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Lausanne 2020

Brasil encerra sua participação no biatlo e no curling por equipes nos Jogos de Lausanne 2020

Taynara da Silva encara agora o cross-country, enquanto os meninos do curling disputam as duplas mistas

Por Comitê Olímpico do Brasil

14 de jan, 2020 às 14:41 | 6 min de leitura

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O Time Brasil encerrou nesta terça-feira, 14, sua participação nos dois esportes que disputou na primeira semana dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Lausanne 2020. No biatlo, Taynara da Silva disputou a prova de 6km e terminou na 94ª colocação entre 97 atletas. A atleta, no entanto, ainda tem duas provas de esqui cross-country na segunda semana. Já a equipe de curling disputou seu último jogo na fase de grupos e acabou derrotada pela líder Suíça: 10 a 2. Essa foi a primeira vez que uma equipe do Brasil pontuou em todas as partidas de uma competição internacional.

“Sabíamos que seria um jogo muito duro, mas os meninos souberam aproveitar os momentos. Foi o nosso melhor jogo na competição”, afirmou o técnico Márcio Cerquinho.

A primeira brasileira a competir foi Taynara da Silva. A roraimense foi muito apoiada pelas crianças das escolas do Valle de Joux, que lotaram a Arena de Les Tuffes. A curiosidade é que os pequenos e jovens estudantes são franceses, já que essa prova é disputa numa montanha localizada no território da França. Taynara largou pontualmente às 13h40, no horário local (9h40, horário de Brasília), período em que o vento atrapalhou o desempenho dos biatletas, principalmente nas duas paradas para atirar.

“Eu me senti muito bem esquiando. Fui bem melhor do que na prova de 10km, até porque gosto mais do sprint. Dei o meu melhor e agora vou descansar nos próximos dias já pensando na disputa do esqui cross-country. Não deixem de torcer por mim”, disse a jovem de 17 anos.

No curling, o Brasil encerrou a sua participação enfrentando a poderosa equipe da Suíça, líder invicta do grupo mais forte de Lausanne 2020. O começo do jogo foi bastante equilibrado, como mostram os placares dos ends: 1 a 0 para os suíços no primeiro, 2 a 0 no segundo e vitória brasileira no terceiro. Mas no quarto, num momento de desconcentração, a Suíça conseguiu marcar 5 a 0. O sexto end apontou dois a zero para os suíços, mas o jogo terminou da melhor maneira para os brasileiros, com uma vitória por um a zero no sétimo end, arrancando aplausos dos torcedores brasileiros e suíços na arquibancada na Arena de Champery. O placar final foi 10 a 2.

“Estou muito feliz com o jogo que fizemos contra a Suíça. Perdemos por oito pontos de diferença, mas nos sentimos muito bem na pista, alegres e felizes como são os brasileiros. Aprendemos muitas coisas convivendo e jogando contra outros países. Alguns pontos que sei que tenho que trabalhar são, por exemplo, a comunicação com os outros atletas do time e como varrer melhor. Foi uma honra representar o Brasil aqui em Lausanne”, disse Gabriela Farias, filha de pai croata e mãe brasileira e que nasceu no Canadá. Lá, na cidade de Vancouver, conheceu o projeto do Brasil e resolveu defender as cores do país na competição, ao lado de outro brasileiro nascido no Canadá, Michael Velve.

“Eu comecei a praticar o curling há mais ou menos um ano. Minha mãe me falou sobre o projeto da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, da possibilidade de estar numa edição de Jogos Olímpicos e eu adorei a ideia. A primeira vez que entrei no gelo, eu amei. Era um esporte muito legal e no qual eu poderia representar o meu país, o Brasil. E estou muito feliz por estar aqui realizando esse sonho”, disse Gabriela.

A equipe brasileira é formada ainda pelo sergipano Vitor Melo e pela carioca Letícia Cid, que se mudaram ainda crianças para o país da América do Norte. O amadurecimento dos quatro atletas é parte do projeto da Confederação Brasileira de Desportos no gelo para a modalidade.

“A ideia é que a gente consiga recrutar mais atletas, especialmente a partir da inauguração do nosso CT em São Paulo e que possamos formar equipes para disputas o Mundiais Masculino e Feminino de Juniores. É um trabalho de fortalecimento da base da modalidade, que é uma das paixões dos brasileiros”, disse o técnico Márcio Cerquinho, que também é o responsável pelo projeto.

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