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Isabel Swan assume a Coordenadoria de Esportes Femininos do COB

Medalhista olímpica na vela trabalhará no desenvolvimento de ações voltadas às mulheres no esporte nacional

Por Comitê Olímpico do Brasil

16 de jun, 2021 às 11:20 | 6 min de leitura

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Cada vez mais comprometido com a igualdade de gênero, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) acaba de criar a Coordenadoria de Esportes Femininos, área destinada exclusivamente à elaboração de projetos para atletas, treinadoras e gestoras mulheres. Após realização de processo seletivo, a medalhista olímpica Isabel Swan, bronze na vela em Pequim 2008 (classe 470), foi a escolhida a ocupar o cargo, que prevê uma análise minuciosa da participação feminina no esporte brasileiro tanto no ambiente competitivo como fora dele. 

 “Este é mais um passo importante no processo de equidade de gênero no esporte olímpico brasileiro, que o COB vem liderando desde o início desta gestão. E caberá à Isabel Swan, referência na vela mundial e atleta engajada com o Movimento Olímpico, tomar a frente deste projeto”, afirma o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira. 

“É um privilégio trabalhar no COB e ter a chance de contribuir com o esporte feminino, dando suporte para que as mulheres possam desenvolver seus trabalhos. Nossa visão é de médio a longo prazo, identificando o cenário atual e estudando as ações que podem ser efetivamente executadas”, diz Isabel Swan, que renunciou à Comissão de Atletas do COB para ocupar este cargo. 

“Desde o processo eleitoral do ano passado, o presidente Paulo Wanderley assumiu como compromisso a criação de uma coordenadoria de esportes femininos. A partir daí, houve um processo seletivo, no qual diversos atletas olímpicos enviaram seus currículos, e o nome escolhido foi o da Isabel Swan, cuja experiência e perfil de liderança dispensam apresentações”, explica o diretor geral do COB, Rogério Sampaio. 

O escopo de atuação de Isabel promete ser abrangente, não se limitando ao suporte às atletas olímpicas ou com potencial para disputar os Jogos. Segundo o diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara, a coordenadoria também irá dialogar com as demais áreas da entidade e Confederações Brasileiras Olímpicas. 

“A Isabel vai fazer um diagnóstico da atuação feminina no esporte brasileiro, estudando não somente o aspecto competitivo, mas também a participação em cargos de gestão e entorno do atleta. É inegável que algumas provas e modalidades ainda possuem espaço para crescimento da participação feminina no cenário mundial, mas seu trabalho vai além do desenvolvimento de resultados”, conta Bichara. 

Atualmente, 55% do quadro de funcionários do COB é composto por mulheres, que ainda ocupam sete dos 12 cargos diretivos e de gerência da entidade. Nos últimos anos, uma série de ações foi realizada nesse sentido, como o envio de uma equipe 100% feminina para coordenar a delegação brasileira nos Jogos Sul-americanos de Praia Rosário 2019 e a criação do curso gratuito Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte, oferecido em versões adulta e jovem, com apoio da ONU Mulheres. 

Além disso, o COB foi finalista do Prêmio Mulheres e o Esporte 2020 (Women and Sport), promovido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que homenageia às organizações e cidadãos que realizaram contribuições para o desenvolvimento, incentivo e reforço da participação de mulheres e meninas no esporte através de ações de oportunidade, reconhecimento e empoderamento feminino. 

Isabel Swan 

Primeira velejadora brasileira a conquistar uma medalha em Jogos Olímpicos – bronze na classe 470 em Pequim 2008, ao lado de Fernanda Oliveira –, Isabel Swan foi também finalista no Rio 2016, dessa vez com Samuel Albrecht, na Nacra 17.

Paralelamente à carreira esportiva, Isabel vem mostrando atuação relevante na busca para que os atletas ocupem seu espaço e tenham maior representatividade nas principais decisões do esporte nacional. Integra a Comissão de Atletas da PanAm Sports, além de ser membro do Conselho de Administração da CBVela. Vice-presidente do Projeto Grael, a velejadora é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e tem MBA em Gestão de Projetos pelo IBMEC, além de já ter trabalhado em grandes empresas, como Ernst & Young e Zinzane. 


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