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Liderança Feminina no Esporte é tema de diálogo entre executivas e empreendedoras na COB Expo

Encontro reuniu mulheres que atuam em diversas áreas do mercado esportivo no Brasil

Por Comitê Olímpico do Brasil

25 de set, 2025 às 19:58 | 4min de leitura

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Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Cinco mulheres representando a liderança em diferentes contextos, entre eles na política pública, no COB, no empreendedorismo, iniciativas próprias, mas que ainda assim são uma exceção na gestão de entidades esportivas. O bate-papo refletiu sobre as barreiras ainda existentes para a ascensão de mulheres no esporte, principalmente da presença feminina em espaços de liderança e de que maneira as mulheres fazem parte desse ecossistema com as suas competências e qualificações.  

 

Yane Marques, vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e medalhista olímpica, abriu o encontro relembrando não só a sua eleição como primeira vice-presidente do COB, como a da  Kirsty Coventry, primeira presidente mulher eleita no Comitê Olímpico Internacional (COI). “A gente tem trabalhado muito para essa aproximação do atleta com o dirigente. A partir de um voto de confiança, naturalmente a gente acaba encorajando outras mulheres a aceitarem e se prepararem para os desafios profissionais de uma liderança", disse. "Eu costumo dizer que antes de mim não existia nenhuma mulher nessa posição, mas depois de mim com certeza outras virão", finalizou.

 

O painel também a importância de fortalecer programas, capacitar mulheres e valorizar competições, por exemplo. Para isso, Iziane Marques, atleta olímpica e Secretária Nacional de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte, destacou a proibição das práticas esportivas por mulheres feita pelo Conselho Nacional de Desportos em 1965 e os desafios persistentes enfrentados pelas mulheres no esporte desde então: falta de apoio, menor espaço, diferença salarial e de premiação, transição de carreira e o machismo estrutural.

 

"É por isso que hoje a gente tá aqui falando em equidade de gênero, porque em algum momento na história, esse direito nos é negado. 30 anos depois, a Lei 'Pelé', que depois vem a ser chamada de 'Lei Geral do Esporte', que consolida o entendimento da igualdade de gênero, como diretrizes em políticas públicas, a proteção a atletas gestantes e puérperas, entre outros programas da Secretaria", contribuiu Iziane.

 

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Laís Nunes, atleta de Wrestling. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

 

Laís Nunes, atleta de Wrestling, estava na plateia e foi convidada para trazer sua vivência como mãe da Olívia de seis meses e exemplo prático de quem recebeu apoio para seguir com a maternidade. "A gente sabe que, às vezes, quando a atleta se torna mãe surge aquele pensamento de 'Ah, acabou a carreira da atleta, a mãe não pode mais lutar' e, na prática, eu acho que esse apoio das políticas públicas surge não só para apoiar a maternidade, mas também o possível retorno da atleta", disse.  

 

"Na gestação da Olivia, graças a esse apoio do Ministério do Esporte, e do COB, eu me mantive a gestação inteira treinando e no pós-parto também. E na semana que vem, eu vou voltar a competir! Eu hoje conto com o apoio não só como atleta, como mulher, mas como mãe, sabendo que eu posso ocupar tantos outros espaços", concluiu Laís.

 

Completaram a mesa redonda a ex-CEO da Confederação Brasileira de Rugby, atual membro do Conselho da Confederação também, e hoje CEO da Rede Tênis, Mariana Mené; a empreendedora social, Aline Silva; e empreendedora social e diretora-executiva da 'Mais Impacto', Daiany França.

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