Melhor ponteira do último Mundial sub-18, Ana Cris é o símbolo da nova geração do vôlei feminino
Atleta de 15 anos e 1,92m defende o Colégio Campos Salles nos Jogos Escolares da Juventude, em Blumenau (SC)
O rosto tímido ainda denuncia a idade. Apesar de 1,92m de altura, a ponteira Ana Cristina Menezes, tem apenas 15 anos e é uma joia que está sendo acompanhada de perto pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Símbolo da nova geração brasileira do esporte nacional, a atleta do Pinheiros disputa os Jogos Escolares da Juventude Blumenau 2019 pelo Colégio Campos Salles, de São Paulo (SP).
“Disputei dois Campeonatos Mundiais esse ano. O sub-20, no México, quando comecei como titular, mas o treinador optou por colocar as meninas mais velhas em quadra na fase final (o Brasil ficou em sexto lugar); e o sub-18 em setembro, no Egito, quando ficamos com a medalha de bronze. Foram experiências incríveis, disputei jogos com mais velocidade, tudo bem diferente da minha categoria”, disse Ana Cris.
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A parceria com a CBV e outras confederações esportivas brasileiras no desenvolvimento dos atletas das categorias de base é um dos principais objetivos dos Jogos Escolares da Juventude. Gerente Executivo de Desenvolvimento Esportivo do COB, Kenji Saito lembrou que Ana Cris é uma das jovens promessas do esporte nacional e que está sendo observada com carinho pela entidade máxima do esporte nacional.
“Potencializar as capacidades dos jovens atletas das categorias de base é uma das responsabilidades da área de Desenvolvimento Esportivo do COB. Treinamentos de campo, participações em competições internacionais e capacitação de treinadores são algumas das ações que podemos investir em parceria com as Confederações. Tudo depende do plano de desenvolvimento apresentado para a modalidade e suas principais deficiências”, explica Kenji.
Filha da ponteira gaúcha Cecília Menezes, a Ciça, campeã mundial sub-20 na base, com passagem pela seleção adulta e por clubes como Flamengo e Minas, e do ex-jogador de basquete Alex Oliveira Souza, ex-Flamengo e São Caetano, Ana Cris é natural do Rio de Janeiro, mas com poucos meses de idade foi morar em São Caetano, onde a mãe jogava. Foi lá que ela deu seus primeiros passos no esporte.
Ana Cris deve estrear na Superliga feminina nesse ano, mas a quantidade de craques brasileiras atuando na mesma posição que ela promete ser um desafio à parte.
“Tem a Tandara, a Gabi, a Natália. Vou ter que jogar muito ainda e sei que preciso melhorar vários aspectos do meu jogo, mas estou no caminho certo”, reconhece Ana Cris.
Os Jogos Escolares da Juventude são uma realização do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com o apoio da Prefeitura de Blumenau e do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte).