Brasil é a terceira maior delegação das Américas em Pequim 2022
Com 11 atletas, fica atrás apenas das potências Estados Unidos e Canadá e supera países em que a neve é comum como Argentina e Chile
Num passado não muito distante, os atletas do Brasil nos esportes de inverno eram vistos com estranheza nas competições mundo afora. Porém, esse cenário está mudando. Graças ao trabalho em conjunto do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e das Confederações Brasileiras de Desportos no Gelo (CBDG) e na Neve (CBDN), o país vem aumentando o nível de desempenho nos Jogos Olímpicos de Inverno. Em Pequim 2022, assim como em PyeonChang 2018, o Brasil tem a terceira maior delegação das Américas, atrás apenas das potências Estados Unidos (224) e Canadá (215).
“Os atletas do Brasil que praticam as modalidades de gelo e neve estão percebendo que é cada vez mais viável ter uma carreira no esporte. Prova disso, é a renovação da delegação, que têm quatro estreantes em Jogos e três com menos de 20 anos. Acredito que a valorização que o COB dá aos esportes de inverno e o trabalho das entidades foi o que nos permitiu chegar à números tão interessantes”, disse Anders Pettersson, chefe da Missão Pequim 2022.
+ Acesse o Guia Time Brasil - Pequim 2022
Os dados mostram que, com 11 atletas, sendo um reserva, o Brasil está à frente de países do continente em que a neve é comum, casos de Argentina (06) e Chile (04). Chama a atenção a Jamaica, que levou novamente a sua famosa equipe de bobsled para os Jogos Olímpicos de Inverno, e tem a quarta maior delegação das Américas, ao lado da Argentina.
O Brasil também tem uma delegação equilibrada em relação ao gênero. Descontando o reserva, são quatro mulheres e seis homens. Bolívia, Haiti e Trinidad & Tobago só possuem homens nos Jogos, enquanto Equador, Ilhas Virgens e Peru, apenas mulheres.
No número de esportes, o Brasil que estará representado em cinco, também fica à frente dos demais países, à exceção, claro de americanos e canadenses. Dos 15 países das Américas com atletas em Pequim 2022, oito irão competir apenas em uma ou duas disciplinas.
“A quantidade de modalidades em que estamos presentes, reforça a diversidade de bons atletas que temos também nos esportes de inverno. Acredito que possamos seguir evoluindo em diferentes sentidos para os próximos Jogos”, destacou Anders.