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Treinando em Juiz de Fora, Beatriz Ferreira segue confiante: “ainda falta a medalha olímpica”

Boxeadora montou uma mini academia na casa em que mora com o pai treinador

Por Comitê Olímpico do Brasil

23 de abr, 2020 às 15:43 | 5 min de leitura

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O início da carreira, as conquistas no boxe e o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021 ditaram o tom da conversa entre a pugilista Beatriz Ferreira e o master coach do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Antonio Carlos Moreno, em live realizada na última quarta-feira, 22, no Instagram do Time Brasil. Sempre com um sorriso no rosto, Bia mostrou que a confiança segue em alta em meio à pandemia: “Estabeleço metas e corro atrás delas. Tenho fome de medalha e espero ter essa garra, essa vontade, por toda a minha carreira. Ainda falta a medalha olímpica”.

Campeã mundial de boxe em 2019, na Rússia, a peso leve (até 60 kg) contou que vinha em um ritmo pesado de preparação quando o avanço do novo coronavírus adiou os Jogos Olímpicos. Treinando em casa, em Juiz de Fora (MG), a pugilista tenta manter o foco e o pensamento positivo. 

“O adiamento nos deu mais tempo para treinar. Temos que manter o foco e pensar que daqui a pouco chega. Claro que não estou treinando como gostaria, com a minha equipe, mas estou tentando fazer da melhor forma. Tenho a sorte de ter um pai treinador, e não está moleza. Montamos uma mini academia aqui em casa. Temos que ficar positivos porque Tóquio está logo ali”.

A paixão pelo boxe é genética. Beatriz é filha de Raimundo Ferreira, conhecido como Sergipe, bicampeão brasileiro e tricampeão baiano da modalidade. Aos quatro anos, ela já ensaiava uns golpes nas aulas que o pai dava a meninos do bairro onde nasceu, na garagem de sua antiga casa, em Salvador. “Eu acordava, ouvia o barulho deles treinando e ia correndo para a academia”.

Durante a live, Moreno lembrou que Bia foi ao pódio em 24 das 25 competições que disputou até hoje. “Não acho que você está contribuindo apenas com o boxe brasileiro, você está dando exemplo. Está deixando uma marca incrível e com essa cara de menininha ainda, né? Ainda tem muito chão pela frente. E muita gente diz que você é um fenômeno”.

Chamada de “pitbull” pelos amigos mais próximos, Bia agradeceu os elogios de Moreno, mas frisou que o apoio aos atletas é fundamental para uma carreira de sucesso. “Ninguém é campeão sozinho. Por trás do atleta, há o trabalho de muita gente. Sou muito grata à minha família, à equipe multidisciplinar que me atende, aos técnicos e ao COB. Agradeço por me apoiarem e confiarem em mim. Juntos vamos longe”


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