Melhor atleta escolar de 2019, Maria Luiza Elói vê atuação nos Jogos Escolares transformar a carreira
Jogadora de vôlei troca o colégio em Jaraguá do Sul (SC) por oportunidade no Sesi Bauru (SP)
Os Jogos Escolares da Juventude Blumenau 2019 ficarão marcados para sempre na memória da catarinense Maria Luíza Bechtel Elói, 17. Além do título conquistado pelo Colégio Evangélico Jaraguá (CEJ), de Santa Catarina, e da conquista do Prêmio Brasil Olímpico como melhor atleta escolar de 2019, a oposta de 1,87m viu sua vida se transformar após a disputa da maior competição estudantil do país.
Malu, que já vinha sendo monitorada por treinadores e observadores de alguns dos principais clubes do país, recebeu uma proposta oficial do Sesi Bauru e se juntou à equipe no último mês de fevereiro.
“O primeiro contato foi na Taça Paraná, que aconteceu no fim de outubro. Eles seguiram me acompanhando e, com o bom desempenho nos Jogos Escolares, eles disseram que gostariam que eu fosse para lá”, afirmou a atleta, que está atuando pela equipe sub-19.
“Foi uma longa negociação porque envolve muita coisa, como alimentação e moradia. Também não tenho família aqui. A estrutura é muito boa e não tenho pensamento para outra coisa, que não seja o vôlei”, completou Malu.
O Sesi Bauru não enviou nenhum representante a Blumenau, mas acompanhou as partidas ao vivo pelo Facebook, nas transmissões oferecidas pelo COB. E foi pela telinha que o treinador José Izar confirmou o talento e a liderança de Malu em quadra.
A oposta já havia participado dos Jogos Escolares em Natal 2018, mas na ocasião o CEJ sequer passou da fase de grupos, ao perder para a mesma rival da decisão em Blumenau, a Escola Estadual Deputado Domingos de Figueiredo, de Varginha (MG), então bicampeã do evento.
“A equipe de Minas Gerais não tinha perdido nenhum set na competição inteira, estava jogando redondinho, enquanto nós fizemos jogos equilibrados e disputamos muitos tie-breaks. Sabíamos que não seria fácil, mas entramos confiantes e ganhamos”, relembrou Malu, que não sabia da existência do Prêmio Brasil Olímpico para atletas escolares.
“Estava em casa, quando a minha treinadora mandou mensagem e disse que tinham feito contato com ela. Foi uma felicidade total, conseguir me destacar em uma competição tão grande, com tantos atletas envolvidos. Fora que fui a primeira atleta do vôlei a receber esse prêmio”.
Além de Malu, outros três jovens receberam o Prêmio Brasil Olímpico de melhores atletas escolares: o mato-grossensse Guilherme Porto (wrestling), também na categoria 15 a 17 anos; a pernambucana Pamela Nievilly (atletismo) e o piauiense Klerton Zaidan (badminton), ambos na categoria 12 a 14.