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Guilherme Paraense

Guilherme Paraense

modalidade

Tiro esportivo

data e local de nascimento

25/06/1884

Belém

BIOGRAFIA

O ano de 2020, além dos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021 devido à pandemia do coronavírus, marcou o centenário da primeira participação do Brasil em Jogos Olímpicos, feito que se deu na edição da Antuérpia, na Bélgica, em 1920. A efeméride seria comemorada com diversas homenagens país afora aos atletas que escreveram a história olímpica do Brasil nesses 100 anos, mas, infelizmente, parte da programação foi cancelada por causa  da COVID-19.

Antes que a pandemia chegasse ao Brasil, contudo, uma solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília, realizada em 19 de fevereiro de 2020, abriu aquele que teria sido um grande calendário de eventos comemorativos em torno do centenário olímpico do Brasil. O evento foi marcado por condecorações a atletas, pela assinatura de decretos e pelo lançamento de um selo comemorativo com imagem de Guilherme Paraense, fato que emocionou sua filha, Oysis Paraense, e sua neta, Valéria Paraense, que estiveram presentes à cerimônia.

“Senti uma emoção enorme. Meu pai, tenho certeza, ficaria muito feliz por saber que sua memória foi preservada”, disse a filha de Guilherme Paraense.

É impossível discorrer sobre a trajetória olímpica do Brasil sem resgatar a memória de Guilherme Paraense, nascido em Belém, em 25 de junho de 1884. Foi por suas mãos e por sua pontaria que o país conquistou sua primeira medalha de ouro na Antuérpia, em 1920, no tiro esportivo. Foi a única premiação dourada do país em sua primeira participação em Jogos Olímpicos.

A dentista aposentada Valéria Paraense, hoje com 65 anos, cresceu ouvindo as histórias do avô. E a cada uma delas, o orgulho por Guilherme Paraense tornava-se maior. A admiração era tamanha que, quando criança, Valéria costumava passear pelo Rio de Janeiro com uma peça decorativa, um broche especial, que chamava a atenção de todos que cruzassem com ela. 

“Eu tinha um broche que era um pequeno revólver. Quando alguém perguntava o que era aquilo, eu dizia que usava porque meu avô tinha conquistado uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos no tiro esportivo. Eu dizia que ele era um campeão olímpico”, recorda Valéria, cuja vida foi impactada pelo avô de várias formas durante os 13 anos que conviveram juntos.

“Ele era muito parceiro e sempre foi bastante presente. Quando fui para a escola pela primeira vez, já tinha sido alfabetizada por ele. Meu avô me ensinou a ler, a andar de patins, de bicicleta... Eu vivia o dia inteiro na casa dele e, nos fins de semana, também ficava lá, com meu avô e minha avó”, conta Valéria.

O desafio do Atlântico

A depender da escala, uma viagem entre o Rio de Janeiro e Bruxelas, a capital da Bélgica, pode ser feita atualmente em menos de 14 horas. De lá, via trem, chega-se à Antuérpia em apenas uma hora.

A era dos jatos comerciais mudou radicalmente o acesso a qualquer ponto do planeta. Para o os que vivem em nosso tempo, trata-se de algo trivial, mas nem sempre foi assim.

Para os 21 atletas que compunham a delegação brasileira que disputou os Jogos da Antuérpia em 1920 nas provas de natação, polo aquático, remo, saltos ornamentais e tiro esportivo, o primeiro desafio não se deu em terras belgas. Pelo contrário. A primeira vitória daquela turma foi chegar à sede daquela edição dos Jogos. Uma verdadeira saga.

Naquela época, desbravar o Oceano Atlântico rumo à Europa podia ser uma provação. A maioria dos navios estava longe do luxo e conforto dos transatlânticos de hoje e o desgaste era enorme, como Guilherme Paraense e seus colegas da equipe de tiro rapidamente descobriram quando deixaram o Rio de Janeiro.

