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Tóquio 2020

Darlan Romani fica próximo do pódio no arremesso do peso dos Jogos Olímpicos de Tóquio

Brasileiro termina a competição na quarta colocação; revezamentos 4x100m rasos não conseguem chegar à final

Por Comitê Olímpico do Brasil

4 de ago, 2021 às 22:28 | 7 min de leitura

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Com a marca de 21,88m, sua melhor na temporada, o brasileiro Darlan Romani ficou na quarta colocação do arremesso do peso dos Jogos Olímpicos  Tóquio 2020, nesta quinta-feira, 5. Com isso, o brasileiro atingiu seu melhor desempenho na competição, já que no Rio 2016 terminou em quinto lugar. 

O catarinense chegou aos Jogos Olímpicos como o terceiro colocado no ranking mundial.  Na final, brigou pelas medalhas até o último arremesso, mas acabou na quarta colocação. O pódio em Tóquio foi o mesmo do Rio 2016: o ouro ficou com o americano Ryan Crouser, com 22,30m, novo recorde olímpico; a prata, com Joe Kovacs, também dos Estados Unidos, com 22,65m; e o bronze, com o neozelandês Thomas Walsh, com 22,47m.

“Com certeza não era o resultado que eu queria. A gente sonha, corre atrás e isso acontece. Cada um nas suas condições, eu tenho uma condição no Brasil, eles têm outras nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, não sei como são as condições individuais de cada um. As minhas condições para o resultado que eu tenho são boas, no ano passado, em março, eu estava bem, a milhão, ia fazer uma temporada excelente. Mas entrou a pandemia, tive que operar (hérnia de disco), passei pela COVID, não foi fácil pra gente. É difícil falar, cada um é cada um. Eu me dedico ao máximo”.

O último ano foi de muitas dificuldades para Darlan, que vinha tendo um bom no ciclo olímpico até 2019, com treinos fortes e resultados animadores. Mas, a chegada da pandemia interrompeu sua preparação e trouxe sérios problemas para o atleta.

“Está muito aflorado agora. Vou colocar a cabeça no lugar. Em 2020 eu vinha treinando bem, mas aconteceu tudo que aconteceu. Minha recuperação era prevista para seis semanas, eu voltei em quatro. Aí teve a COVID do meu irmão e da minha mãe. Depois eu passei pela COVID. Você para para olhar, o quarto lugar é ruim? Não  é  ruim, mas o sonho é maior. Quero isso para mim e para minha família. Tenho que treinar, colocar os pingos nos is, voltar para o Brasil, ver minha família e treinar”, projetou o recordista sul-americano da prova. 

Em Tóquio, Darlan também não teve a companhia do seu treinador, o cubano Justo Navarro, que não pôde sair do seu país por restrições impostas pela pandemia.

“Ele (treinador) foi pra Cuba, teve problemas dele particulares no Brasil, perda da esposa. A gente filma o treino e manda pra ele. Ele dá as opiniões, mas não tem o que fazer, é uma condição que Cuba está lá, está fechada, ele não conseguiu sair. A gente tentou de tudo, o COB, a Confederação, eu, estou correndo atrás de outra alternativa para levar ele pro Brasil. Todo dia falamos disso”, relatou Darlan.

Na pista

A sessão desta manhã (noite no Brasil) no Estádio Olímpico também teve a participação brasileira nos revezamentos 4x100m rasos feminino e masculino, que não avançaram parra as finais, além de Felipe dos Santos, no decatlo. 

O revezamento feminino, formado por Ana Cláudia Lemos, Bruna Farias, Rosângela Santos e Vitória Rosa ficou na quinta colocação da segunda série, com o tempo de 43s15. Foi a melhor marca da temporada, mas não o suficiente para se classificar para a final.

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“Foi uma prova realmente muito forte, conseguimos fazer as passagens, não pisamos na linha, que era uma preocupação muito grande do time. Demos o nosso melhor, foi o melhor tempo da temporada, talvez fosse melhor se a tivéssemos competido mais antes dos Jogos. Por causa da pandemia, infelizmente não conseguimos competir com o time que estaria junto. Mas saímos satisfeitas. É claro que queríamos estar na final, mas não deu”, avaliou Rosângela Santos, medalha de bronze em Pequim 2008.

No masculino, a equipe do 4x100m, composta por Derick Silva, Felipe Bardi, Paulo André Camilo e Rodrigo Nascimento, também ficou em quinto na série, com 38s34, e não avançou para a final. “Corremos mal. Nosso desempenho não foi o melhor. As passagens do bastão, acredito que tenham sido boas, mas tem coisas para ajustar. Mas saímos de cabeça erguida, a pandemia nos afetou bastante”, afirmou Rodrigo Nascimento, campeão mundial em 2019.

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