Medalhistas olímpicos ajudam judoca faixa laranja a garantir bronze de Mato Grosso do Sul nos Jogos da Juventude
Vinícius Pacheco, atleta de menor graduação no combate decisivo da medalha, iniciou no “Arte do Caminho Suave” graças a Tiago Camilo e é inspirado por Leandro Guilheiro
As
disputas do judô nos Jogos da Juventude Ribeirão Preto 2023 chegaram ao fim
nesta sexta-feira (08) com a competição por equipes. Rio de Janeiro venceu São
Paulo na decisão (5x3) para levar o ouro. Os bronzes ficaram com Rio Grande do
Sul, que derrotou o Paraná, e com o Mato Grosso do Sul, que venceu o Ceará. O
grande destaque dos sul-mato-grossenses na conquista da medalha foi o judoca
menor graduado entre os que compunham a delegação. Vinícius Pacheco, faixa laranja
de 15 anos, começou a praticar judô há pouco mais de dois anos e já foi decisivo.
“Acredito que o destaque da equipe nessa campanha nos Jogos da Juventude foi o
Vinícius Pacheco que teve a responsabilidade de definir os dois últimos
combates, contra o Mato Grosso na repescagem que nos garantiu na disputa do
bronze e contra o Ceará, que garantiu nosso lugar no pódio”, analisou Diogo
Rocha, um dos treinadores da equipe, ao lado de Camila Gebara Yamakawa.
“Fico muito feliz de representar o meu estado numa competição tão grande como
essa. É só agradecer a todos que me ajudaram nessa conquista. Ter todo o Mato
Grosso do Sul torcendo para gente é muito legal, é uma motivação diferente.
Aqui na competição ouvi a galera gritando meu nome na arquibancada foi emocionante”,
disse Vinícius, de 15 anos.
Essa foi, até o momento, a medalha mais importante da carreira do jovem, que tem
um bronze no Brasileiro Regional, um 5º lugar no Brasileiro Sub-18 e no
individual dos Jogos da Juventude. Mas a trajetória dele é ligada a importantes
medalhistas do judô brasileiro. A carreira começou graças ao Instituto Tiago
Camilo, do duas vezes medalhista olímpico e campeão mundial, que tem um polo em
Campo Grande e está seguindo inspirada por outro medalhista olímpico.
“Tem alguns judocas do meu estado que me inspiram, mas eu gosto muito do Leandro
Guilheiro e do Leonardo Gonçalves. Tem também a sensei Camila, que é de Dourados,
mas que me ajuda bastante e tem uma relação muito boa comigo”, disse Pacheco,
citando o duas vezes medalhista olímpico; o atleta da seleção da categoria até
100kg, vice-campeão mundial júnior e bronze no Grand Slam de Tel Aviv esse ano;
e a treinadora, que também foi vice-campeã mundial júnior.
A medalha de hoje foi conquistada sob o olhar atento de outra medalhista
olímpica, Rafaela Silva, Embaixadora dos Jogos da Juventude. “Foi bem legal a competição. Tomei um susto de ver a
quantidade de equipes que disputaram hoje, é muito difícil ver uma chave tão
cheia. Deu pra perceber que todo mundo que entrou no tatame hoje deu o seu
melhor até o final. Tanto o menino que decidiu para o Mato Grosso do Sul quanto
o do Rio de Janeiro, nem medalha pegaram no individual. Isso mostra que quem
não conseguiu subir ao pódio, é só treinar mais para conseguir as próximas
medalhas”.
Para Vinícius, a medalha nos Jogos da Juventude é uma motivação a mais para
quem, como toda criança brasileira só via o futebol como possibilidade de
prática esportiva. “Judô é algo que eu gostei muito. Tive a oportunidade de ir
para um clube que me ajuda, o Nipo Brasileiro de Campo Grande e, por isso, só
tenho a agradecer ao meu sensei. Quero seguir competindo, representando meu
clube, meu estado e, quem sabe, o Brasil futuramente”.