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Tóquio 2020

Bruninho e Ketleyn Quadros representam o Brasil em Cerimônia de Abertura marcada por mensagem de esperança

Time Brasil organiza desfile simbólico de atletas na Vila Olímpica horas antes do evento no Estádio Olímpico de Tóquio

Por Comitê Olímpico do Brasil

23 de jul, 2021 às 07:33 | 3 min de leitura

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Foi uma festa repleta de cuidados e mistério, adaptada à realidade da pandemia. Mas nada que tirasse o brilho da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, realizada na noite desta sexta-feira, no Japão (manhã no Brasil). A milhares de quilômetros do Estádio Olímpico, os brasileiros puderam fazer uma viagem à cultura japonesa, com sua arte e sua história singulares, e foram representados por dois ídolos do esporte nacional: os porta-bandeiras Bruno Rezende, campeão olímpico de vôlei, e Ketleyn Quadros, bronze no judô e primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica em esportes individuais. Além de Marco La Porta, Chefe de Missão, e Joyce Ardies, oficial da Missão, representando os colaboradores do COB. 

“O Japão organizou uma Cerimônia de Abertura belíssima e transmitiu uma mensagem de esperança ao mundo. Estamos vivendo uma situação difícil ainda, e os Jogos são uma grande oportunidade de unirmos ainda mais os povos, num movimento de cooperação e amizade. Só assim conseguiremos voltar à normalidade”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley. 

“É claro que gostaríamos de desfilar com o maior número de atletas possível e para um estádio lotado, mas o momento pede cautela. Precisamos proteger a saúde da nossa delegação e minimizar os riscos de contaminação pelo vírus. Só assim poderemos ter um grande desempenho nos Jogos”, completou Marco La Porta. 

Dentro do estádio, um palco principal foi montado fazendo referência a dois símbolos japoneses: o sol, que figura na bandeira do país, e o Monte Fuji. Um cenário que se transformava a cada etapa da Cerimônia. Em paralelo, o espetáculo buscava reafirmar o valor do esporte e dos Jogos Olímpicos, capazes de unir o mundo e trazer esperança para um futuro melhor. Apesar da falta de público no estádio, a mensagem era uma só: mesmo separados fisicamente, podemos estar conectados e celebrar as nossas diferenças. 

Como já é tradição nos Jogos, a parada das delegações teve início com a Grécia, enquanto o Japão, país-sede, encerrou o desfile. O Brasil foi o 151° país a entrar no Estádio Olímpico de Tóquio e, pela primeira vez na história, teve uma dupla de porta-bandeiras. Ao som de músicas de videogames, Bruninho e Ketleyn entraram vestidos com um uniforme da grife carioca Wöllner, inspirado nos peixes amazônicos, que exaltam a flora e a fauna brasileiras, combinadas a traços da tradicional pintura japonesa. Nos pés, outra marca registrada do Brasil: as sandálias Havaianas. 

“Estou super feliz. Curti cada momento, cada detalhe dessa experiência. O coração bateu mais forte, esse momento parecia que não ia chegar nunca. Desfilamos com muita alegria, transbordando energia positiva e com o coração na mão”, celebrou Ketleyn, bronze em Pequim 2008.  


Já na Vila Olímpica, horas antes da abertura, a delegação brasileira não deixou por menos e organizou sua própria parada de atletas. Eles vestiram os uniformes e desfilaram pelas ruas próximas ao prédio do Time Brasil. 

“Foi um desfile simbólico com a galera que não pode estar conosco. Dá para sentir um pouco da emoção do desfile”, explicou Bruninho, que ainda descreveu a sensação de carregar a bandeira brasileira: “Foi um dia muito especial, a emoção mais incrível que eu poderia viver dentro da minha carreira. É um grande privilégio poder representar todos os atletas e o Brasil inteiro. E que comecem os Jogos, porque é o que a gente mais sonhou nestes cinco anos”, completou. 

Como não poderia ser diferente, o acendimento da pira olímpica deu o tom final no Estádio Olímpico. Honra que coube à tenista japonesa Naomi Osaka. No palco principal, a esfera que simbolizava o sol se abriu, transformando-se em uma flor. Nos próximos 17 dias, duas piras olímpicas ficarão acesas. Uma no palco da abertura dos Jogos e outra em um dos pontos mais tradicionais de Tóquio: a ponte Yumi no Ohashi, zona portuária da cidade.  

Com 302 atletas, o Time Brasil terá sua maior delegação esportiva da história em edições realizadas no exterior. Antes mesmo da abertura oficial dos Jogos, três modalidades já estrearam no evento. Enquanto o futebol feminino goleou a China por 5 a 0 e o masculino fez 4 a 2 na Alemanha, o remador Lucas Verthein avançou às quartas de final no single skiff masculino e os arqueiros Ane Marcelle e Marcus D’Almeida disputaram a fase classificatória da disputa individual. 






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