Judô do Brasil fecha Grand Slam de Kazan com duas pratas e três bronzes
Competição é penúltimo desafio antes de Tóquio 2020; em junho, Mundial definirá equipe olímpica que representará o país
Nesta sexta-feira, 07, a equipe brasileira fechou sua participação no Grand Slam de Kazan, na Rússia, com cinco medalhas. Ketleyn Quadros (63kg) e Rafael Silva Baby (+100kg) foram vice-campeões em suas categorias, enquanto David Moura (+100kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Beatriz Souza (+78kg) arremataram medalhas de bronze em solo russo na reta final de preparação para Tóquio.
Esse foi o último Grand Slam do ciclo olímpico e a penúltima competição da seleção brasileira de judô antes dos Jogos Olímpicos. Em junho, os principais atletas do Brasil disputarão o Campeonato Mundial, no período de 06 a 13, em Budapeste, na Hungria. Após essa competição a CBJ anunciará a equipe olímpica que representará o judô nacional no Japão, em julho.
Pesados mantêm resultados consistentes
As disputas mais acirradas pelas vagas olímpicas no judô têm como protagonistas os atletas das categorias mais pesadas. Nesta sexta, eles garantiram duas dobradinhas para o Brasil em Kazan. Rafael Silva (+100kg) venceu suas três lutas preliminares e só caiu na final com o russo Tamerlan Bashaev, nas punições.
“Essa foi a terceira final de um ciclo de competições. Estou em busca de melhora a cada passo, a cada competição e o objetivo final são as Olimpíadas. Primeiro me classificar e depois tentar mais uma medalha olímpica”, analisou Rafael Silva, que foi prata no Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia, e ouro no Pan-Americano, em Guadalajara, neste ano.
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Depois de vencer suas duas primeiras lutas e cair na semi também para Bashaev, Moura recuperou-se na disputa pelo bronze e derrubou Anton Krivobokov, da Rússia, para assegurar o bronze.
“Acho que tive um bom desempenho hoje, lutei com atletas bem duros, peguei três russos na chave. Foi um ótimo treino para o Campeonato Mundial, onde meu objetivo será subir no lugar mais alto do pódio e conquistar a vaga olímpica”, disse David Moura, que foi finalista mundial em 2017, onde ficou com a prata na decisão contra Teddy Riner.
No feminino, Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza tiveram resultados idênticos. Suelen venceu Daria Valdimirova (Rússia) e Sônia Asselah (Argélia) nas preliminares, caiu para Maryna Slutskaya (Bielorússia), na semifinal, e venceu Melissa Mojica (Porto Rico) na disputa pelo bronze.
“O empenho do Brasil, em geral, está sendo muito bom, sempre subindo ao pódio. É um passo de cada vez e a próxima competição é o Mundial e tenho certeza que toda a equipe estará bem preparada para esse grande evento”, comentou Maria Suelen após conquistar seu terceiro bronze consecutivo na temporada 2021.
Na mesma categoria, Bia passou por Sandra Jablonskyte (Lituânia) e por Anastasiia Kholodilina (Rússia) até ser imobilizada pela francesa Romane Dicko, que ficou com o ouro. Na luta pelo bronze, a brasileira derrotou Sonia Asselah por ippon.
“Fiquei muito feliz com desempenho. Em todas as lutas eu dei mais que meu 100% e estou muito feliz. Os próximos passos serão os detalhes, ajustar tudo direitinho e treinar ainda mais para o Campeonato Mundial que, logo, logo estará aí”, disse Beatriz, dona de quatro medalhas em 2021 (prata em Tashkent, bronze em Tbilisi, ouro no Pan e bronze em Kazan).
O meio-pesado Leonardo Gonçalves (100kg) também teve um bom dia de competição, vencendo suas duas lutas iniciais, contra Tevita Takayawa (Ilhas Fiji) e Kahyan Takagi (Austrália). Em seguida, Leo caiu para Arman Adamian e Niiaz Bilalov, ambos russos, e terminou em sétimo lugar. Rafael Macedo (90kg) também lutou nesta sexta e ficou na primeira luta diante do sérvio Aleksandar Kukolj.
Após a competição, a seleção permanecerá na Rússia para um treinamento de campo restrito a países convidados, entre eles o Japão.
Fonte: CBJ