçou Ana Richa.
“Essa experiência dos Jogos foi muito legal, vou levar para o resto da minha vida. E no vôlei a minha mãe é uma inspiração. Toda a trajetória dela na seleção é muito importante para que eu me espelhe no que ela foi. Meu sonho é ser jogadora profissional, quero seguir os passos dela e chegar na seleção brasileira”, finalizou Luísa.