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Com top-10 de Luis Filipe no bobsled e Dudu Strapasson no skeleton, Brasil se despede das modalidades em Gangwon 2024

Os outros brasileiros nas provas desta terça, 23, André Luiz da Silva no bobsled e Caue Miota no skeleton, ficaram na 17ª e 19ª colocações, respectivamente

Por Comitê Olímpico do Brasil

23 de jan, 2024 às 06:30 | 3 min de leitura

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O Brasil se despediu nesta terça-feira, 23, das competições de bobsled e skeleton nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno com mais dois atletas entre os 10 melhores do mundo na categoria de idade. O primeiro a conseguir a façanha foi Luis Filipe Seixas na prova do monobob (versão do bobsled com apenas o piloto no trenó), que completou as duas descidas em 1:51.72s. O segundo foi Eduardo Strapasson, no skeleton, que com 1:49.94s acabou na décima colocação. O jovem, que traz o skeleton no sangue, pratica a modalidade a apenas três meses e acredito que o resultado é prova do potencial.

“Essa conquista me mostra cada vez que eu posso competir de igual para igual mesmo não tendo tanto treino quanto os ‘outros’ (como os alemães, letões e todos desses países que têm pista onde os atletas podem treinar próximos de onde vivem) que têm mais de 100 decidas. Eu acabei de completar 50. Estou muito feliz em pensar que estou no top-10 e acredito que posso melhorar e chegar em um top-5 e no pódio um dia”, disse Eduardo que é filho de Emílio Strapasson e sobrinho de Eduardo Henke, pioneiros da modalidade no Brasil.

Luis Filipe Seixas corre para fazer a melhor descida da vida - Foto: Marina Ziehe/COB

A primeira descida de Luis Filipe, em que marcou o tempo de 55.58, foi o melhor tempo que conseguiu na vida, mostrando que cresceu no momento decisivo.

"Estou muito orgulhoso de mim mesmo, mesmo que não tenha conseguido pegar um pódio. Chegar num momento como esse nos Jogos Olímpicos e fazer meu melhor tempo me deixou muito satisfeito. Ainda não caiu a ficha que esse é um momento histórico para mim. Comecei a falar desde que acordei que hoje era dia de fazer história. Deus atendeu minhas preces. E, por isso, estou muito feliz de estar podendo pegar um top-10, como eu sempre quis, sempre sonhei”, contou Luis Filipe.

Essa foi a terceira edição em que o Brasil foi representado no monobob em Jogos Olímpicos da Juventude. Em Lillehammer 2016, Marley Linhares, no masculino, terminou na 8ª colocação com um tempo total de 1:55.86s. Já Jessica Victoria, no feminino, alcançou a 9ª colocação com um tempo total de 1:59.06s. Em Lausanne 2020, Gustavo dos Santos Ferreira conseguiu a 13ª colocação, com um tempo total de 2:28.95s.

Além de Luis Filipe, André Luiz da Silva também disputou a prova e terminou em 17º, com um tempo total de 1:53.36s. Ambos superaram os tempos do Brasil em outras edições dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, o que mostra a evolução dos pilotos. Luis agradeceu todo o apoio recebido, mesmo do outro lado do mundo, para chegar ao resultado.

“Queria compartilhar minha alegria com vocês. Agradeço muito pela torcida de cada um, cada oração, por cada vibração positiva que foi enviada pra mim. Dedico esse resultado primeiramente a Deus por me dar forças para poder continuar fazendo o que eu faço, tanto no bobsled, quanto no atletismo, aos meus pais, meus avós e o pessoal da minha igreja lá em Marília, meus treinadores e a todos que me ajudaram nessa caminha até aqui”, completou.

Eduardo Strapasson desce no Alpensia Sliding Centre - Foto: International Olympic Committee/Thomas Lovelock

No skeleton, Caue Miota teve um tempo total de 1:54.31s e ficou com a 19º colocação. E, assim como no bobsled, os dois atletas superaram os tempos dos atletas nas duas edições anteriores de Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude em que o Brasil teve representantes na modalidade.

Em Lillehammer 2016, Robert Neves terminou na 19ª colocação com um tempo total de 1:55.26s; e Laura Amaro, em 20º, com 1:56:66s. Já em Lausanne 2020, Larissa Cândido foi a 19ª com 2:33.31s e Lucas Carvalho, o 20º com 2:46.51s. Para Eduardo, voltar a competir no Alpensia Sliding Centre foi um desafio pessoal, já que ele havia sofrido um acidente na pista em uma etapa classificatória pouco antes de Gangwon 2024.

“Dedico esse resultado aos meus pais. Eles estavam assustados porque eu teria que voltar para essa pista mas, mesmo assim, seguiram me apoiando. Foi muito bom contar com o incentivo deles a sempre querer mais. Vou continuar crescendo e bora para Milão-Cortina 2026”, completou.

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