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Jogos Escolares

Comitê Olímpico do Brasil realizará Jogos da Juventude 2021 em Aracaju (SE)

No novo formato da competição, modalidades coletivas passam a ser representadas por seleções estaduais

Por Comitê Olímpico do Brasil

18 de nov, 2020 às 16:03 | 2 min de leitura

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“Desenvolvendo campeões”. Com esse slogan, a mais tradicional competição estudantil de base do país terá novo formato em 2021. Após 15 anos de sucesso na organização dos Jogos Escolares da Juventude, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizará, a partir do ano que vem, os Jogos da Juventude, com avanços no modelo do evento. Voltada para atletas até 17 anos (sub-18), a competição será realizada em Aracaju (SE), em novembro de 2021, reunindo aproximadamente 4.000 jovens de todo o país.  

 “Os Jogos da Juventude seguem como um dos principais projetos do COB para o desenvolvimento do esporte de base no país. Realizamos um grande estudo para chegar ao novo formato, que contribuirá ainda mais para a detecção de talentos para o esporte brasileiro. Agora vamos nos concentrar nessa faixa etária até 17 anos, que é a porta de entrada para o alto rendimento. Organizaremos um grande evento com a qualidade e excelência de sempre”, afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB. 

O anúncio da sede do novo evento foi realizado nesta quarta-feira, dia 18, no Palácio Governador Augusto Franco, em Aracaju, com a presença do Governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), e do presidente do COB, Paulo Wanderley, que estava acompanhado do gerente executivo de Desenvolvimento Esportivo do COB, Kenji Saito. Também participaram da cerimônia, a Superintendente Especial de Esporte do Sergipe, Mariana Dantas, o Secretário de Estado do Turismo de Sergipe, José Sales Neto, e o Secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, Josué Modesto dos Passos Subrinho. 

“O estado de Sergipe vai se dedicar ao máximo para que essa parceria firmada hoje seja um sucesso absoluto. Vamos abraçar os Jogos da Juventude com toda a força e dedicação, afinal o evento tem um potencial muito grande para despertar nos jovens a vontade de praticar esportes e a integração de todo o país”, disse o governador Belivaldo Chagas. “O principal legado de uma competição desse porte é a formação de uma juventude saudável a partir dos valores do esporte”, completou o Governador.  

Uma das principais mudanças no formato da competição a partir de 2021 é o protagonismo dos estados para definirem suas seleções nas modalidades coletivas. Isto é, a seleção estadual poderá ser composta por atletas representantes de várias instituições de ensino públicas e/ou privadas. Até o ano passado, as equipes eram formadas por alunos de uma única escola. Para disputar os Jogos da Juventude, o aluno tem que estar vinculado a uma instituição de ensino. 

“A partir dessas mudanças, o COB concentrará ainda mais a atenção na categoria Sub-18, potencializando a descoberta e encaminhamento dos talentos identificados no evento. Desta forma, o COB alinha os Jogos da Juventude com todo o sistema olímpico, dando ênfase na transição do atleta jovem para o alto rendimento, sem perder a perspectiva de contribuir para a formação integral dos jovens brasileiros, utilizando o esporte como plataforma de inclusão e desenvolvimento social. Portanto, o COB segue empenhado no desenvolvimento de um projeto de grande valor para sua missão de representar com excelência o esporte brasileiro de alto rendimento”, afirmou Kenji Saito.   

Os Jogos da Juventude ampliarão ainda mais as ações de fortalecimento de pilares como cidadania e sustentabilidade, conciliando a formação esportiva, individual e cidadã dos jovens atletas com o incentivo às práticas sustentáveis. O Centro de Convivência, ponto de encontro dos participantes do evento, está mantido com ainda mais atividades socioeducativas e culturais.  

 Em 2021, serão ampliadas ações já consolidadas, como os programas de embaixadores e de observadores técnicos. Também continuarão sendo oferecidos cursos de capacitação para treinadores, o Guia de Pais e Educadores apoiando o Jogo Limpo, além do Centro de Avaliação e Monitoramento, criado em 2019 para identificar o perfil físico e motor dos jovens atletas participantes dos Jogos, em um projeto piloto para a construção longitudinal do perfil do atleta olímpico.  

 Em parceria com as Confederações Brasileiras Olímpicas, o COB está construindo o “caminho do atleta” de destaque nos Jogos, com oportunidades em diferentes ações, com o objetivo concreto de continuidade no seu processo de desenvolvimento. “Nossa intenção é tornar as competições tecnicamente mais fortes. As confederações terão um papel ainda mais importante no processo de observação e seleção dos melhores atletas, direcionando-os para ações e processos de seleção específicos em cada modalidade”, observou Saito, explicando que o regulamento do evento será publicado até o final do ano. “Ainda temos algumas definições importantes que vamos divulgar mais à frente, quando o regulamento estiver fechado”, disse Kenji. 

 Para o secretário nacional de Esportes de Alto Rendimento, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Bruno Souza, a participação em seleções estaduais é um passo importante na formação de um atleta de alto rendimento. “A minha escola nunca foi campeã dos Jogos Escolares. Então, se eu não tivesse sido chamado para a seleção estadual, eu nunca teria disputado a competição. É um golaço passar para o modelo de seleções nas modalidades coletivas. Os Jogos da Juventude são o primeiro degrau para o alto rendimento”, disse Bruno, ex-atleta da seleção brasileira de handebol. “Há um alinhamento estratégico entre a Secretaria Especial do Esporte e o COB para realizar um grande trabalho em conjunto”, completou Bruno Souza. 

Grandes nomes do esporte brasileiro passaram pelos antigos Jogos Escolares da Juventude, como a campeã olímpica Sarah Menezes e a campeã mundial Mayra Aguiar, ambas do judô, Hugo Calderano (tênis de mesa), Raulzinho (basquete), Ana Claudia Lemos (atletismo), Etiene Medeiros e Leonardo de Deus (natação), que integraram o Time Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. 

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