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O amor é o segredo: atletas fazem homenagens às mães e contam a importância delas em suas vidas e carreiras

Perto ou longe, elas são referência para Caio Bonfim e Hugo Calderano por sua força e determinação

Por Comitê Olímpico do Brasil

8 de mai, 2020 às 06:20 | 7 min de leitura

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O momento atípico em que estamos vivendo, em meio à pandemia do coronavírus, põe muito em perspectiva. O Dia das Mães vai ser diferente, mas será um dia em que a força e a determinação delas vai inspirar ainda mais. E é isso que ressaltam atletas de diferentes modalidades quando falam da importância das mães em suas vidas e carreiras.
 
Amor e união são componentes essenciais que levaram Caio Bonfim, da marcha atlética, à medalha de prata em Lima 2019. Ele confessa que tem uma arma secreta para atingir seus objetivos: a mãe, ex-atleta e treinadora Gianetti Sena. Caio ouviu algumas vezes que ter a mãe como treinadora poderia atrapalhar. É porque eles não conhecem Gianetti. “Nunca pedi para ela separar a mãe da treinadora. Pelo contrário, acho importante ter a intensidade de mãe na treinadora. Me disseram que não ia dar certo, mas deu muito certo. Nosso segredo é o amor”, disse o atleta.
 
Bonfim conta que sempre admirou a mãe pela garra e determinação. Quando pequeno, a cena de Gianetti, heptacampeã de marcha atlética no Troféu Brasil, dando voltas em sua própria casa em meio à chuva, para não parar o treino, nunca saiu da cabeça. E a lembrança ajuda nesse momento de quarentena por causa da COVID-19. Ele brinca dizendo que a ligação dos dois é tão forte que foi ele quem a fez mudar de modalidade no atletismo. Isso ainda antes de nascer.
 
“Quando minha mãe engravidou, ela ganhou dez quilos e ficou para trás em relação às outras atletas. No clube onde treinava, apenas uma modalidade não tinha competidor: a marcha atlética. E foi assim que ela começou na marcha. Brincamos que ela começou a marchar por minha causa”, diverte-se. “O esporte me deu a oportunidade de não ser só filho dela, mas também amigo e companheiro de trabalho. Essa experiência me deu várias medalhas que não estão em prateleiras, como a nossa amizade”.
 

Liberdade e trabalho duro

Há 10 anos morando longe da família, o mesatenista Hugo Calderano lembra que puxou a mãe Elisa Borges quando o assunto é empenho. “O jeito dela de perseguir as coisas, ir atrás e conseguir o que quer. Ela sempre trabalha duro. Acho que puxei isso dela”. Mãe, às vezes, é sinônimo de impor limite, mas também dá liberdade. Calderano, que é o sexto colocado no ranking mundial da modalidade, diz que a sensibilidade da mãe ajudou em sua formação. Elisa é apaixonada por esportes e sempre incentivou o filho, porém sem pressioná-lo.
 
“Ela me encorajou e esteve sempre presente. Como comecei muito cedo, a prioridade no início foram os estudos, mas nos primeiros campeonatos fora do país ela sempre me disse para ir. E me deixou livre até para escolher que esporte seguir”, conta Calderano que aos 10 anos de idade chegou a integrar a equipe de vôlei mirim do Fluminense. 
 
Elisa, que atua como manager da carreira do filho há dois anos, vai passar o Dia das Mães com Hugo. Ela foi visitá-lo em Ochsenhausen, na Alemanha, onde ele mora e treina, e, com os voos cancelados por causa da pandemia, aproveitou para ficar mais tempo por lá. Na pequena cidade alemã, a vida vai voltando lentamente e passeios no parque podem ser feitos sem aglomeração. Elisa, feliz de estar com o filho, já sabe o que quer fazer no domingo: um piquenique.

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