Seleção feminina de vôlei chega a Paris motivada e confiante
Delegação brasileira do vôlei feminino foi até a Vila Olímpica para pegar as malas e participar de uma cerimônia de boas-vindas
Chegada da equipe de Vôlei feminino do Time Brasil no aeroporto de Paris - Foto: Alexandre Loureiro/COB
A seleção brasileira feminina de vôlei está em Paris para os Jogos Olímpicos. A delegação desembarcou na França nesta sexta-feira e seguiu para a Vila Olímpica, onde almoçou, pegou a mala e participou da Cerimônia de Boas Vindas em Serre Wangari, uma das instalações da Base do Time Brasil em St. Ouen.
O técnico Zé Roberto Guimarães está indo para a décima edição de Jogos Olímpicos da carreira em Paris 2024. São oito como treinador, sendo duas pela seleção masculina, e agora a sexta com a feminina. Ele ainda participou como comentarista uma vez e como jogador em 1976.
"Isso é um sonho de criança. Sonhar representar o Brasil, vestir a camisa do meu país, competir contra os melhores do mundo. Estar em um ambiente com os melhores. Não tem nada igual aos Jogos Olímpicos. É algo surreal. Uma coisa sublime, única, participar e principalmente representando nosso país. Exceto minha família, não tem nada mais importante para mim do que estar aqui tendo essa oportunidade. Cumprir essa nova missão em busca de uma nova medalha", disse o treinador.
O Brasil está confiante. Bicampeã Olímpica, a seleção vem de uma medalha de prata em Tóquio 2020 e foi quarta colocada na última edição da Liga das Nações. Em Paris 2024, as brasileiras reencontram os adversários das derrotas no torneio mundial. O Grupo B tem Polônia, Japão e Quênia.
"Expectativa muito grande. Dividimos o voo com a equipe do judô, encontramos a Rafaela Silva, já estamos vivendo um pouco dessa experiência. Estamos muito motivadas. A equipe cresceu muito desde de a VNL. Foi um ciclo olímpico importante, passamos por muitas dificuldades e o time se fortaleceu. Não viemos aos Jogos Olímpicos apenas para participar. Nosso objetivo é conquistar a medalha de ouro. Cinco ou seis equipes estão nessa briga direta, mas o time cresceu muito nos últimos meses. Entendemos que precisávamos evoluir e crescemos nos quatro pilares: mental, físico, tático e técnico. Tenho certeza que faremos uma Olimpíada muito boa. Temos de tomar cuidado com os pequenos desafios. Adaptar o mais rápido possível, principalmente ao fuso horário, e blindar a equipe. Voltamos a jogar com público, se blindar das redes sociais, buscar nosso foco, que é a melhor preparação", disse a capitã Gabi Guimarães.
"Foi uma lição muito grande para nós. Depois de uma invencibilidade incrível, acabamos perdendo para o Japão na semifinal e também a disputa de bronze. O time chega com uma raiva, uma motivação muito grande de fazer diferente. Estamos estudando bastante o que fizemos de errado para fazer diferente. Nosso objetivo sempre foi os Jogos Olímpicos. Estamos muito motivadas, vai ser até nítido o tanto que queremos jogar, estar aqui e buscar esse ouro. Cada jogo será uma final. A torcida vai sentir isso", completou.
Zé Roberto vê a equipe no bolo dos concorrentes a medalha e pede foco. As brasileiras estreiam contra as quenianas, no dia 29 de julho (segunda-feira), às 8h (de Brasília).
"O mais importante é focar, dar as prioridades e o comprometimento com o que treinamos. Chegou a hora. As próximas duas semanas vão ser os dias mais importantes do nosso quadriênio e da vida".
A seleção passou os últimos dias treinando em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, e recebeu uma festa de torcedores na saída do Centro de Treinamento para a viagem. Em Paris 2024, a expectativa pelo retorno do público é muito alta.
"Estou muito ansiosa por ter a oportunidade de reviver os jogos com público. Tenho certeza que a torcida vai comparecer em peso e será um diferencial para nós", disse Gabi.
"Estamos no bolo. Existem no feminino sete ou oito equipes que podem lutar por uma medalha. Existe um equilíbrio muito grande nas forças do mundo. O importante é que o Brasil é uma delas. Vimos recentemente a participação na Liga das Nações. Tivemos três vitórias seguidas, depois duas derrotas, inclusive na disputa de terceiro e quarto. Mas hoje o Brasil é o segundo do ranking. Está parelho. Temos noção de onde estamos", analisou Zé Roberto.