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Thalia Costa brilha, fica entre as melhores do mundo e ajuda rugby brasileiro a ter destaque no circuito mundial

Maranhense se tornou a primeira brasileira na história a superar a marca de 100 tries na competição

Por Comitê Olímpico do Brasil

27 de mai, 2025 às 10:56 | 2min de leitura

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A equipe brasileira de Rugby Sevens teve um grande destaque no Circuito Mundial na última temporada ao se manter no top-10 das seleções nacionais. E o maior nome da boa campanha foi Thalia Costa, escolhida para a seleção das sete melhores jogadoras do circuito na temporada 2024/2025. O desempenho da brasileira ajudou o Brasil a ficar entre as melhores equipes do mundo. Aos 27 anos, a maranhense está fazendo história no rugby sevens brasileiro.

 

Principal nome das Yaras, Thalia ressalta que a conquista sempre foi um sonho. “Essa é uma grande conquista. Sempre me imaginei nesse lugar, mas nunca achei que concretizaria esse sonho algum dia”, afirma. Nesta temporada, Thalia Costa também se tornou a primeira brasileira na história a superar a marca de 100 tries no Circuito Mundial, a grande competição anual da modalidade. 

 

Natural de São Luís do Maranhão, antes de conhecer o rugby, a artilheira fazia atletismo e se destacava nas provas de velocidade (100m e 200m). Foi só em 2017 que ela teve contato com o esporte que se destaca hoje. Thalia conta que um amigo insistiu muito para que ela fosse com ele a um treino de um clube de rugby do Maranhão. E o encantamento veio de primeira. “Logo no primeiro treino já me apaixonei e comecei a jogar”, relembra. 

 

Junto da sua irmã gêmea, Thalita Costa, a artilheira se mudou para São Paulo em 2019 e considera essa uma virada de chave na sua trajetória. “Foi um momento muito importante, em que passei a me dedicar totalmente ao rugby. Foi um processo árduo e longo, que exigiu muita dedicação, porque pude crescer na modalidade, melhorando o meu condicionamento físico, a minha visão e as minhas habilidades técnicas e táticas”, afirma. 

 

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Foto: Rugby Brasil

 

A artilheira foi nomeada como uma das sete melhores da temporada 2024-25 ao lado das neozelandesas Michaela Brake, Jorja Miller e Risi Pouri-Lane, das australianas Maddison Levi e Isabella Nasser e da japonesa Marin Kajiki. Ao fim do ciclo, a atleta somou 119 tries na carreira no SVNS, sendo a 14ª maior artilheira da história do Circuito Mundial. 

 

Conhecida por sua agilidade e velocidade, Thalia vê grandes avanços da sua performance durante os últimos anos. “Hoje consigo me ver como uma jogadora rápida, que evoluiu muito no tackle, com visão de jogo e capacidade de fazer um bom papel com ou sem a bola. Disputar o Circuito Mundial contribuiu muito para a minha evolução e de todo o time”, afirma.

 

A temporada do Circuito Mundial de Rugby Sevens chegou ao fim em abril, com a seleção da Nova Zelândia como campeã. As Yaras foram a Los Angeles (EUA) disputar a Repescagem Mundial, com o objetivo de se manter entre as 10 melhores equipes do mundo. No dia 4 de maio, a missão foi concluída com êxito ao saírem vitoriosas contra a Colômbia, Quênia e Espanha.

 

Assim, a equipe brasileira assegurou a nona colocação das 12 posições da primeira divisão. Em função de uma mudança no Circuito Mundial de rugby para o próximo ciclo, a primeira divisão passou a ter apenas oito equipes. As quatro seguintes passam a disputar a segunda divisão, que terá seis equipes. Em nono, o Brasil garantiu a vaga no “SVNS 2” de 2025-26. 

 

Thalia se tornou um dos principais símbolos do crescimento do rugby feminino no Brasil. Pela seleção brasileira, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023 e participou das duas últimas edições dos Jogos Olímpicos, de Tóquio 2020 e Paris 2024. 

 

A equipe brasileira segue entre as melhores seleções do mundo e mostra constante evolução. “Tenho muito orgulho de ver a evolução de todo o time ao longo da temporada, que foi de conquistas inéditas e crescimento coletivo”, opina. 

 

Quando não está treinando ou em competições, a atleta se dedica aos estudos e também aproveita para acompanhar outro esporte que tem seu carinho: o vôlei. “Eu gosto muito de assistir filmes e jogos de vôlei. Mas quando não estou treinando ou jogando, tenho aulas na faculdade. Estou concluindo a graduação em fisioterapia”

 

Para o futuro, Thalia quer explorar novos ares, buscando uma evolução ainda maior como atleta. Ela segue para a sua primeira temporada em um clube estrangeiro. Estou indo para o Japão jogar no Mie Pearls. Essa minha primeira experiência em um clube estrangeiro só foi possível graças à nossa treinadora Crystal Kaua”, conta. 

 

“Quero aproveitar a oportunidade para seguir crescendo como atleta, aprender a viver em uma cultura diferente da nossa e ajudar a equipe a obter grandes resultados na liga nacional”, conclui.

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