Quem conta essa história é o coronel da reserva Eduardo Ferreira. Carioca e formado em Educação Física, Eduardo é apaixonado pelo tiro esportivo, tendo sido por muitos anos atirador do Fluminense na prova de carabina. Ele é autor do livro “A história do Tiro Esportivo Brasileiro”, lançado em 2017, na sede da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE), no Rio de Janeiro.

Eduardo explica que o resgate desta história centenária só foi possível porque Afrânio da Costa, companheiro de equipe de Guilherme Paraense nos Jogos de 1920 e que retornou da Antuérpia com uma medalha de prata, registrou toda sua experiência em um rico acervo de fotos, relatos e recortes de jornal.

Quando Afrânio da Costa faleceu, em 26 de junho de 1979, aos 87 anos, Eduardo Ferreira acabou responsável por todo aquele material. E foi a partir daí que a saga de Guilherme Paraense, Afrânio da Costa, Dario Barbosa, Fernando Soledade, Sebastião Wolf, Demerval Peixoto e Mário Maurity, integrantes da equipe de tiro do Brasil nos Jogos da Antuérpia, pôde ser conhecida em detalhes.
 Em suas memórias registradas no livro de Eduardo Ferreira, Afrânio da Costa deixa claro que ser atleta no início do século passado era algo muito diferente da realidade vivida pelas estrelas do esporte de hoje. Vencer essa barreira interna era o primeiro desafio de qualquer um que tivesse sonhos de disputar os Jogos Olímpicos naquele tempo. 

“As dificuldades foram, sobretudo, de ordem estrutural, técnica e econômica. Na época, os atletas, de modo geral, contavam com o descrédito e a incompreensão de parte significativa da intelectualidade brasileira, que atacava o desporto pelos jornais e revistas, vendo nele ‘uma ameaça à juventude e à sua formação’, prestando-se mais aos ‘desocupados e vagabundos’”, narra Afrânio.

Felizmente, não era assim que os atletas da delegação brasileira que disputou os Jogos na Antuérpia pensavam. Eles estavam determinados a participar dos Jogos e, para isso, tiveram que enfrentar muitos preconceitos e superar uma viagem que se transformaria em uma verdadeira epopeia.

Navio, trem e um bocado de tensão

Segundo os relatos de Afrânio da Costa, a delegação brasileira, chefiada pelo Dr. Roberto Trompowsky, deixou o país no dia 1º de julho de 1920, quando embarcou no navio Curvelo, pertencente ao Lloyd Brasileiro. 

“Deixava atrás de si as maledicências dos descrentes e dos invejosos, que se referiam às aspirações da equipe da seguinte forma: 'Não vão arranjar nem pro bife'”, ressalta Afrânio da Costa em suas memórias. 

A sucessão dos fatos a partir do embarque da delegação brasileira deixa claro o quanto o Brasil deve, de fato, enaltecer aqueles atletas e, principalmente, o feito de Guilherme Paraense, Afrânio da Costa e também de Sebastião Wolf, Dario Barbosa e Fernando Soledade, que, ao lado dos dois primeiros, faturaram uma medalha de bronze na competição por equipes. Os cinco foram os responsáveis pelas únicas três medalhas que o país conquistou nos Jogos da Antuérpia e abriram caminho para todos os outros medalhistas olímpicos brasileiros que vieram depois.

Todos poderiam ter ficado no conforto de suas casas. Movidos por um espírito olímpico que poucos brasileiros compreendiam àquela altura, eles encararam uma enorme provação naquela viagem, algo simplesmente inimaginável para os atletas atuais quando embarcam para o maior evento esportivo do planeta.

“O Curvelo estava longe de ser um transatlântico de luxo. Tratava-se de um navio de 3ª classe, sem o mínimo conforto, com camarotes mais parecendo cubículos, sem ar, sem mobiliário e sem água. Diante disso, os atletas foram ao comandante Reis Júnior e pediram para dormir no bar, pois era mais amplo e mais arejado do que os camarotes. O comandante logo cedeu, porém, com a condição de que só poderiam utilizá-lo como dormitório depois da saída do último freguês do bar. Após arranjarem uns cobertores, todos fizeram a viagem dormindo no chão”, conta Afrânio.

