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Rebeca Andrade e Nadia Comaneci se encontram em painel histórico da COB Expo

Ginastas referência do esporte mundial foram as principais atrações desta sexta-feira (27) e partilharam suas histórias de vida e carreira

Por Comitê Olímpico do Brasil

27 de set, 2024 às 21:00 | 4 min de leitura

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Nadia Comaneci e Rebeca Andrade ganharam quadros alusivos ao encontro histórico na COB Expo. Foto: Léo Barrilari/COB

Um encontro de duas gigantes do esporte mundial. Rebeca Andrade, maior atleta olímpica brasileira da história, e a romena Nadia Comaneci, campeã olímpica e lenda da ginástica artística mundial, estiveram juntas para o principal painel desta sexta-feira (27) na COB Expo. Em pauta, troca de vivências, elogios e incentivo da romena para que a brasileira continue fazendo história no esporte.

“É um encontro de gigantes. A Nadia tem uma história muito forte no esporte, assim como eu também tenho. Poder compartilhar esse momento com ela, das nossas histórias, com o público e em um lugar voltado para isso é muito legal para nós duas. A Nadia é um ídolo do esporte mundial e estou muito feliz e honrada em estar aqui com ela”, ressaltou Rebeca.

“Estou feliz de ter essa oportunidade de conversar mais com a Rebeca. Quando soube que era para estar ao lado dela, fiquei ainda mais feliz de vir ao Brasil. Amei ter esse momento. Pedi até para ela me ensinar a dançar como uma diva, do jeito que ela faz (risos)”, brincou Nadia. 

O painel, realizado na plenária principal da COB Expo, foi mediado pelo jornalista Marcelo Courrege, da TV Globo, e explorou memórias das carreiras das duas ginastas. Em um momento dedicado a homenagens, o presidente do COB, Paulo Wanderley, entregou uma medalha comemorativa a Nadia Comaneci. 

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Presidente do COB, Paulo Wanderley entregou medalha a Nadia Comaneci. Foto: Léo Barrilari/COB

 

Os momentos mais marcantes e esperados pelos presentes foram as interações entre Rebeca e Nadia. Numa delas, inclusive, Nadia comentou sobre as habilidades de Rebeca fora do ginásio, inclusive a de cantar. Prontamente, a brasileira escolheu a música “If ain’t got you”, da americana Alicia Keys, cantou lindamente e foi aplaudida pela plateia e por Nadia. Não é de hoje que as duas se elogiam publicamente e a romena acompanhou alguns dos feitos históricos da brasileira presencialmente, como as medalhas nos Mundiais e nos Jogos Olímpicos. 

“Tive contato mais recente com a Rebeca em Paris 2024, quando ela ganhou as medalhas dela. Mas lá atrás já havíamos nos encontrado quando ela competiu, com 10 anos de idade, em Oklahoma City (EUA) numa competição que levava meu nome. Ela já era muito determinada, tiramos fotos naquela época. Ela é incrível. Estou muito feliz pelo que ela conquistou e mais feliz ainda quando ela me disse que iria continuar na ginástica mirando Los Angeles”, comentou Nadia.

“Eu fico até com vergonha de falar com ela, porque é Nadia, né gente!? Mas ela sempre me tratou com muito carinho, me incentivou, sempre falou do meu talento e potencial. Vejo que ela tem uma admiração muito grande por mim. Imagina, a Nadia me admirando!? Isso é incrível, tenho um carinho e uma admiração enorme por ela”, completou Rebeca.

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Rebeca Andrade e Nadia Comaneci em painel da COB Expo. Foto: Léo Barrilari/COB

 

As duas possuem uma legião de fãs no Brasil, não somente pelos feitos, mas também pela representatividade que trazem para a ginástica, análise pontuada no painel. Rebeca, por exemplo, tornou-se a maior atleta olímpica da história do Brasil ao conquistar quatro medalhas nos Jogos Olímpicos Paris 2024 (um ouro, duas pratas e um bronze). Essas conquistas se somaram às duas medalhas de Tóquio 2020 (ouro e prata) e a levaram a seis medalhas olímpicas, um feito inédito no esporte brasileiro. Além disso, ela se tornou um ícone mundial da modalidade ao disputar de forma acirrada - e vencer em duas oportunidades - a maior ginasta de todos os tempos, a americana Simone Biles. 

Já Nadia Comaneci é uma lenda do esporte mundial. Ela encantou o mundo nos Jogos Olímpicos Montreal 1976, quando, aos 14 anos, tornou-se a primeira ginasta a receber a nota 10 em uma edição da competição. Ao todo, foram sete notas perfeitas durante os Jogos, em que ela conquistou três medalhas de ouro (individual geral, barras assimétricas e trave), uma de prata (equipe) e uma de bronze (solo). 

As conquistas e o modo como carregam a bandeira da ginástica artística pelo mundo fazem Rebeca e Nadia cativarem muitos admiradores. E as duas ressaltaram o carinho e a troca que têm com os fãs, fato percebido no painel, completamente lotado.  

“É um momento histórico. Talvez nem tenham sonhado que isso poderia acontecer em algum momento. Sou muito fã da Nadia, assim como outros brasileiros são. Só tenho a agradecer pelo carinho e amor que eles têm pela gente”, pontuou Rebeca.

“Estou muito feliz de estar de volta ao Brasil. Sei que tenho muitos fãs brasileiros. Deixo uma mensagem para os fãs: se você tem paixão e trabalha duro, você vai conseguir chegar lá e se tornar um campeão. Foi isso que Rebeca demonstrou para todos nós e eu sinto que ela ainda vai conquistar mais ainda dentro da ginástica”, finalizou Nadia.

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