Logo
Jogos da Juventude

Filha de Ana Richa perpetua o legado da mãe no vôlei dos Jogos da Juventude

Luísa Richa participou pela primeira vez dos Jogos, em Ribeirão Preto (SP), e conquistou a medalha de prata com o Rio de Janeiro   

Por Comitê Olímpico do Brasil

12 de set, 2023 às 09:00 | 6 min de leitura

Compartilhe via:

Quando a levantadora Luísa Richa entra em quadra com o time de vôlei do Rio Janeiro, uma pessoa em especial observa atenta da arquibancada. Por trás dos óculos, os olhos de Ana, mãe da jovem, percorrem cada movimento da filha, afinal ali está a perpetuação de um legado: Luísa é filha da ex-atleta da seleção brasileira de vôlei que teve duas participações olímpicas (Los Angeles 1984 e Seul 1988). Ana Richa, então levantadora do Brasil, hoje torce e vibra pelas conquistas da pupilo Luísa, que em sua primeira participação nos Jogos da Juventude, em Ribeirão Preto (SP), garantiu a medalha de prata no vôlei da primeira divisão com o time carioca.

 

Luísa segue os passos da mãe desde que tinha oito anos de idade. Sem pressão e cobranças mais enérgicas, como relata Ana, mas sempre com um olhar atento de quem já compartilhou experiências no vôlei de quadra e de praia e defendeu a seleção brasileira por 10 anos. No currículo da ex-levantadora estão o 7º lugar nos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984 e o 6º lugar nos Jogos Olímpicos Seul 1988, ambos na quadra, além do bronze nos Jogos Pan-americanos Santo Domingo 2003 na praia (ao lado de Larissa França).

 

“O começo da Luísa no vôlei foi bem natural. Ela sempre foi grandona e queria ser atacante, mas fui dizendo a ela para ser levantadora, porque era mais legal e tocava sempre na bola (risos). Ela acabou tomando gosto e hoje acho que ela se sente bem nessa posição. Atualmente a gente conversa bastante sobre vôlei e assiste a jogos da modalidade juntas”, comentou Ana.

 

“A gente se dá muito bem. Em casa a gente só vê jogo e fala de vôlei, temos uma relação muito próxima para falar sobre a modalidade. Ela sempre me dá uns toques, me guia muito, fala muito sobre estratégia, sobre o jogo. Para mim é importante porque me ajuda a ser uma levantadora melhor”, emendou Luísa.

 

A troca entre mãe e filha também se reflete na experiência dos Jogos da Juventude. A própria Ana já participou de campeonatos multiesportivos estudantis na década de 80 e agora teve a oportunidade de vivenciar um outro formato ao lado da filha Luísa. Ambas reforçaram sentir um “gostinho de Jogos Olímpicos” pela característica de multimodalidade e participantes de todos os estados. E esse cenário, pelo visto, foi um belo estímulo para a continuação do legado do sobrenome Richa no vôlei brasileiro.

 

“Os Jogos da Juventude, da forma como são feitos atualmente, são muito bacanas para ela, pois é uma vivência ampla, com várias modalidades, todos os estados. Por essa diversidade, é um gostinho de Olimpíadas. Acho que a postura dela de atleta aqui nos Jogos foi exemplar. Ela está abrindo um caminho bacana e se quiser ser jogadora de vôlei, ótimo. Se quiser ser outra coisa também vou sempre estar perto dela. O orgulho é enorme”, reforçou Ana Richa.

 

“Essa experiência dos Jogos foi muito legal, vou levar para o resto da minha vida. E no vôlei a minha mãe é uma inspiração. Toda a trajetória dela na seleção é muito importante para que eu me espelhe no que ela foi. Meu sonho é ser jogadora profissional, quero seguir os passos dela e chegar na seleção brasileira”, finalizou Luísa.


Ana e Luísa Richa. Foto: Alexandre Loureiro/COB

ÚLTIMAS NOTÍCIAS