Não houve alívio algum na chegada em terras portuguesas. Ao aportarem na Ilha da Madeira, Guilherme Paraense, Afrânio da Costa & cia, receberam uma notícia chocante: a data de previsão de chegada à Antuérpia era 5 de agosto. 

Depois de terem cruzado o Atlântico dormindo no chão do bar do navio Curvelo, aquela notícia era tudo o que a delegação brasileira não queria ouvir. Afinal, segundo os relatos de Afrânio da Costa, as últimas notícias que eles haviam recebido no Brasil davam conta de que as provas do tiro esportivo nos Jogos Olímpicos da Antuérpia começariam no dia 22 de julho. 

É de se imaginar que o desespero tenha tomado conta da equipe de tiro do Brasil. Mas aquela turma estava determinada em cumprir sua missão. Assim, eles rapidamente trataram de bolar uma nova estratégia que os permitisse chegar à Antuérpia a tempo de competir nos Jogos Olímpicos.

O plano era simples. Ao chegarem em Lisboa, eles abandonariam a viagem no navio e fariam o resto do caminho de trem. Os que imaginam que pelo menos assim eles teriam um pouco mais de conforto em relação às condições encontradas no Curvelo estão muito enganados.

Na capital portuguesa, os atletas, ajudados pela Embaixada do Brasil, acabaram acomodados de última hora em vagões abertos e terminaram expostos ao vento, ao sol e à chuva durante todo o percurso.

O drama daquela viagem ainda seria marcado por mais um episódio inesperado. Quando finalmente chegaram à Antuérpia, os brasileiros descobriram que as provas de tiro não seriam disputadas na cidade-sede dos Jogos Olímpicos. Elas aconteceriam no Campo de Beverloo, área destinada às manobras do exército belga, distante 18 quilômetros da Antuérpia.

As palavras de Afrânio dão conta do preço que todos esses contratempos cobraram da equipe de tiro quando eles finalmente chegaram ao destino. 

“Foi com esse estado de corpo e espírito que os nossos atiradores, sem dormir e mal alimentados, debilitados ainda mais pelo frio, chegaram à Beverloo, a 26 de julho, ao meio-dia”. 

Apesar de todo o esforço, a equipe do Brasil havia alcançado Berveloo quatro dias depois da data marcada para o início das provas de tiro. Contudo, por um capricho do destino, por sorte ou por providência divina, o início das provas havia sido adiado e todos puderam participar das competições da modalidade nos Jogos Olímpicos da Antuérpia 1920. 

Roubo dos equipamentos

As penosas condições enfrentadas no navio Curvelo e no trem não foram os únicos contratempos superados pelos brasileiros. Quando chegaram à Bélgica, ainda antes de desembarcarem na Antuérpia, a equipe de tiro do Brasil foi furtada. O resultado foi a perda das munições, dos alvos e da maior parte das armas que eles usariam nas provas.

De acordo com as memórias de Afrânio da Costa, restou apenas uma arma para a prova do tiro livre. A salvação veio por uma forma inesperada e reforça que o espírito olímpico de solidariedade entre as nações participantes sempre esteve presente na história dos Jogos.

Um oficial da equipe norte-americana fez amizade com Afrânio e com isso acabou conhecendo o drama da falta de equipamentos dos brasileiros. Seu auxílio foi fundamental para o sucesso que o Brasil teria na competição.

“A inferioridade da única arma livre que possuíamos em relação às aperfeiçoadíssimas dos nossos concorrentes não nos permitia ter esperança. Destaquei Soledade para atirar em primeiro lugar e o seu resultado ruim atestou imediatamente a inferioridade da arma, pois em revólver era um ótimo atirador. Nesta ocasião, o coronel Snyders, do exército americano e capitão da equipe de pistola livre (os americanos apresentaram uma equipe completa para cada arma, com 35 atiradores, além de 5 capitães de equipe, majores ou coronéis), me disse: sr. Costa, esta arma não vale nada, vou arranjar duas para os senhores, feitas especialmente para nós pela fábrica Colt. E voltou pouco depois trazendo duas belíssimas armas. Retificadas as armas por ele próprio, entregou-as desejando melhor resultado”, narra Afrânio.

