Com mais três ouros nos Jogos Escolares, Giulia Takahashi celebra ano de conquistas e transformações na carreira
Em 2019, mesatenista passou dois meses treinando na Europa e fez série de avaliações no Laboratório Olímpico
A rotina de conquistas segue a
mesma. Assim como já acontecera em Natal 2018, Giulia Takahashi, 14, ganhou
três medalhas de ouro em Blumenau 2019. Mas no intervalo de um ano entre as competições,
a mesatenista paulista viu sua carreira se transformar. Graças à excelente
campanha na edição passada dos Jogos Escolares da Juventude, a irmã de Bruna
Takahashi ganhou o Prêmio Brasil Olímpico e, num segundo momento, viu novas
portas se abrirem dentro da modalidade.
“Fiquei surpresa, já que nunca
tinha recebido um prêmio tão importante na vida. Nem sabia que existia esse
prêmio para os atletas dos Jogos Escolares. Foi muito bom estar lá, conhecer outros
atletas. Tirei fotos com o Arthur Zanetti e a Rafaela Silva, passei a conhecer
a história da Jackie Silva”, relembra Giulia, que ainda não sabe o que é
derrota após duas edições de Jogos Escolares.
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“Depois teve a viagem para a
Europa, onde fiquei treinando em dois períodos, o que não faço no Brasil por
causa da escola. Foi uma experiência muito boa e também a primeira vez que
fiquei dois meses longe de casa”, complementa a mesatenista, que passou por
Alemanha, Sérvia, Croácia, Eslovênia, Suécia e Polônia, numa ação realizada
pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), em parceria
com a área de Desenvolvimento Esportivo do
COB.
No Mundial Cadete da Polônia,
que reuniu os melhores atletas do mundo da categoria, Giulia conquistou a
terceira medalha no torneio: bronze na dupla feminina. Um resultado que comprovou
o sucesso da estratégia de levar a jovem para a Europa.
“O nível lá é bem mais forte,
já estou conseguindo fazer coisas que antes não fazia. Sinto que estou
evoluindo, trocando mais bolas, o que as meninas na Europa fazem bastante. Além
disso, melhorei também a minha velocidade de perna. Os meus técnicos dizem que
esse é o meu ponto positivo, mas quero ser ainda mais rápida”.
Em 2019, Giulia também esteve
no Laboratório Olímpico, no Parque Aquático Maria Lenk, realizando uma série de
exames e avaliações. Entre uma bateria de testes e outra, a mesatenista teve
seu primeiro contato com Alessandra Dutra, responsável pela área de preparação
mental do Time Brasil.
“Deu para entender bastante o
que passa na minha cabeça. Ela colocou que eu absorvo bem os recados dos
treinadores, mas que ainda preciso melhorar nos momentos de pressão. Concordo
com ela, mas acho que estou mudando isso, procurando entrar mais relaxada nos
jogos”.
Com tantas mudanças em apenas uma temporada, Giulia espera que toda essa dedicação ao esporte siga lhe rendendo frutos: “batalhei bastante para chegar aqui e vou continuar assim. Fico feliz de ver que todo esse esforço está valendo a pena”.
Os Jogos Escolares da Juventude são uma realização do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com o apoio da Prefeitura de Blumenau e do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte).
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