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COB apresenta detalhes do programa de Educação e Prevenção ao Doping da entidade

Evento reuniu jornalistas, formadores de opinião, convidados e parceiros institucionais na sede da entidade nesta quinta-feira, 05

Por Comitê Olímpico do Brasil

5 de set, 2019 às 12:39 | 6 min de leitura

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“A proteção ao atleta é o que nos move”. A frase que encerrou a apresentação de Christian Trajano, gerente de Educação e Prevenção ao Doping do Comitê Olímpico do Brasil (COB), é o mote de todo o programa da área, descrito na manhã desta quinta-feira, 05, no auditório do COB, durante o sétimo briefing para imprensa e formadores de opinião. O objetivo do programa é desenvolver um trabalho de conscientização e democratização da informação para a proteção dos atletas, expandido o acesso à educação antidoping desde as fases mais iniciais do desenvolvimento do atleta olímpico. Além de jornalistas, colaboradores do COB e convidados de instituições parceiras no sistema antidopagem brasileiro também participaram da ação. O diretor-geral do COB, o campeão olímpico Rogério Sampaio, fez a abertura do evento.

“O tema da educação e prevenção ao doping é muito importante. Esse evento hoje reforça o compromisso do COB, signatário do Código Mundial Antidoping, com o jogo limpo. O COB entende a importância de cada vez mais levar informações, de realizar um trabalho de educação e prevenção ao doping de mais alto nível. Pensando nisso, o COB resolveu criar uma área específica há cerca de um ano e que já vem desenvolvendo um trabalho de campo com atletas, técnicos e todos as pessoas envolvidas no entorno do atleta”, disse Rogério Sampaio.

Durante a apresentação, Trajano detalhou as ações que já foram realizadas, impactando mais de 1500 pessoas diretamente, através de atividades presenciais, palestras, atendimentos individuais, e mostrou como o trabalho será intensificado nos próximos meses com o lançamento de novas ferramentas, como o aplicativo e uma área especial dentro do portal do COB. Há também uma parceria com a ABCD para a tradução de um conteúdo para um curso online.

“O nosso papel é atuar na prevenção. A mudança de conceitos e comportamentos é uma questão de repetição do conhecimento e é isso que estamos fazendo. Além de ações em treinamentos e conversas com integrantes das Confederações, também estivemos presentes nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018, Jogos Sul-americanos de Praia Rosário 2019 e Jogos Pan-americanos Lima 2019. Acreditamos que qualquer hora é a hora certa de se informar mais”, explicou o gerente de educação e prevenção ao doping do COB.

“O trabalho de educação é continuado, repetimos de várias formas diferentes, utilizando meios e linguagens distintas as mesmas informações, personalizadas para cada público, modalidade e fase da evolução do atleta. Até Tóquio e durante os Jogos Olímpicos estaremos focados na distribuição da informação, bem como prestando todo o auxílio necessário a nossos atletas para que não se envolvam com o doping, ainda que inadvertidamente”, completou Christian.


Depois da apresentação, foi composta uma mesa para atender às perguntas dos presentes e as enviadas através da internet durante a transmissão (o conteúdo completo pode ser visto em https://youtu.be/hxauJaerQ8M). Além de Trajano, compuseram o debate: Jorge Bichara, diretor de esportes do Comitê Olímpico do Brasil; Henrique Pereira, diretor do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem; José Kawazoe Lazzoli, presidente da Confederação Pan-americana de Medicina do Esporte; Wander Rabelo, assessor Institucional da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (ANFARMAG); e Isabel Swan, medalhista olímpica da vela (bronze em Pequim 2008) e membro da Comissão de Atletas do COB e da PanAm Sports.

“É muito importante o atleta estar bem informado. Eu, por exemplo, tive um caso de um ginecologista que ia me receitar um remédio, que eu consultei na lista e vi que era proibido. Nos certificamos e aí não houve a prescrição. É responsabilidade do atleta, o corpo é maior bem dele, e, por isso, temos que nos cuidar. Tem que verificar a procedência dos suplementos, conhecer o profissional que nos atende. É preciso que todos que estão no entorno do atleta estejam com essa consciência de educação quanto ao doping. E para o atleta estar consciente do que pode ou não é preciso estar informado”, disse Isabel Swan, representante dos atletas.

“O maior desafio do COB é entregar a informação adequada no momento correto da evolução do atleta. Falar com um jovem talento sobre doping é bem diferente da abordagem a um atleta olímpico. Mas em todos os níveis do desenvolvimento do atleta temos algo a oferecer.

A comunicação e a educação devem ser contínuas e permanentes, mas ainda existe bastante espaço para avanços no fluxo de informações”, disse Jorge Bichara.

Os briefings para imprensa e formadores de opinião começaram em janeiro tendo como tema o Instituto Olímpico Brasileiro, que completa 10 anos em 2019. Em fevereiro, apresentamos o planejamento das missões do COB em 2019. No mês de março, promovemos um rico debate sobre as mulheres no esporte, com a presença de Aída dos Santos e Fabi Alvim. 

Em maio, falamos sobre as ações do COB para preservação da história esportiva do Brasil e promoção dos valores olímpicos. Os avanços do Programa Gestão, Ética e Transparência (GET), desenvolvido para aprimorar os processos administrativos das confederações, foram o tema de junho. O briefing de julho foi sobre a edição de 2019 dos Jogos Escolares da Juventude, maior competição estudantil, que começou esta semana.

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