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Aos 23 anos, Tota Magalhães supera os 158km do ciclismo estrada e já mira em Los Angeles 2028

Brasileira terminou o percurso com um tempo de 4h10min47s

Por Comitê Olímpico do Brasil

4 de ago, 2024 às 15:00 | 5 minutos de leitura

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 Ciclismo Estrada - Ana Vitoria Magalhães- Foto: Miriam Jeske/COB

Ciclismo Estrada - Ana Vitoria Magalhães- Foto: Miriam Jeske/COB

Após ficar de fora da prova feminina de ciclismo estrada dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, o Brasil competiu e conseguiu completar a dura prova de resistência em Paris 2024. A carioca Ana Vitória Magalhães, a Tota, de apenas 23 anos, mostrou força e resistência para superar os 158km de prova e chegar na 74ª colocação entre as 93 atletas de 57 países que participaram da disputa. Jovem e confiante, com apenas dois anos no ciclismo profissional, Tota não gostou da estreia olímpica, mas afirmou que aprendeu o bastante para trabalhar por uma medalha em Los Angeles 2028.

Após 3h59min23s de prova, a medalha de ouro foi conquistada pela americana Kristen Faulkner, seguida da holandesa Mariana Vos, com a prata, e da belga Lotte Kopeki, com o bronze. As duas chegaram praticamente juntas com 4h00min21s.

“Ter novamente uma representante na prova feminina de estrada é um passo à frente para o ciclismo do Brasil. Espero que eu sirva de inspiração para novas gerações. Mesmo jovem, se o atleta se forcar e colocar seus objetivos de forma clara, é possível chegar longe”, disse a carioca, chateada com a prova. “Eu fiz uma ótima preparação e não vim para ter essa performance, mas o esporte é assim. Temos altos e baixos e é nessas situações que a gente se fortalece. Em Los Angeles eu vou para a medalha”, afirmou a atleta, que terminou o percurso com um tempo de 4h10min47s.

Com largada e chegada na praça Trocadero, a disputa foi muito exigente, percorrendo 153km com 1.700 metros de ascensão. Como é tradição, o pelotão percorreu as atrações turísticas e toda a beleza da cidade-sede, com passagens por pontos turísticos como a avenida Champs-Elysées, Palácio de Versailles, Museu do Louvre, Torre Eiffel, Opera House, Palácio da Bastilha, Monmartre, Basílica Sacré Coeur e tantos outros monumentos famosos.

“Durante a prova o foco é no pelotão, mas a torcida aqui na França é impressionante, gigantesca, com todo mundo gritando pela cidade. Dá pra curtir um pouco, mas ao mesmo tempo você está sofrendo e com muito esforço no pedal”, afirmou a jovem atleta.

Tota nasceu cercada de ciclistas na família. Quando adolescente, até tentou jogar futebol, mas a paixão familiar falou mais alto e a carioca passou a treinar o ciclismo com seriedade.

Com o desenvolvimento, passou a integrar as missões do Comitê Olímpico do Brasil. Alcançou a quarta colocação nos Jogos Pan-americanos Juniores Cali 2021. Em 2023, alcançou a mesma colocação dos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, já entre adultas, e o quinto lugar do Pan-Americano da modalidade, além de ter sido campeã nacional.

Evoluindo a cada ano na Europa, onde compete pelo time italiano BePink, Tota veio para Paris para testar seus limites e ganhar experiência para Los Angeles 2028, quando estará no auge dos seus 27 anos. “Se com apenas dois anos no profissional eu cheguei aos Jogos Olímpicos, imagine como posso evoluir com mais quatro. Eu sou uma pessoa que sonha grande. Então eu vou trabalhar e sei que vou conseguir meu objetivo em Los Angeles”, disse a atleta.
Na prova masculina de ciclismo estrada, realizada no sábado (3), o brasileiro Vinicius Rangel terminou na 71ª com tempo de 06:39:31.

A prova feminina de resistência do ciclismo estreou nos Jogos Olímpicos apenas na edição de Los Angeles 1984. Em Paris 2024, pela primeira vez, as provas de ciclismo tiveram o mesmo número de homens e mulheres.

Ao todo cinco mulheres representaram o Brasil em Jogos Olímpicos nesta prova. O sétimo lugar na Rio 2016 de Flávia de Oliveira é a melhor colocação do país.

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