Brasil repete Rio 2016, é bicampeão de futebol e chega a 7 medalhas de ouro em Tóquio
Após superar recorde de total de medalhas, Time Brasil iguala número de ouros conquistados na última edição
O futebol masculino garantiu ao Time Brasil a sétima medalha
de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com gols de Matheus Cunha e Malcom, este
último na prorrogação, a seleção derrotou a Espanha por 2 a 1 e conquistou o
bicampeonato olímpico. A decisão foi realizada no estádio de Yokohama, palco de
outra grande conquista da seleção brasileira: o pentacampeonato mundial em
2002.
Com o resultado, o Brasil chegou a sete ouros, quatro pratas
e oito bronzes no quadro de medalhas. Neste domingo, 8, com as finais do vôlei
feminino e de Beatriz Ferreira (60kg) no boxe, o país chegará a 21 pódios,
registrando sua melhor marca na história dos Jogos Olímpicos. Isso sem contar a
disputa da maratona masculina, que terá a participação de Daniel Chaves, Daniel
Nascimento e Paulo Roberto de Paula.
O jogo começou equilibrado e foi da Espanha a primeira
chance real de gol da partida. Em jogada aérea, a zaga brasileira se atrapalhou
e Diego Carlos tirou a bola praticamente na linha do gol. Logo depois, a
seleção teve duas chances: em chute mascado de Matheus Cunha, que parou em Unai
Simón, e em finalização para fora de Richarlison.
Aos 37, o VAR entrou em ação. Após jogada imprudente do
goleiro espanhol em cima de Matheus Cunha, o árbitro marcou pênalti para o
Brasil. Richarlison pegou a bola, mas isolou a cobrança. E quando o primeiro
tempo se encaminhava para o fim, Daniel Alves evitou a saída de bola na linha
de fundo, após cruzamento de Claudinho, e Matheus Cunha, entre os zagueiros, finalizou
para abrir o placar.
No segundo tempo, o Brasil criou outra boa chance com sua
dupla de atacantes. Aos 6 minutos, Matheus Cunha deixou Richarlison de frente
para o gol, mas o chute parou no travessão. Poucos minutos mais tarde, a
Espanha deu o troco e chegou ao empate com Mikel Oyarzabal, em cruzamento vindo
do lado esquerdo da defesa brasileira.
A partir daí, o cenário do jogo mudou completamente. Com
dificuldades na armação de jogadas, o Brasil viu a Espanha mandar duas bolas no
travessão. Primeiro com Soler, em cruzamento que quase encobriu o goleiro
Santos, e depois com o atacante Bryan Gil. Mas o empate persistiu após 90
minutos.
Para evitar os pênaltis, como havia ocorrido nas semifinais contra o México, o Brasil voltou com uma postura diferente e novos jogadores. Entre eles, o atacante Malcom. No início do segundo tempo, após belo lançamento de Antony, o jogador do Zenit São Petersburgo (Rússia) invadiu a área e tirou do goleiro para garantir a medalha de ouro.
As substituições tem que ser na hora certa. treinador tem feeling e sabe até onde o jogador pode dar. e a gente queria soltar o pessoal do banco na hora que eles pudessem fazer a diferença, que foi o que aconteceu.
Na campanha se a gente pensar em jogos oficiais não perdemos nenhum jogo nem no pré-olímpico nem aqui, saímos invictos, coroando com uma vitória sobre uma seleção extremamente competente, uma escola que eu admiro muito, e batendo também a Alemanha, batemos dois europeus. E aqui uma campanha, se não impecável, para a qual se tem que dar muitos méritos. E para coroar fizemos o jogo que tínhamos que fazer, de controlar o espaço, contra-atacar rápido. Com certeza, com mais tempo para treinar, eu acho que o controle também seria nosso, gosto muito de ter o controle, de ter a bola, mas isso requer treino, entrosamento e aí eles acabam colhendo o fato de essa ser a escola deles desde juvenis. Então nos restou jogar muito fechados e explorando os momentos em que pudéssemos ser ofensivo”, disse o técnico André Jardine.