“Essa foi uma demonstração de solidariedade muito grande e isso foi determinante para o ouro, pois foi com uma delas que o Guilherme Paraense se tornou campeão olímpico. Foi graças a essas duas armas que o Brasil conquistou as três medalhas na Antuérpia”, reforça o escritor Eduardo Pereira.
Esse fato histórico, contudo, é rebatido por Valéria. “Eu já li em vários lugares sobre isso e essa história das armas emprestadas de fato existiu. Mas elas foram emprestadas para o Afrânio. Meu avô competiu com a arma dele”, afirma a neta de Guilherme Paraense.

96 anos de espera

Superados todos os obstáculos, os brasileiros partiram para a disputa nas provas de tiro. E foi nessa fase que a equipe brasileira foi recompensada. 

Na prova de pistola 50m por equipes, com um time formado por Guilherme Paraense, Afrânio da Costa, Sebastião Wolf, Dario Barbosa e Fernando Soledade, o Brasil conquistou a medalha de bronze. Os brasileiros somaram 2.264 pontos e subiram ao pódio juntamente com a equipe da Suécia, medalha de prata, com 2.289 pontos, e o time dos Estados Unidos, que conquistou o ouro ao somar 2.372 pontos.

Afrânio da Costa, na prova dos 50m de pistola livre 60 tiros, ainda conquistou a prata ao marcar 489 pontos e superar o norte-americano Alfred Lane, que fechou a disputa com 481 pontos e ficou com o bronze. A medalha de ouro foi para o também norte-americano Karl Frederick, com 496 pontos.

O Brasil, então, já tinha um bronze e uma prata quando Guilherme Paraense partiu para a disputa da pistola de tiro rápido 25m-60 tiros. Foi uma prova acirrada e apenas cinco pontos separaram o vencedor do terceiro colocado.

Guilherme Paraense garantiu o ouro ao somar 274 pontos. A prata ficou com o norte-americano Raymond Bracken, com 272 pontos. E o bronze foi para o suíço Fritz Zulauf, com 269 pontos.

Ao final da jornada, o Brasil havia garantido um pódio completo, com ouro, prata e bronze, na primeira e histórica participação do país em Jogos Olímpicos.

O feito de Guilherme Paraense, Afrânio da Costa, Sebastião Wolf, Dario Barbosa e Fernando Soledade foi tão impressionante que foram necessários 32 anos até que o Brasil voltasse a ter um campeão olímpico, com Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, em 1952, nos Jogos de Helsinque, na Finlândia.

Mais do que isso, foram precisos 96 anos até que o Brasil retornasse ao pódio olímpico no tiro esportivo, em 2016, no Rio de Janeiro, com a prata de Felipe Wu, na pistola de ar 10m.

Conforto e homenagens

Se a partida dos atletas brasileiros para os Jogos da Antuérpia em 1920 foi marcada por descrença e por duros testes de resistência, o retorno foi muito mais tranquilo e agradável. A notícia de que o país havia conquistado três medalhas não tardou para chegar ao Brasil. Um telegrama enviado da Antuérpia informou o sucesso da equipe de tiro e a notícia foi recebida com enorme entusiasmo. 

Rapidamente, os jornais noticiaram os feitos como uma proeza épica. E o resultado da fama foi uma mudança brusca não apenas no status dos atiradores como nas condições que lhes foram dadas para voltar ao Brasil.

“O retorno da equipe não foi mais no Curvelo, porém num navio decente, cheio de gente importante, com todas as passagens pagas pelo Governo Federal”, registra Afrânio da Costa. “Era um justo reconhecimento pelo memorável feito! Inúmeras autoridades políticas e desportivas e uma multidão curiosa aguardavam ansiosamente o desembarque da delegação no cais do porto do Rio de Janeiro para conhecer e abraçar o campeão e o vice-campeão olímpico”, prossegue Afrânio.

