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Jogos da Juventude

Troca de conhecimento é um dos pilares dos Jogos da Juventude

Entre as ações estão reuniões com equipes médicas dos estados com dados de lesões das edições anteriores; e os testes no Centro de Avaliação e Monitoramento acompanhados pelas comissões técnicas

Por Comitê Olímpico do Brasil

11 de set, 2023 às 12:30 | 4 min de leitura

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Os Jogos da Juventude não são apenas a porta de entrada dos jovens atletas em um grande evento multiesportivo. Funcionam também como um grande produtor de conhecimento em diversas áreas. Na área médica, por exemplo, os dados produzidos, compilados e analisados pelos especialistas do Comitê Olímpico do Brasil (COB) são repassados para os médicos e fisioterapeutas que compõem as delegações estaduais. Isso serve não apenas para direcionar o trabalho, como para que eles possam trabalhar na prevenção das lesões. Por outro lado, o COB também adquire novos conhecimentos com os profissionais que vivem a realidade de cada uma das Unidades Federativas.

“As principais trocas de informações dos Jogos da Juventude acontecem quando conversamos com os profissionais de outros estados. Todos sabem o que fazer de acordo com cada caso. A diferença vai ser como fazer, de acordo com a realidade de cada um. Aprendemos a nos adequar quando não temos determinados equipamentos e usamos novas técnicas que não dependem de instrumentos. Eles nos ensinam também como são as rotinas em seus estados, e assim entendemos melhor o perfil dos seus atletas”, contou o chefe-médico dos Jogos da Juventude, Doutor Rodrigo Brochetto. A reunião, que também contou com os profissionais do SAMU de Ribeirão Preto, foi realizada antes do início da competição, e contou com a presença de Kenji Saito, diretor dos Jogos da Juventude.



Outra importante troca de saberes é realizada no Centro de Avaliação e Monitoramento (CAM). Os profissionais de educação física que fazem parte do staff das delegações estaduais podem acompanhar e reproduzir os testes em suas localidades e, assim, conhecer mais sobre os seus atletas. Nesse caso, não há uma reunião formal, como no caso da equipe médica, mas as conversas e feedbacks dos avaliadores com as comissões técnicas são constantes. E, claro, os atletas acompanham uns aos outros durante as avaliações e se comparam.

“Para os Jogos trazemos os equipamentos do COB, mas tudo pode ser feito na escola com materiais básicos como trenas, giz, fitas métricas, cronômetros. Pegamos dados básicos de antropometria e fazemos testes de potência, agilidade e velocidade. Todos os nossos testes são validados e utilizados mundialmente”, conta Felipe Lucero, supervisor de Ciência e Tecnologia Esportiva do COB.



Além disso, as Confederações terão acesso, a partir do ano que vem, a esses dados de maneira digital. O objetivo é ter tabelas de referência para os professores em todo o Brasil poderem comparar resultados obtidos nas suas avaliações com os melhores atletas em idade escolar do Brasil.

“Todos os dados estão sendo tratados pela nossa equipe de Tecnologia Esportiva para criar perfis dos melhores atletas do Brasil. Temos uma projeção de que os primeiros estudos já saem no primeiro semestre de 2024. Hoje, já temos uma base de dados consistente que vai proporcionar cortes dos resultados por idades, sexo, modalidade, estado e região”.



A troca de informações, conhecimentos e experiências abre novos caminhos, principalmente porque outras pessoas também podem participar e colaborar, gerando uma ampla rede de produção de conteúdo. Como resumiu Brochetto, é um jogo em que só há ganhadores.

“Essa transferência de conhecimento é fundamental. Todos ganham com essa troca e, com certeza, saem melhores tanto profissionalmente quanto pessoalmente dos Jogos da Juventude”.

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