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Lima 2019

Julio Almeida conquista o bronze em Lima e fica a uma posição da vaga olímpica no tiro esportivo

Esta foi a sétima medalha do atirador em Pans. Outro brasileiro na final, o estreante Phelipe Chateuabriand ficou na sexta colocação.

Por Comitê Olímpico do Brasil

28 de jul, 2019 às 07:00 | 6 min de leitura

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Numa disputa emocionante, decidida nos últimos disparos, o brasileiro Julio Almeida conquistou sua sétima medalha em Jogos Pan-americanos. O bronze na pistola de ar de 10m teve sabor ambíguo para o brasileiro que trouxe medalhas em todos os cinco Pans que disputou na carreira. Apesar do pódio, Julio ficou a apenas uma posição da vaga olímpica para Tóquio, conquistada pelo cubano Jorge Grau, medalha de ouro, e pelo americano Nickolaus Mowrer, prata.

Julio liderava a disputa até o 20º dos 24 tiros, mas nos dois disparos seguintes foi ultrapassado por seus principais concorrentes. No fim, o brasileiro terminou a final com 217.3 pontos contra 237.3 do cubano e 236.7 do americano. “Pela medalha estou muito contente. É muito difícil, só três ganham, mas perder a vaga olímpica no último tiro... Nesse ponto não estou muito contente. Bola pra frente”, disse Julio, emocionado, que também descreveu os momentos decisivo da prova. “Treinei diversas vezes a situação de final, mas não dá pra simular a tensão que é estar ali. A emoção de estar disputando é diferente. Nos últimos tiros a mão já está tremendo. Em uma fração de segundos que eu acelerei o disparo, joguei os dois últimos pra esquerda”.

Uma das maiores referências do país na modalidade, Júlio Almeida tem no currículo cinco medalhas em Jogos Pan-americanos. Nesta mesma categoria, Júlio Almeida, de 49 anos, já tinha sido bronze no Pan de Guadalajara 2011 e prata no Pan do Rio 2007. Em Toronto 2015, ele foi outro na pistola livre 50m, mesma categoria na qual foi bronze em Guadalajara 2011. E ainda foi prata no individual e também por equipe na pistola de fogo central em Mar del Plata 1995.

“Eu vim a cinco Pans e ganhei medalha em todos. Isso é uma alegria. Foi bem bacana, mas infelizmente a vaga olímpica não veio e vamos brigar para o que nos resta”, afirmou Julio, que ainda participará da pistola de armista em Lima, ao lado de Thaís Moura.

O Pan de 2019 pode ser o último da carreira de Júlio, que completa 50 anos no mês que vem. Com “Provavelmente é meu último. Ainda não estou 100% decidido, mas dificilmente vou enfrentar mais um ciclo olímpico. É muito cansativo e vou direcionar minha vida para outras coisas. Posso mudar de ideia mais pra frente, mas hoje minha ideia é depois dos Jogos Olímpicos ou, eu não me classificando, após a Copa do Mundo do ano que vem, diminuir os treinos e ver o que vou fazer daqui pra frente”, projetou o carioca.

Outro brasileiro na final, Phelipe Chateubirand ficou na sexta colocação em sua estreia em Jogos Pan-americanos. “Essa classificação pra final foi muito importante para mim, que sou o novato da equipe. Só tenho dois anos na seleção e foi uma vitória muito grande. Agora é continuar trabalhando para conseguir alcançar o lugar mais alto do pódio”, comentou Phelipe, que destacou ainda a importância de Julio Almeida para a equipe. “Ele é uma referência e aprendo muito. Ele me passa experiência e ensinamentos muito bons”, destacou  

A vaga olímpica ainda é um sonho possível para o Brasil. Serão duas chances, uma na etapa da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, que dará mais duas vagas, e pelo ranking mundial, para apenas um atleta de um país que ainda não esteja classificado. Além de Julio e Phelipe, o medalhista olímpico Felipe Wu, que não se classificou para Lima, são os atletas com mais chances de concorrer a uma vaga.

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