Com 64 ouros, Brasil supera última edição e termina Rosário 2022 na liderança do quadro de medalhas

A nova geração do esporte brasileiro mostrou sua força dentro do continente. Assim como no Pan Júnior de Cali, em novembro de 2021, o Brasil terminou os Jogos Sul-americanos Rosário 2022 no topo do quadro de medalhas. Com 64 ouros, o país superou a participação na última edição do evento, em Santiago 2017, quando subiu ao degrau mais alto do pódio 61 vezes. O Brasil liderou a competição durante os 12 dias de disputa e finalizou a campanha com um total de 147 medalhas (foram ainda 40 pratas e 43 bronzes). Das 26 modalidades com representantes nacionais em Rosário, 24 subiram ao pódio. Para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), todos os objetivos foram cumpridos na competição. Agora, muitos destes jovens atletas entram no radar da entidade e serão monitorados e apoiados em seu desenvolvimento esportivo. 

“Nós tivemos uma missão de muito sucesso. Conquistamos em Rosário mais medalhas de ouro do que na última edição dos Jogos Sul-americanos da Juventude, o que comprova a melhora qualitativa em nosso desempenho. Isso só demonstra que o trabalho em parceria com as confederações está surtindo efeito. Queremos intensificar essas ações para que as próximas gerações venham cada vez mais fortes”, analisou o chefe da Missão Brasileiro em Rosário e diretor de Desenvolvimento Esportivo do COB, Kenji Saito. 

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O Brasil chegou aos Jogos com o objetivo de manter a hegemonia no continente sul-americano. A incógnita se dava em virtude dos efeitos da pandemia, já que muitas competições das categorias de base foram canceladas, assim como diversos treinamentos acabaram prejudicados. “Diante desse cenário, havia uma dúvida sobre como seria o nosso desempenho esportivo. Mas, sem dúvida, foi um sucesso. Os atletas se dedicaram bastante e representaram muito bem o nosso país liderando o quadro de medalhas do início ao fim da competição. Nós conquistamos praticamente o dobro de medalhas de ouro comparado ao segundo colocado, o que demonstra que o Brasil segue forte e preparado para continuar com grandes resultados esportivos”, destacou Kenji. A Colômbia terminou os Jogos na segunda colocação com 35 ouros e um total de 93 medalhas. Já a Argentina teve 131 medalhas, mas 31 douradas.

Os Jogos Sul-americanos da Juventude proporcionaram ainda uma experiência marcante para um grupo de atletas brasileiros. Quase 50% da delegação nacional viajou internacionalmente pela primeira vez.  

“O evento foi muito bem organizado e ofereceu uma experiência fantástica para esses jovens atletas. Grande parte deles nunca tinha participado de uma viagem internacional e um número ainda maior nunca esteve em uma missão organizada pelo COB. Então, participar de um evento multiesportivo dessa grandeza foi uma experiência fabulosa. É um processo de construção importante para que esses jovens continuem em um caminho de desenvolvimento esportivo e pessoal”, analisou Kenji. 

O COB buscou oferecer as melhores condições de estrutura para os atletas. Uma das principais ações em termos de logística foi o fretamento dos voos de ida e volta, já que não há trajetos diretos entre cidades brasileiras e Rosário. Na base do COB na Argentina, a delegação teve suporte da área médica, com fisioterapia e massoterapia, além de um psicólogo à disposição para apoio na preparação mental dos jovens atletas. 

“Os atletas que estão aqui certamente continuarão suas trajetórias esportivas, e o COB vai estar sempre dando suporte para que eles se desenvolvam de forma cada vez mais adequada. Isso é fruto de um trabalho que fazemos dentro da área de Desenvolvimento Esportivo e percebemos um excelente resultado aqui em Rosário”, explicou Kenji, apontando que 20 atletas que estiveram em Rosário participaram do Pan Júnior. de Cali e já estão sendo apoiados pelo COB por meio de ações de preparação esportiva e ciências do esporte.  

Na preparação para Rosário, também foram realizados dois encontros com os atletas para compartilhar uma série de informações sobre a operação do COB e todos os serviços oferecidos pela entidade aos atletas em Rosário, além de temas relevantes para a preparação e desenvolvimento dos atletas: o #PartiuRosário, realizado virtualmente, e o evento de concentração, no Centro de Treinamento do COB, no Rio de Janeiro, que contou ainda com uma rica troca de experiências com as campeãs olímpicas Ana Marcela Cunha e Rebeca Andrade. 

Em Rosário, o Brasil foi representado por 230 atletas de até 18 anos em 26 modalidades: atletismo, badminton, basquete 3x3, boxe, ciclismo, escalada esportiva, esgrima, futsal, ginástica artística, handebol de praia, hóquei sobre grama, judô, karatê, levantamento de pesos, natação, patinação artística, patinação velocidade, rugby, skate street, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo, vôlei de praia e wrestling. 

A terceira edição dos Jogos Sul-americanos da Juventude reuniu 2.500 atletas, de 15 países, e teve um conceito inovador. Todas as competições foram realizadas em um mesmo local, o Parque da Independência, com grande envolvimento da população local. 

No último dia de provas, o Brasil conquistou 16 medalhas:

Ouro (8)

Amanda da Silva – 400m com barreiras – atletismo

Vinícius de Brito – 400m com barreiras – atletismo

Vanessa Sena dos Santos – 200m - atletismo

Revezamento 4x400m misto – atletismo

Juliana Vieira – simples - badminton

João Mendonça e Klerton Silva – duplas - badminton

Ricardo Cândido (-75kg) – boxe

Equipe – Futsal masculino

Prata (6)

Júlia Ribeiro – 200m - atletismo

Maria Nascimento e Juliana Vieira – duplas - badminton

Equipe – hóquei sobre grama masculino

Equipe – handebol de praia masculino

Equipe – handebol de praia feminino

Felipe Dias (-81kg) – levantamento de pesos

Bronze (3)

Adrian Oliveira – arremesso do peso - atletismo

Luis Felipe Barbosa – lançamento do martelo – atletismo

Hebert Soares (-63kg) – boxe

Rian Melo (-52kg) - boxe

Ana Júlia Alves – criterium - ciclismo

Érico Patto – sabre - esgrima