De desacreditados a motivos de orgulho nacional, Guilherme Paraense, Afrânio da Costa, Sebastião Wolf, Dario Barbosa e Fernando Soledade receberam diversas homenagem após o brilhante desempenho na Antuérpia.

O Brasil, agora, tinha uma história olímpica e Guilherme Paraense, como campeão, era o principal embaixador desse legado.

“Ele me contava como tinham sido na Antuérpia em 1920, mas contava como um avô conta para uma criança. O que me lembro bem foi de um dia em que o Adhemar Ferreira da Silva foi lá em casa”, conta Valéria Paraense, referindo-se a outra lenda do esporte nacional, o primeiro bicampeão olímpico do Brasil, que além do ouro no salto triplo nos Jogos Olímpicos de 1952, em Helsinque, brilhou na mesma prova em 1956, em Melbourne. Adhemar faleceu em 12 de janeiro de 2001, em São Paulo.

“Eles tiraram fotos, conversaram e eu até tirei uma foto com o Adhemar e o meu avô. Nem sei onde está essa foto hoje. Mas me lembro que o Adhemar era uma pessoa muito agradável. E era justo. Sempre que falavam das medalhas dele, ele dizia que a gente nunca poderia esquecer a medalha do meu avô, que tinha sido a primeira. Ele era muito gentil”, detalha a neta de Guilherme Paraense.

“Houve também um encontro do meu avô com Maria Esther Bueno”, cita a neta, referindo-se à igualmente lendária tenista brasileira, dona de três títulos de simples em Wimbledon e quatro troféus de simples no US Open, além de 11 títulos de duplas no Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open, que faleceu em 8 de junho de 2018, São Paulo.

“Ele era muito querido e era uma pessoa espirituosa. Brincava com os outros atletas e dizia: ‘Eu abri o caminho à bala para vocês em 1920’”, lembra Valéria. “Eu acredito que meu avô era um patriota acima de tudo”, afirma a neta, que fica triste por ele não ter deixado um registro definitivo de sua carreira e das emoções que viveu nos Jogos Olímpicos.

“Só lamento que o vovô não tenha feito um depoimento como esse. Ele foi convidado pelo Museu da Imagem e do Som para fazer um depoimento sobre toda essa epopeia, mas minha avó pediu que ele não fosse, por conta da saúde. Ele já tinha tido dois infartos, e ela pediu que ele não fizesse isso para não correr o risco de se emocionar. Foi uma pena, porque esse relato do primeiro campeão olímpico do Brasil teria sido histórico e muito importante”.

Guilherme Paraense tinha 83 anos quando um terceiro infarto de fato o levou, em 18 de abril de 1968, no Rio de Janeiro. Ele teve sete filhos, dos quais apenas dois, Oysis Paraense, hoje com 93 anos, e Osiris Paraense, com 90, ainda vivem. Também teve 13 netos.

A medalha de ouro e o revólver usado nos Jogos da Antuérpia 1920, bem como todos os prêmios que ele ganhou na carreira hoje estão bem guardados com sua filha Oysis. “Ela é a guardiã do acervo dele”, diz Valéria.

O broche de revólver da neta, contudo, não existe mais.  “É uma pena. A última lembrança que eu tenho do brochinho é de quando eu tinha 8 anos. Eu não sei em que momento isso se perdeu”.
Guilherme Paraense

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Medalhas em jogos olímpicos

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Guilherme Paraense é homenageado no Hall da Fama do COB 2019

O primeiro ouro brasileiro veio na primeira participação do país em Jogos Olímpicos. E o atirador Guilherme Paraense foi o responsável pela conquista dourada. Ele venceu a prova de pistola rápida 30 metros nos Jogos Olímpicos Antuérpia 1920 e entrou para história olímpica do país. Paraense ainda voltou para casa com uma segunda medalha na mesma edição: o bronze na disputa de pistola por equipes. O atleta faleceu em 1968 e sua filha e neta receberam a homenagem feita pelo COB.
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