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COB é finalista em premiação do COI por ações de incentivo à igualdade de gêneros

Lançado em 2000 pelo COI, o prêmio Mulheres e o Esporte distribui seis troféus a cada ano, um para cada um dos cinco continentes e um mundial

Por Comitê Olímpico do Brasil

4 de set, 2020 às 11:06 | 1 min de leitura

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O compromisso do Comitê Olímpico do Brasil (COB) em desenvolver ações que proporcionem uma maior equidade de gêneros no esporte foi reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional. O COI selecionou a entidade nacional como uma das finalistas do Prêmio Mulheres e o Esporte 2020 (Women and Sport), uma homenagem às organizações e pessoas que realizaram contribuições para o desenvolvimento, incentivo e reforço da participação de mulheres e meninas no esporte através de ações de oportunidade, reconhecimento e empoderamento feminino.

“É motivo de orgulho ter o COB selecionado pelo Comitê Olímpico Internacional como umas das entidades finalistas a este importante prêmio. Temos o compromisso de construir um ambiente melhor no esporte não somente para as mulheres, mas para todos. No que tange à igualdade de gênero, nos últimos anos vimos realizando uma série de ações para criar uma cultura inclusiva no esporte brasileiro”, afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley.

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Lançado em 2000 pelo COI, o prêmio Mulheres e o Esporte destaca modelos e agentes de mudança na busca pela igualdade de gênero. Seis troféus são distribuídos a cada ano, um para cada um dos cinco continentes e um mundial. 

“Igualdade de gênero é um tema fundamental da sociedade atual e o COB, mais uma vez, cumpre seu papel de inspirar e liderar através do exemplo. Queremos mais mulheres atuando no esporte em todas as frentes, como atletas, treinadoras, gestoras ou quaisquer outros papéis que ela desejar”, disse Manoela Penna, diretora de Comunicação e Marketing do COB. 

Dentro das quadras, piscinas e pistas mundo afora, as mulheres brasileiras alcançam a cada ano novos patamares esportivos. A representatividade feminina em Jogos Olímpicos vem desde Maria Lenk, em Los Angeles 1932, até os Jogos Rio 2016, onde de um total de 465 atletas, 45% eram mulheres.

O aumento do número de atletas do sexo feminino que representam o país nos Jogos Olímpicos também traz atenção especial no campo do bem-estar das atletas. Não é por acaso, portanto, que desde 2012 o Brasil se tornou um dos primeiros Comitês Olímpicos Nacionais do mundo a contar com uma ginecologista esportiva em suas delegações.

Participação feminina na gestão esportiva

Além de contribuir para a maior participação feminina dentro do campo de jogo, o COB estimula a presença da mulher também no ambiente corporativo, atuando como líderes na gestão esportiva das entidades. Dentro de sua estrutura, as mulheres são maioria. Entre os funcionários da entidade, quase 53% são mulheres. Além disso, nos cargos de gerência, são oito mulheres e seis homens. A diretoria da entidade conta com duas representantes femininas. A Comissão de Atletas do COB também tem mais integrantes mulheres. Elas são 10 para nove homens, sendo que dois deles encontram-se licenciados.

Com uma qualificação profissional cada vez maior de mulheres nos esportes olímpicos, incentivadas também pelos cursos de capacitação do Instituto Olímpico Brasileiro, o Brasil enviou a primeira missão na história inteiramente feminina a liderar a delegação brasileira nos Jogos Sul-Americanos de Praia em Rosário 2019, com nove mulheres responsáveis por todas as áreas da operação

"Foi uma honra ter sido escolhida pelo COB para liderar a primeira equipe operacional totalmente feminina de sua história. É um marco para a as mulheres que vivem no esporte, do esporte e para o esporte no Brasil. Tivemos a oportunidade de mostrar que, sim, as mulheres são totalmente capazes de serem líderes em suas áreas de atuação. Sejam gestoras, médicas, massoterapeutas, treinadoras ou atletas. Em mais um momento, no mês das mulheres, reafirmamos nosso valor e a igualdade de oportunidades nos Jogos Sul-Americanos de Praia em Rosário 2019”, contou Mariana Mello, gerente de Alto Rendimento do COB.

Combate e Prevenção ao Assédio e Abuso Moral e Sexual 

Outra ação relevante do COB foi o lançamento da "Política de Combate e Prevenção ao Assédio e Abuso Moral e Sexual", em outubro de 2018, que contempla todas as esferas do esporte nacional. A elaboração destas diretrizes contou com a colaboração da ONU Mulheres e faz do Brasil um dos seis primeiros Comitês Olímpicos Nacionais a ter esse tipo de documento publicado. Com um canal de ouvidoria em funcionamento, ele tem ajudado meninas e mulheres a notificar qualquer tipo de abuso sofrido.

A parceria com a ONU Mulheres começou em 2015, quando a organização esteve presente pela primeira vez durante os Jogos Escolares da Juventude no Brasil, impactando na ocasião mais de 8.000 meninos e meninas com o tema equidade de gênero. Desde então, todos os anos a ONU tem desempenhado um papel importante no evento. Esse relacionamento deve ser duradouro: atualmente o COB é signatário do programa “Eles por Elas”.

Também por isso, no dia 12 de agosto, o COB promoveu a Live Especial Mulheres no Esporte. A conversa ao vivo, falou das conquistas, dos desafios e da busca por espaço no universo esportivo. A reunião online contou com Yane Marques, bronze em Londres 2012, bicampeã Pan-americana e Vice-Presidente da Comissão de Atletas do COB (CACOB); Fabiana Murer, campeã mundial e Pan-americana de Atletismo e integrante da CACOB; Iziane Castro, medalhista Pan-americana de Basquete e integrante da CACOB; Manoela Penna, diretora de Comunicação e Marketing do COB; e mediação de Mariana Mello.

Em 2019, o COB foi reconhecido pelo COI com o Troféu Olimpismo em Ação por suas ações de inovação no que diz respeito à sustentabilidade e à cidadania, conciliando a formação esportiva, individual e cidadã dos jovens atletas nos Jogos Escolares da Juventude. Agora, também é um dos finalistas do Prêmio Mulheres e Esporte 2020 (Women and Sport), o que mostra o engajamento da Comitê Olímpico do Brasil em temas fundamentais para a sociedade e da Agenda 2020.

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