Stephanie Balduccini volta de Rosário 2022 com 11 medalhas na bagagem
Brasileira já tinha sido a maior medalhista em Cali 2021, agora repete a dose na Argentina

Stephanie Balduccini chegou a Rosário para os Jogos Sul-americanos da Juventude com uma meta ousada: disputar 13 provas e ganhar medalhas em todas elas. Ao fim de três dias de provas, a paulista de 17 se despediu da competição continental com um total de 11 pódios, oito ouros e, assim como no Pan Jr. de Cali, a maior medalhista da competição. Apesar de admitir uma ponta de decepção pelas duas medalhas que escaparam, a principal nadadora da nova geração do país valorizou cada conquista e tira ensinamentos para o futuro de sua promissora carreira.
"Vim com a expectativa de 13 medalhas, infelizmente não consegui, mas a gente aprende com tudo isso. É muito difícil colocar metas muito altas e conseguir alcança-las mas, ao mesmo tempo, elas só me forçam a tentar dar o meu máximo. Foi uma competição extremamente difícil, mas eu sei que eu dei o meu melhor. Estou muito feliz com o meu resultado e com as minhas medalhas", avaliou Stephanie.
Em Rosário, foram quatro medalhas de ouro em provas individuais (50m livre, 200m livre, 200m medley e 400m livre) e quatro em revezamentos.
“Saio daqui com a certeza de que dei o meu melhor. Quase fiz os melhores tempos da minha vida. Quem se dá melhor nas competições não é quem treinou mais e sim quem aguenta o cansaço e as condições do torneio. Foi uma competição difícil, mas com certeza uma das que saí com o maior aprendizado”, reconheceu.
Antes de embarcar para Rosário, Stephanie esteve no Laboratório Olímpico do COB, no Rio de Janeiro, onde passou por uma bateria de avaliações com o intuito de mapear suas condições e iniciar um trabalho específico com seu treinador. “Eles vão passar tudo para o meu técnico e com certeza vamos usar isso ao nosso favor. Vai ajudar bastante”, afirmou Stephanie.
Stephanie já deixou de ser promessa e hoje é uma realidade. No Troféu Brasil, em abril, ela garantiu índice nos 200m livre para o seu primeiro Campeonato Mundial Adulto, em Budapeste, onde também integrará os revezamentos 4x100m e 4x200m livres. Ela foi a caçula da equipe brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio e alguns meses depois brilhou no Pan Jr. de Cali ao conquistar sete medalhas de ouro.
“Eu sei que ao longo do tempo eu tenho evoluído bastante, mas ainda me considero só uma nadadora. Fico feliz de representar o país, de ter disputado os Jogos Olímpicos, mas às vezes não cai a ficha. Talvez seja melhor nem cair pra poder me manter igual e treinar como qualquer uma. Não me acho superior do que ninguém. Foi muito chocante pegar o índice individual para o mundial. Espero um dia chegar a uma final olímpica e agora no mundial quem sabe pegar uma semifinal e melhorar o meu tempo”, projetou.