NOTA OFICIAL - COB defende adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio em um ano
Posição da entidade se deve ao agravamento da pandemia do COVID-19 no mundo
O Comitê Olímpico do Brasil defende a transferência dos
Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, em período equivalente ao originalmente
marcado, entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto.
A posição do COB se dá por conta do notório agravamento da pandemia
do COVID-19, que já infectou 250 mil pessoas em todo o mundo, e pela
consequente dificuldade dos atletas de manterem seu melhor nível competitivo
pela necessidade de paralisação dos treinos e competições em escala global.
“Como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho
de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro
que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja
realizado em sua plenitude”, afirma o presidente do COB, Paulo Wanderley, que
comandou a seleção brasileira em Barcelona 1992.
O COB ressalta que a sugestão de adiamento em nada altera a
confiança da entidade no Comitê Olímpico Internacional (COI) de que a melhor solução
para o Olimpismo será tomada.
“O COI já passou por problemas imensos anteriormente, como
nos episódios que culminaram no cancelamento dos Jogos de 1916, 1940 e 1944,
por conta das Guerras Mundiais, e nos boicotes de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. A
entidade soube ultrapassar estes obstáculos, e vemos a Chama Olímpica mais
forte do que nunca. Tenho certeza de que o Thomas Bach, atleta medalha de ouro
em Montreal 1976, está plenamente preparado para nos liderar neste momento de
dificuldade”, completa Paulo Wanderley.
Desde o início da pandemia, o COB tem priorizado a saúde e o bem-estar dos atletas brasileiros e colaboradores do Comitê. Ha uma semana, a entidade cancelou eventos públicos e preparatórios para os Jogos e determinou na terça-feira o fechamento total do CT Time Brasil.